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Como a BASF aumentou em 43% o reaproveitamento do uso da água na América do Sul em um ano

De 2016 até 2025, meta é reduzir 35% da água captada por tonelada produzida pelas fábricas na América do Sul

Criar química para um futuro sustentável assegurando padrões de consumo e produção também sustentáveis é o que orienta as estratégias da BASF para reduzir sua pegada hídrica. Em toda a América do Sul, a companhia tem como meta diminuir em 35% a água captada por tonelada produzida nas fábricas até 2025. Para isso, todas as práticas desenvolvidas precisam estar alinhadas aos ODS 6, 9 e 12 da ONU, referentes à qualidade da água, industrialização e ao consumo sustentáveis.

A escassez hídrica é um dos fatores que tem levado as empresas a se empenhar na busca por soluções para tratamento de efluentes e com a BASF não é diferente. O desenvolvimento sustentável e o cuidado com, talvez, o recurso natural mais importante do planeta é tratado com seriedade pela gigante do setor químico. O uso sustentável da água vai desde o abastecimento, passa pela utilização e reuso, com a devolução do recurso para o meio ambiente. De 2002 até 2022, o consumo por tonelada produzida diminuiu em 60,4%. Por isso, a BASF busca cuidar das nascentes próximas onde a empresa possui fábricas.

Um exemplo disso é a Reserva Suvinil, pertencente à fábrica de tintas decorativas da BASF em São Bernardo do Campo (SP). Ela é uma área de 30 hectares de Mata Atlântica próxima ao contínuo de vegetação nativa da Serra do Mar. Um estudo realizado pela Fundação Espaço ECO, uma consultoria para Sustentabilidade, ao longo de dois anos, identificou 196 espécies de plantas pertencentes a 55 famílias e 117 gêneros botânicos, além de 111 espécies de aves e 14 de mamíferos. E, ainda conta com cinco nascentes, que abastecem o sistema da represa Billings.

Outra iniciativa é o Programa de Incentivo ao Produto de Água, ação iniciada no Complexo Químico localizado em Guaratinguetá (SP) em conjunto com a prefeitura da cidade e a Fundação Espaço ECO para enfrentar a escassez hídrica e garantir a disponibilidade de água para as futuras gerações, em alinhamento com o ODS 6 — Água limpa e Saneamento – da ONU.


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Ela se propõe a aumentar a disponibilidade de água na Bacia Hidrográfica do Ribeirão de Guaratinguetá por meio de práticas e manejos de conservação do solo, da recuperação das matas ciliares e da proteção dos remanescentes de vegetação nativa e nascentes, incentivando os produtores rurais a cuidar de áreas de proteção permanente existentes em suas propriedades via pagamentos por serviços ambientais. Desde 2011, o projeto restaurou 99,5 hectares de floresta, realizou a manutenção de outros 185 hectares de florestas existentes e conservou 127 hectares de solo por meio ações para diminuir processos erosivos.

“Temos um compromisso global com a proteção do clima e do meio ambiente e a água é um elemento essencial na nossa estratégia. Em todas as regiões que atua, a BASF mede e divulga dados de uso da água com transparência e incentiva projetos colaborativos em toda cadeia de valor”, afirma Waldemilson Muniz, Gerente Senior de Energias & Utilidades da BASF na América do Sul.

Dentro das fábricas, a companhia implementou ações de otimização do uso de água, como a recirculação em torres de resfriamento, o reuso e a eliminação de desperdícios, atingindo nos últimos dez anos uma redução de mais de 70% no consumo de água no local.

Outra iniciativa nesse sentido é o Demarchi&Jaboatão + Ecoeficiente, que mede e otimiza processos de produção das fábricas de tintas decorativas da BASF. Ele teve iniciou em 2010 no Complexo de Tintas e Vernizes de São Bernardo do Campo (SP) – reduzindo em 55% o volume de água consumida nas áreas administrativas e produtivas da fábrica — e se expandiu para Pernambuco no ano passado.

Soluções para outros mercados

Sendo uma indústria de base, as soluções para o uso sustentável da água não ficam apenas na companhia, também se estendem para toda a sua cadeia produtiva, incluindo outros setores da economia. A química também garante uma importante redução de consumo de água no processo de pintura dos carros no setor automotivo, podendo chegar a uma redução de 180 a 400 litros de água por carro produzido, dependendo da estrutura de produção da montadora. Essa redução é um dos ganhos de sustentabilidade da tecnologia à base de água CathoGuard®, que garante a proteção do metal e reduz em até 20% a quantidade de tinta usada na pintura, em relação ao processo tradicional.

Os setores de cuidados pessoais e de produtos para limpeza doméstica, que também atendem a demanda dos consumidores com soluções que evitam a contaminação dos rios, produtos que reduzem consumo de água ou até que não contenham água, precisam ser mais sustentáveis.

Para eles, a BASF desenvolveu uma linha de produtos vegetais concentrados que garantem economia de água e de outros recursos, como eletricidade e insumos fósseis. Uma outra solução desenvolvida pela empresas, por exemplo, permite misturar roupas coloridas e roupas brancas num mesmo ciclo de lavagem de roupa na máquina, chegando a reduzir em 1.100 litros a quantidade de água consumida por ano por residência com quatro habitantes, segundo um estudo realizado pela consultoria de sustentabilidade Fundação Espaço ECO. Evitar o desperdício de água é apenas uma das possibilidades do uso sustentável e consciente desse recurso. Uma outra é, ao invés de descartar a água com condições diferentes das originais, como é o caso das águas residuais, esgoto, por exemplo, retratá-la e reinseri-la na cadeia, a partir do conceito de economia circular. A economia circular da água ajuda as empresas a se tornarem mais eficientes, reduzindo o uso da água, auxiliando na manutenção da sua disponibilidade e qualidade, reduzindo riscos.

Fonte: NEO MONDO


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Mais sobre este autor:

Fundada em 30 de novembro de 2010, no âmbito do II Seminário Internacional de Dessalinização na cidade de Antofagasta, Chile. A AADYR é uma associação sem fins lucrativos que promove conhecimentos oportunos e experiências em torno de tecnologias de dessalinização, reuso de água e tratamento de efluentes, a fim de otimizar a gestão hídrica na América Latina e garantir o acesso à água potável dentro de padrões de qualidade, eficiência, sustentabilidade, desenvolvimento econômico e futuro social.

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