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Tratamento de efluentes de refinaria de petróleo em reatores com Aspergillus niger

Eng. Sanit. Ambient. vol.14 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2009

http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522009000100015

Tratamento de efluentes de refinaria de petróleo em reatores com Aspergillus niger

Treatment of petroleum refinery wastewater by reactors inoculated with Aspergillus niger

Sandra Tédde SantaellaI; Francisco das Chagas Gomes da Silva JúniorII; Davi de Andrade Cordeiro GadelhaIII; Keila Oliveira CostaIV; Rodolfo de AguiarV; Isabelle Dias Branco ArthaudVI; Renato Carrhá LeitãoVII

IProfessora-associada do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (Labomar/UFC)

IIEngenharia Civil pela UFC. Estagiário da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (Fapex)

IIIGraduando em Engenharia Civil pela UFC. Bolsista do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (ITI-CNPq) do Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural (CTPetro) da sub-rede Resíduos Líquidos do Nordeste (Reline) da Rede Cooperativa em Recuperação de Áreas Contaminadas por Atividades Petrolíferas (Recupetro)

IVQuímica pela UFC. Bolsista de DTI-CNPq/CTPetro/Recupetro/Reline

VGraduando em Engenharia Civil pela UFC. Pesquisador voluntário da Rede Cooperativa em Recuperação de Áreas Contaminadas por Atividades Petrolíferas (Recupetro/Reline)

VIBióloga pela UFC. Mestre em Saneamento Ambiental pela UFC. Doutoranda em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio)

na Universidade Estadual do Ceará (UECE)

VIIPesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical. Engenheiro Civil. Mestre em Hidráulica e Saneamento. Doutor em Ciências Ambientais pela Universidade de Wageningem, Holanda

Endereço para correspondência


RESUMO

Neste trabalho, avaliou-se o efeito do tempo de detenção hidráulica (TDH) no desempenho de três reatores aeróbios inoculados com Aspergillus niger AN400, usados para tratamento de efluentes de refinarias de petróleo. Cada reator foi operado com um tempo de detenção hidráulica diferente: 4, 8 e 12 horas, durante 152 dias. Eles possuíam leito fixo de espuma de poliuretano e o escoamento era ascendente e contínuo. Determinaram-se: pH, fenóis, demanda química de oxigênio (DQO), amônia, nitrito e nitrato, no afluente e efluentes dos reatores. O TDH de oito horas foi o melhor para remoção de DQOsolúvel e não houve diferença entre os TDHs para remoção de fenóis totais. No período estável não houve remoção de nitrato; no entanto ocorreu remoção de nitrito de aproximadamente 99%. Além disto, houve produção de amônia devido à amonificação a partir do nitrito presente no meio.

Palavras-chave: água residuária; refinaria de petróleo; tratamento biológico aeróbio; fungos filamentosos; tempo de detenção hidráulica.


ABSTRACT

This paper evaluated the effect of hydraulic retention time (HRT) on the performance of three upflow aerobic reactors, with polyurethane foam as support material, inoculated with Aspergillus niger AN400, used for the treatment of petroleum refinery wastewater. Each reactor was operated with a different HRT: 4, 8 and 12 hours, during 152 days. The performance was evaluated based on pH; phenols; COD, nitrate and nitrite. The results show that for the COD removal, it is more reasonable to operate the reactor with HRT of eight hours. However, there was no difference among results of phenol removal efficiency of the different HRTs. During steady state condition, nitrite was removed in approximately 99%, but there was no reduction on the nitrate concentration. Ammonia was produced in all reactors, probably due to ammonification of nitrite.

Keywords: wastewater; petroleum refinery wastewater; aerobic biological treatment; filamentous fungi; hydraulic retention time.


