As concessionárias de saneamento básico precisam de uma nova abordagem de gestão estratégica para fornecer serviços de qualidade de água e saneamento que garantam a continuidade dos negócios, promovam a melhoria contínua, desenvolvam capacidades estratégicas e criem modelos de negócios estratégicos eficientes e sustentáveis.
Banco Mundial desenvolveu o Utilitário do Futuro (UoF), um programa destinado a catalisar, materializar e manter os esforços de transformação nos serviços públicos de saneamento
Foto Divulgação – iagua
O objetivo é tornar-se a Utilidade do Futuro: uma concessionária focada no futuro, fornecendo serviços de água e saneamento confiáveis, seguros, inclusivos, transparentes e responsivos por meio das melhores práticas que permitem operar de forma sustentável. Isto é, fortalecendo os processos centrais de uma concessionária de água e saneamento para enfrentar seus desafios atuais e desenvolvendo capacidades de pensamento futuro para estar um passo à frente em um ambiente em rápida mudança.
E a má prestação de serviços é muitas vezes o resultado de um ciclo vicioso de ambientes políticos disfuncionais e ineficiências nos serviços de água e esgoto.
Forças globais, como mudanças climáticas, escassez de água, mudanças repentinas no meio ambiente (COVID-19), crescimento populacional, migração e rápida urbanização, agravam esses desafios e ameaçam a prestação de serviços de saúde e saneamento sustentáveis e de alta qualidade, comprometendo a possibilidade de cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para água e saneamento “Garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”.
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A UoF é um novo paradigma para a prestação de serviços de água e saneamento, muito além do que a maioria das concessionárias alcançou, ou mesmo tentou, até hoje.
No ápice da pirâmide está o atendimento ao cliente como objetivo primordial de qualquer empresa de saneamento, que depende claramente de operações técnicas e comerciais, embora não exclusivamente. Outros elementos necessários para uma boa gestão de serviços são organização e estratégia, gestão de recursos humanos e gestão financeira. Juntos, esses elementos promovem operações comerciais e técnicas eficazes e eficientes, enquanto a estrutura legal e a governança, em que o serviço público opera, moldam seu ambiente propício.
Assim, para se tornar uma concessionária, a empresa começa entendendo e aprendendo com seu passado (sucessos e fracassos), continua desafiando seu presente e acaba criando seu próprio futuro. A estrutura EdC (Economia de Comunhão) possui uma metodologia para orientar e apoiar as concessionárias durante esse processo em três etapas:
- Avaliação de Utilidade (Aprenda com o Passado): Avaliar as capacidades da concessionária de identificar seus pontos fracos, pontos fortes e oportunidades.
- Plano de Ação de 100 Dias (Desafie o Presente): Realizar oportunidades de negócios de serviços com ganhos rápidos e um plano de ação de curto prazo; manter o ímpeto para que a empresa de serviços continue seu processo de transformação.
- Plano Estratégico de Cinco Anos (Criar o Futuro): Projete uma estrutura estratégica sustentável, visão e metas estratégicas destinadas a se tornar uma empresa de serviços públicos do futuro.
Fonte: iagua
Adaptado para portal Tratamento de Água
Traduzido por Jaqueline Morinelli