Atualmente, a zeólita ao redor do mundo é explorada por 36 países, com produção entre 2,5 a 3 milhões de toneladas, sendo China, Coreia, Japão, EUA e Cuba os principais produtores. No Brasil, a Indústria Celta Brasil, empresa de comercialização de produtos tecnológicos e ecológicos, busca aliar o uso da tecnologia do uso de zeólitas à harmonia com a natureza, desenvolvendo-se nos mais diversos segmentos de mercado de potencial utilização como tratamento de água, detergentes e nutrição animal.
A Indústria Celta Brasil é um empresa pioneira no desenvolvimento de produtos e comercialização do mineral Zeolítico, com importação e tratamentos proveniente de duas minas em Cuba, nas cidades de Tasajeras, no centro do país , e em San Andreas, próxima à cidade de Holguin. Aqui, são realizados processos de modificação química, física e granulométrica, posicionando o produto de acordo com o seu objetivo e/ou aplicação industrial e também considerando a adequação à necessidade de mercado e técnica específica após intensivos estudos e ensaios.
As amostras de rochas zeolíticas têm composição em mais de 75% dos minerais do tipo Clinoptilolita, Modernita (principalmente) e em sua menor quantidade quartzo e feldespato (textura lisa e bem polida).
A zeolita do tipo clinoptilolita, nos seus resultados de composição, têm elevado grau de conteúdo de silício e alumínio próprios de um alumino – silicato, com uma relação SiO2/Al2O3 de aproximadamente 5,15 e quanto maior esse relação SiO2/Al2O3representar, maior será sua CTC. Essa relação SiO2/Al2O3 é típica de zeólitas com alto conteúdo de silício, que permite afirmar que a concentração zeolítica apresenta alta estabilidade térmica.
A eficiência da troca catiônica, que mede em quantidades equivalentes de um cátion que pode ser retida por meio de intercâmbio iônico por uma massa de zeólita é diretamente relacionada com quantidade de Al presente na rede zeolítica em sua composição. A CTC da clinoptilolita é 2,53 meq/g e a modernita 2,76 meq/g. E um peso molecular de aproximadamente 59,35 g/mol e 32,65 g/mol que são referenciais para o cálculo da capacidade de intercâmbio catiônico.
Os silicatos têm por estrutura cristalina tetraedros de ligação química parte iônica parte covalente, com carga Si4+ distribuída igualmente entre os quatro oxigênios vizinhos. Assim, cada O2- pode se ligar a outro silício e participar de outro tetraedro, com os oxigênios situados nos vértices dos tetraedros. Nos espaços vazios das redes residem os cátions, que equilibram a carga negativa da estrutura zeolítica. Essa estrutura contém cavidades na forma de canais e cujos espaços são suficientemente grandes para permitir a passagem de determinados compostos, sendo ocupados usualmente por moléculas de H2O e cátions, que são comumente trocáveis.
A zeólita é amplamente utilizada em tratamento de efluentes com teor de metais pesados e apresenta mais de uma propriedade química como característica. Têm elevada área superficial e volume de poros, por possuírem estrutura cristalina tridimensional infinita, com cavidades que podem ser ocupados por íons e moléculas de água com grande liberdade de movimento. Estas têm por função fazer o intercâmbio catiônico ou desidratação reversível da rede. A água não afeta a estabilidade estrutural e pode ser eliminada, pois a zeólita opera como uma “esponja” ou peneira molecular.
Possuem também intercâmbio de íons, adsorção, desidratação e re-hidratação, elevada porosidade, microporosidade e também poder de absorver água e amônia, que são propriedades em função da estrutura de cristal de cada espécie.
A Zeólita permite filtração em toda área e é necessária a troca do meio filtrante quando houver saturação, mas em estudos é garantida uma maior vida útil da zeólita em comparação à areia em substituição ao em filtração.
A utilização de zeólita natural tem sido confirmada como prática importante em controle ambiental de resíduos industriais, conforme verificado onde o concentrado, mesmo sem nenhum tratamento, tem a capacidade de levar com significativa eficiência traços de metais pesados em solução.
Os resultados presentes em aplicações confirmam a potenciabilidade das amostras de material zeolítico, considerando a utilização a baixo custo quando comparadas a outros processos tradicionais.
Leitura recomendada:
· DUARTE , A. C. P.; MESQUITA, L. M. S.; Middea, A. Caracterización tecnológica de Zeolitas. Centro de Tecnologia Mineral, Informe técnico concebido para Minera Formas, julho 2012.
· SHINZATO, M. C. Zeólitas Naturais – origem, propriedades e aplicações. Palestra CEATEC.