Introdução

Durante o processo de refino do petróleo, são utilizados em média 246 a 340 litros de água por barril de óleo cru (ALVA-ARGÁEZ; KOKOSSIS; SMITH, 2007), gerando uma quantidade de água residuária em torno de 0,4 a 1,6 vezes o volume de óleo processado (FICA-PIRAS, 2000). Durante a transformação do material bruto em produtos tais como gasolina, querosene, lubrificantes, nafta, diesel etc. (DUPUIT et al, 2007) empregam-se para o refino, grande variedade de solventes com diferentes graus de solubilidade para extrair substâncias desejáveis (ALVA-ARGÁEZ; KOKOSSIS; SMITH, 2007). Essas atividades geram efluentes que apresentam grande diversidade de poluentes orgânicos e inorgânicos, incluindo compostos fenólicos, sulfetos, amônia, cianetos, hidrocarbonetos poliaromáticos e alifáticos (ALVA-ARGÁEZ; KOKOSSIS; SMITH, 2007; STEPNOWSKI et al, 2002; STRINGFELLOW; ALVAREZ-COHEN, 1999) que podem ser tóxicos para diversos organismos e potencialmente cancerígenos (ALAJBEG et al, 2000; BARRON et al, 1999; MARIANO, 2001). Muitos dos compostos tóxicos presentes nos despejos das refinarias de petróleo, mesmo quando presentes em concentrações inferiores às letais podem provocar danos à biota seja de ambientes terrestres ou aquáticos. Segundo Alva-Argáez; Kokossis e Smith (2007), essas águas residuárias são geralmente alcalinas e possuem concentrações elevadas de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e de demanda química de oxigênio (DQO), porém, Driessen e Yspeert (1999) classificam as águas residuárias com baixos valores de DQO, como sendo aquelas cujos valores são inferiores a 2.500 mg/L; as médias apresentam DQO entre 3.000 e 7.000 mg/L e as com concentrações elevadas são aquelas com DQO > 7.000 mg/L. Na literatura encontram-se valores de DQO para efluentes de refinarias de petróleo que são caracterizados como “baixos” (Tabela 1).

Geralmente, o tratamento das águas residuárias de refinarias de petróleo é feito em níveis primário e secundário através de processos físicos ou físico-químicos utilizando separadores água-óleo e processos de coagulação-floculação (STEPNOWSKI et al, 2002). O tratamento biológico é feito, principalmente, através de três processos distintos: lagoas de oxidação, lodos ativados e filtros biológicos, dependendo dos custos envolvidos e do tamanho da área disponível para a construção da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) (MARIANO, 2001).

Entre os micro-organismos que podem ser utilizados para o tratamento biológico de efluentes de refinarias de petróleo, os fungos vêm se mostrando hábeis em degradar compostos xenobióticos e outros de grandes cadeias moleculares que, em geral, são de difícil degradação. Os fungos sobrevivem e crescem em meios com concentrações elevadas de compostos recalcitrantes e são capazes de utilizá-los como fonte de energia (EGGEN; MAJCHERCZYK, 1998; ESPOSITO; AZEVEDO, 2004; OLIVEIRA et al, 2006; SANTOS; LINARDI, 2004). Estes micro-organismos produzem enzimas extracelulares oxidativas, capazes de quebrar compostos policíclicos aromáticos de cadeia longa em compostos assimiláveis ao seu metabolismo. Essa atividade é intensificada com a adição de um substrato primário, de fácil assimilação, como a glicose (GRIFFIN, 1994; SAMPAIO et al, 2004A). Entretanto, Santaella et al (2005) sugerem que a glicose seja adicionada somente para a partida dos reatores, visando a acelerar o crescimento inicial dos fungos. Outro mecanismo que melhora a eficiência de remoção de compostos tóxicos pelos fungos, é a sua aplicação nos processos de degradação com células imobilizadas (GODJEVARGOVAet al, 2003).

Segundo Eggen e Majcherczyk (1998), os fungos filamentosos são os mais eficientes na produção de enzimas extracelulares oxidativas (proteases, celulases, ligninases, lactases, entre outras). Dentre eles, o Aspergillus nigertem eficiência comprovada para degradação de compostos recalcitrantes em efluentes de indústria farmacêutica, indústria de azeite de oliva, indústria de castanha de caju, cervejarias, refinarias de petróleo e em água para remoção do pesticida agrícola paration (FÉLIX et al, 2006; FREITAS NETO et al, 2007; GARCIA et al, 2000; HERNÁNDEZ et al, 2006; MIRANDA et al, 1996; SAMPAIO et al, 2004B; SANTAELLA et al, 2002; SANTOS et al, 2006; VASSILEV et al, 1997), trabalhando em uma faixa ótima de pH entre 3,0 e 4,0 (GRIFFIN, 1994).

Várias estações de tratamento de águas residuárias industriais são compostas por sistemas de lodos ativados que são bastante onerosos apesar da boa eficiência de tratamento, ou sistemas anaeróbios, cuja microbiota é sensível às variações ambientais e de cargas orgânica e hidráulica (LEITÃO et al, 2006). Por outro lado, os fungos filamentosos amilolíticos possuem vantagens sobre as bactérias que devem ser consideradas: facilidade de separação da biomassa fúngica, taxa elevada de redução de DQO e uso das proteínas geradas pelos fungos como suplemento alimentar para suínos e aves domésticas. Portanto, é viável o uso de fungos amilolíticos para tratamento de águas residuárias industriais. Entre esses fungos, a capacidade amilolítica do Aspergillus spp. está bem estabelecida (MISHRA; LATA, 2004).

Efluentes de refinarias de petróleo possuem compostos nitrogenados tais como: amônia, nitrito e nitrato, em concentrações bastante variáveis, sendo que os teores elevados de amônia são uma das principais preocupações para a operação dos sistemas de tratamento. Por outro lado, estes compostos são essenciais para a nutrição e metabolismo dos fungos, que têm habilidade para utilizar amônia diretamente (anabolismo) ou a partir da redução de nitratos. De forma geral, eles utilizam as fontes inorgânicas de nitrogênio, mas podem também extraí-lo de fontes orgânicas (GRIFFIN, 1994). Com isto, a utilização de fungos para o tratamento de efluentes de refinarias de petróleo pode ser uma alternativa viável.

Os fungos podem adaptar-se às mais variadas concentrações de oxigênio, utilizando desde o oxigênio livre até fontes de oxigênio combinado e, dependendo da concentração de oxigênio no meio em que se encontram, utilizam rotas metabólicas alternativas (desnitrificação e amonificação), além da respiração aeróbia convencional (TAKAYA, 2002). Essa capacidade de adaptação confere aos fungos inúmeras vantagens sobre as bactérias quando da utilização em sistemas de tratamento de águas residuárias.

O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho de reatores biológicos inoculados com o fungo Aspergillus niger AN400, em escala de laboratório, sob diferentes tempos de detenção hidráulica (TDHs), para remover matéria orgânica, fenóis totais e compostos nitrogenados de águas residuárias de refinarias de petróleo após o tratamento primário.

Material e métodos

Neste trabalho optou-se por Aspergillus niger pela comprovada eficiência na remoção de compostos recalcitrantes e nitrogenados e, segundo Esposito e Azevedo (2004), por possuir melanina que o protege de estresses ambientais tais como condições hiperosmóticas, temperaturas extremas, antagonismo com outros micro-organismos, limitações de nutrientes, modificações abruptas no pH e radiações ionizantes. Utilizaram-se reatores de leito fixo e biofilme aderido por oferecerem grande eficiência e estabilidade, principalmente quando se necessita de alta taxa de degradação (JOU; HUANG, 2002).

A água residuária utilizada foi coletada semanalmente ao final da cadeia de processamento da refinaria de petróleo da Petrobras localizada em Fortaleza no Ceará nas Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no poço de sucção localizado após o separador água-óleo e imediatamente antes do tratamento secundário. Foram montados três reatores cilíndricos, aeróbios, de leito fixo submerso e escoamento contínuo ascendente, confeccionados em acrílico, possuindo 60 cm de altura, 10 cm de diâmetro e volume útil de 2,5 L. Cada reator possuía dois orifícios na base, sendo um para entrada do afluente e outro para aeração, além de um orifício na parte superior para a saída do efluente. Como meio suporte foi empregada espuma de poliuretano, cortada em cubos de aproximadamente 2 cm de aresta, em quantidade suficiente para preencher 80% da altura do reator. Os reatores foram operados simultaneamente durante 152 dias, sendo que foram necessários 69 dias para a estabilização (partida) e 83 em fase estável; cada um com um tempo de detenção hidráulica diferente (4, 8 e 12 horas). O esquema da instalação experimental é apresentado na Figura 1.

Os reatores foram inoculados misturando-se 2×10esporos/mL, de Aspergillus niger AN400, com meio de cultura caldo Sabouraud (Difco). O preenchimento dos reatores foi realizado em camadas, alternando-se a solução contendo o meio de cultura, esporos de fungos, glicose e meio suporte. Após o preenchimento, os reatores permaneceram sem aeração e escoamento, durante 24 horas, para o desenvolvimento do micélio. Posteriormente os reatores passaram a ser aerados, durante aproximadamente uma semana, para facilitar a formação do biofilme. Depois de ocorrer a formação do biofilme e o consumo do meio de cultura, iniciou-se a alimentação contínua dos reatores com a água residuária e adição de glicose (0,5 g.L-1) que, segundo Griffin (1994), reduz a fase lag de crescimento dos fungos. Neste período os parâmetros de interesse passaram a ser monitorados. Concluída a primeira semana de escoamento contínuo, o suplemento de fonte primária de carbono (glicose) foi retirado, conforme sugerido por Arthaud (2005).

Após a coleta, a água residuária era armazenada em um reservatório, continuamente homogeneizada e acidificada com HCl até pH 3,0 para evitar crescimento bacteriano e fornecer pH ideal para o metabolismo do Aspergillus niger AN400. Bombas de diafragma recalcavam o afluente para os reatores. A aeração era feita através de minicompressores de ar, acoplados às bases dos reatores.

As variáveis monitoradas durante a pesquisa, tanto do afluente quanto do efluente dos reatores foram: pH, nitrato (N-NO3), nitrito (N-NO2), amônia (N-NH3), fenóis totais e DQO. Todos os parâmetros foram determinados segundo os métodos descritos em APHA (2005). Os resultados foram submetidos à análise estatística que constou de duas avaliações: foi iniciada com a aplicação do teste F, objetivando estimar a significância das variações de dois períodos e verificar qual apresentava maior estabilidade. Posteriormente, realizou-se a aplicação do teste tde Student e o método do valor de p (TRIOLA, 1998), para avaliar diferenças significativas entre as médias obtidas para cada reator. Neste trabalho utilizou-se p < 0,05.

Resultados e discussão

Os resultados obtidos estão apresentados, em forma de tabelas e gráficos, com os respectivos valores de mínimo, máximo, média, desvio padrão (dp) e intervalo de confiança (IC). Aplicando-se análise estatística, os resultados mostraram que a partir do 69º dia de operação, os reatores estavam em estado de estabilidade aparente.

pH

Os valores de pH afluente e efluente, durante o período de partida e período estável dos reatores R4, R8 e R12 estão na Tabela 2.

Em tratamento biológico, o pH da água residuária a ser tratada deve ser controlado, para que a atividade dos micro-organismos mantenha-se em um nível ótimo. Segundo Griffin (1994), o pH ótimo para o desenvolvimento de vários fungos encontra-se na faixa entre 4,0 e 6,0, porém, a maioria dos fungos filamentosos tolera variações de pH entre 2,0 e 9,0. Os valores de pH mais adequados para a atividade de Aspergillus niger são aqueles próximos de 4,0 (DACERA; BABEL, 2008; KYRIACOU et al, 2005; Mishra; Lata, 2004). Neste trabalho, o pH foi mantido entre 3,0 e 4,0 para evitar a proliferação de bactérias nos reatores.

Os valores de pH de saída dos reatores R4, R8 e R12 foram próximos aos valores de entrada, em torno de 3,5 ± 0,4, não havendo diferenças significativas, mantendo-se propícios ao desenvolvimento do Aspergillus niger. Porém, Mishra e Lata (2004) que estudaram a influência do pH na remoção de DQO de água residuária de indústria alimentícia, tratada com Aspergillus niger e Aspergillus foetidus, concluíram que houve maior remoção de DQO em pH 6,0, embora houvesse maior atividade amilolítica em pH 4,0.

DQO

As concentrações de DQOTotal afluente e efluente dos reatores estão apresentadas na Tabela 3. Os valores de DQO afluente são compatíveis com os de outros trabalhos realizados com efluente da mesma refinaria (Félix et al, 2006; Sousa et al, 2006) e de outras refinarias (Dupuit et al, 2007), porém inferiores aos mencionados na Tabela 1; variando em função da origem do petróleo e do processo de refino.

Durante o período estável foram obtidas porcentagens médias de remoção de DQO de 39 ± 8%; 40 ± 10% e 43 ± 11%, respectivamente para R4, R8 e R12, não havendo evidência significativa de diferença entre as remoções dos reatores R4, R8 e R12. Isto é uma indicação de que tempos de detenção de quatro horas podem ser utilizados com pouco comprometimento da eficiência de remoção de DQOTotal.

Durante a primeira semana de operação, os reatores R4, R8 e R12 apresentaram melhores porcentagens de remoção de DQO com valores de 71, 67 e 73%, respectivamente, isto ocorreu pela adição de 0,5 g.L-1 de glicose que, segundo Griffin (1994); Esposito e Azevedo (2004) e Félix et al (2006), favorece o metabolismo fúngico aumentando a eficiência de remoção de matéria orgânica.

A determinação de DQOSolúvel é importante quando se deseja saber se compostos orgânicos dissolvidos estão sendo removidos pelo sistema de tratamento. A determinação de DQOSolúvel foi realizada a partir do 69º dia de operação dos reatores, obtendo-se remoção média de 30 ± 9%, 44 ± 12% e 49 ± 10%, para R4, R8 e R12, respectivamente. A eficiência de remoção pode ser considerada boa se for observado que a DQOSolúvel afluente era muito baixa (Tabela 4) dificultando os processos de degradação da matéria orgânica pelos micro-organismos. Baixas concentrações de DQO no afluente diminuem a concentração de substrato dentro dos reatores biológicos, gerando problemas relacionados com a transferência de massa (KATO et al, 1997). Se a alimentação do reator com baixas concentrações durar um período elevado, a concentração de biomassa viável tenderá a diminuir, causando redução nas taxas de conversão (MORDOCCO; KUEK; JENKINS, 1999).

Não foi verificada diferença significativa na eficiência de remoção entre R12 e R8 e entre R8 e R4, mas houve diferença de eficiência de remoção entre R12 e R4, mostrando a tendência de aumento de eficiência com o aumento do TDH (Figura 2). Sendo assim, baseando-se em aspectos econômicos, o TDH de oito horas é o mais indicado porque não houve diferença significativa entre as eficiências de remoção de DQOSolúvel entre os reatores R8 e R12.

Fenóis

Geralmente, águas residuárias de refinarias de petróleo contêm concentrações de fenóis muito baixas e bastante variáveis; 193 mg.L-1 (Yavuz; Koparal, 2006), 98 a 128 mg.L-1 (Coelho et al, 2006), 8 mg.L-1 (DEMRCI; ERDOGAN; OZCMDER, 1998), 7 mg.L-1 (OLIVEIRA et al, 2006), 0,3 mg.L-1 (Sousa et al, 2006), 0,4 mg.L-1 (FÉLIX et al, 2006) e, como explicado por Kato et al (1997), quanto menor a concentração de substrato nas águas residuárias, mais difícil se torna sua remoção por tratamento biológico.

O fungo Aspergillus niger é reconhecido por sua capacidade de remover compostos fenólicos de águas residuárias (KOTSOU et al, 2004; Rao; Viraraghavan, 2002; RODRIGUES et al, 2005; SANTAELLA et al, 2005), inclusive daquelas com baixas concentrações de fenóis (Félix et al, 2006; Rao; Viraraghavan, 2002). Até o oitavo dia de operação, durante a partida dos reatores e enquanto a glicose foi adicionada como fonte primária de carbono, verificou-se remoção média de 28, 83 e 88%, para R4, R8 e R12, respectivamente. Contudo nos dias posteriores, sem a adição de glicose, os valores médios de remoção mudaram para 40 ± 21%, 46 ± 18% e 49 ± 20%, para R4, R8 e R12, respectivamente, indicando que o reator R4 ainda estava em fase de adaptação quando a glicose foi retirada e que esta deve ser necessária como fonte primária de carbono durante a remoção destes compostos. Embora essas eficiências de remoção não sejam elevadas, quando são consideradas as baixas concentrações afluentes (Tabela 5), observa-se a capacidade do fungo em remover fenóis. Na Figura 3, estão apresentados os valores médios das concentrações de fenóis durante o período de operação dos reatores.

Kotsou et al (2004) conseguiram remoção de 41% em reatores de fluxo contínuo com TDH de dois dias e concentração inicial de fenóis totais de 320 mg/L, muito superior à empregada neste trabalho, o que comprova que o Aspergillus niger pode ser utilizado para tratar águas residuárias com pequenas concentrações de fenóis.

Não há diferença significativa entre as remoções de fenóis nos três reatores e, portanto, aumentar o TDH até 12 horas não é uma solução viável para obter maiores remoções de fenóis totais. Sendo assim, o reator com TDH de quatro horas apresentou resultado satisfatório com remoção média de 40%. Félix et al (2006), trabalhando com efluente da mesma refinaria e reator semelhante ao desta pesquisa, com pH do afluente igual a três e com TDH de oito horas, obtiveram remoção de 75% de fenóis quando utilizaram glicose como fonte primária de carbono e de 58% sem adição de glicose, porém, a concentração inicial de fenóis era 0,45 mg.L-1, bastante superior à desta pesquisa (0,28 mg.L-1); portanto estes dois fatores devem ter facilitado a remoção.

Compostos nitrogenados

As concentrações de amônia, nitrito e nitrato normalmente encontradas em efluentes de refinarias de petróleo são bastante variáveis. Freitas Neto et al (2007) obtiveram valores médios iguais a 0,73 ± 0,44 mg N-NO3.L-1; 0,4 ± 0,27 mg N-NO2.L-1 e 13,80 ± 6,7 mg N-NH3.L-1. Nesta pesquisa os valores de compostos nitrogenados encontrados foram de 3,43 ± 2,04 mg N-NO3.L-1; 6,52 ± 3,54 mg N-NO2.L-1 e de 7,11 ± 5,33 mg N-NH3.L-1. A concentração de amônia no afluente aos reatores está apresentada na Tabela 6, bem como os valores nos efluentes dos reatores.

A amônia é bastante utilizada como nutriente pelos fungos, porém, quando o meio é básico, ela se torna tóxica para estes micro-organismos. O Aspergillus niger necessita de fonte de nitrogênio para a produção de ácido cítrico (Haq et al, 2005) e, se houver NH4NO3, ele utilizará preferencialmente o íon amônio em relação ao nitrato (GRIFFIN, 1994). Contudo, pode ocorrer inibição na utilização de nitrato de amônio se o nitrito intracelular for convertido a nitrato (HAQ et al, 2005). De acordo com Esposito e Azevedo (2004), os fungos podem utilizar amônia (NH3) por difusão simples através da membrana celular, mas íons amônio (NH4+) não atravessam a parede celular. Porém, Roukas e Harvey (1988) explicaram que no interior da célula, nitrato é convertido a nitrito e este ao íon amônio que então é utilizado pelo fungo. Para que isto ocorra o pH ótimo deve estar entre 4 e 6 e o íon amônio não será metabolizado intracelularmente se o pH for inferior a 4 (GRIFFIN, 1994). Freitas Neto et al (2007) trataram o mesmo efluente utilizado nesta pesquisa, em reatores biológicos inoculados com Aspergillus nigerAN400, com TDH de oito horas e obtiveram produção média de 43% de amônia. Os autores atribuíram este resultado à presença de bactérias detectadas em análise microbiológica. Entretanto, o pH do meio era inferior a 4, o que impede que o íon amônio seja assimilado pelo fungo (GRIFFIN, 1994).

Verificou-se produção de amônia nos reatores R4, R8 e R12, obtendo-se valores médios de 24 ± 8%, 20 ± 7% e 21 ± 8%, respectivamente. As concentrações médias de amônia no afluente e nos efluentes dos três reatores, durante os 89 dias de operação na fase estável, estão apresentadas na Figura 4.

Observou-se que, mesmo com a diferença no TDH dos três reatores, a produção de amônia entre eles não apresentou evidência de diferença. Se nitrito e amônia estivessem presentes e o pH estivesse entre 4 e 6, haveria predileção pela amônia (Hwang et al, 2004). Contudo, o pH era 3,4 e, portanto, a amônia não foi usada pelo fungo. Além do baixo pH do meio, que impede a assimilação do íon amônio e favorece a de nitrito, a temperatura ambiente, em torno de 28 ºC também contribuiu para o não-consumo de amônia pois, de acordo com Hwang et al (2004) temperaturas próximas de 22 ºC são as melhores para utilização de compostos nitrogenados por Aspergillus niger e a taxa de consumo de compostos nitrogenados diminui conforme a temperatura aumenta.

Segundo Griffin (1994), nitrito é tóxico para alguns fungos, porém pode ser utilizado por fungos que têm habilidade para consumo de nitrato. O Aspergillus niger é um fungo com habilidade para degradar resíduos nitrogenados, retirando amônia e nitrito do meio. Como o nitrito é um composto intermediário e bastante instável, geralmente as concentrações encontradas nos efluentes tratados são muito pequenas ou abaixo do limite de detecção do método (mínimo de 0,005 mg N-NO2/L). Neste trabalho, a concentração de nitrito afluente aos reatores era elevada e mesmo com excelente eficiência de remoção, este íon ainda foi detectado no efluente dos reatores (Tabela 7). Houve remoção de nitrito em todos os reatores (Figura 5), obtendo-se 99,7 ± 0,3%, 99,8 ± 0,1% e 99,7 ± 0,3% para R4, R8 e R12, respectivamente. Os valores médios de remoção não apresentaram diferenças significativas com o aumento no TDH, indicando que com TDH de quatro horas ocorre remoção satisfatória de nitrito.

Na Tabela 8 estão apresentados os resultados obtidos das determinações de nitrato no afluente e efluente dos reatores.

Durante o período estável (Figura 6) os três reatores apresentaram aumento insignificante nas concentrações de nitrato efluentes em relação ao afluente e não houve diferença entre os TDHs (p < 0,05).

Os fungos possuem sistemas desnitrificantes nos quais a respiração na mitocôndria está acoplada com a síntese de trifosfato de adenosina (ATP), como na respiração bacteriana. Desta forma, em concentrações muito baixas de oxigênio livre estes organismos usam duas rotas metabólicas diferentes: a desnitrificação na qual transformam NO3 e NO2 em N2O e N2 e a amonificação na qual NO3 é reduzido a NH4+. Durante a desnitrificação, óxido nítrico (NO) é reduzido a N2O (oxído nitroso) e é catalizada pelo citocromo P4502 (P450nor), que é mais eficiente que o citocromo NO redutase das bactérias. Durante a amonificação, NO3 é reduzido a NO2 e o mesmo a NH4+pela ação das enzimas NO3 redutase (Nar) e NO2 redutase (Nir) (TAKAYA et al, 1999; TAKAYA, 2002).

Do que foi exposto, duas hipóteses são levantadas para explicar o comportamento dos compostos nitrogenados nos reatores; a primeira é que a presença de oxigênio dissolvido inibiu o processo de desnitrificação via nitrato e a segunda é que ocorreu amonificação a partir do nitrito presente no meio, influenciada mais pelo pH do que pela aeração.

Considerações finais

Mais estudos precisam ser realizados para se encontrar a concentração ideal de fonte primária de carbono que favoreça a remoção de DQO e fenóis totais, sem provocar crescimento excessivo do fungo. Além disso, outras pesquisas devem ser desenvolvidas para que se conheça mais detalhadamente a influência e as inter-relações das concentrações de oxigênio e pH do meio, através de técnicas de respirometria. Finalmente, outros fungos poderiam ser estudados para degradação dos compostos recalcitrantes, tais como aqueles presentes na própria água residuária.

Conclusões

Os três reatores só apresentaram estabilidade após 69 dias de operação e o Aspergillus niger usado nesta pesquisa foi capaz de biorremediar águas residuárias com baixas concentrações de DQO e fenóis totais, porém há indícios de que o uso de fonte primária de carbono aumentará as eficiências de remoção. As concentrações de fenóis totais obtidas nos efluentes dos reatores obedeceram às exigências legais de concentração máxima de 0,5 mg/L de fenóis para lançamento de efluentes em corpos d’água, o que está disposto na resolução Conama nº 397 (BRASIL, 2008).

Comparando-se os TDHs concluiu-se que o melhor TDH para remoção de DQOSolúvel foi o de oito horas e que não há diferença significativa entre os três TDHs, para remoção de fenóis totais.

Os TDHs também não influenciaram o comportamento dos compostos nitrogenados e há indicações de que a concentração de oxigênio e o pH do meio influenciam muito mais a variação dos compostos nitrogenados do que o TDH.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) pelo financiamento da pesquisa, através do edital do Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural (CTPetro) do CNPq-Finep 03/2001; à Lubrificantes e Derivados do Petróleo do Nordeste (Lubnor-Petrobras) do Ceará pelo apoio; ao CNPq pela concessão de bolsa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI) e Iniciação Tecnológica Industrial (ITI), para a realização da pesquisa, e à Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (Fapex), pela concessão de estágio para a realização da pesquisa.

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