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Riscos à saúde em áreas próximas a aterros de resíduos sólidos urbanos

Rev. Saúde Pública vol.44 no.5 São Paulo Oct. 2010 Epub Sep 03, 2010

http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102010005000029

ARTIGOS ORIGINAIS

Riscos à saúde em áreas próximas a aterros de resíduos sólidos urbanos

Riesgos en la salud en áreas próximas a rellenos de residuos sólidos urbanos

Nelson Gouveia; Rogerio Ruscitto do Prado

Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil

Correspondência | Correspondence

 

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a associação entre residência próxima a aterros de resíduos sólidos e a ocorrência de câncer e malformações congênitas nessas populações vizinhas.
MÉTODOS: Foram selecionados e geocodificados óbitos ocorridos no período de 1998 a 2002 entre residentes do município de São Paulo, SP, segundo causas selecionadas. No período avaliado ocorreram 351 óbitos por câncer de fígado, 160 de bexiga e 224 por leucemia em adultos, 25 óbitos por leucemia entre crianças e 299 por malformação congênita nas áreas próximas aos aterros. Buffers com raios de 2 km em torno de 15 aterros delimitaram as áreas expostas. Razões de mortalidade padronizadas de cada desfecho foram analisadas em modelos espaciais bayesianos.
RESULTADOS: De modo geral, os maiores valores das razões de mortalidade padronizadas localizam-se em áreas mais centrais do município e os aterros, nas áreas mais periféricas. As razões de mortalidade padronizadas não indicaram excesso de risco para os residentes nas áreas próximas aos aterros de resíduos sólidos no município de São Paulo. Para aterros em funcionamento encontrou-se risco aumentado para câncer de bexiga, fígado e para mortes por malformações congênitas, porém, sem significância estatística.
CONCLUSÕES: Não se encontrou aumento no risco de câncer ou de malformações congênitas nas áreas vizinhas aos depósitos de resíduos urbanos do município de São Paulo. As fracas associações e a imprecisão das estimativas obtidas não permitem estabelecer relação causal.

Descritores: Riscos Ambientais. Habitação. Aterros Sanitários. Resíduos Sólidos. Causas de Morte. Neoplasias. Coeficiente de Mortalidade. Sistemas de Informação Geográfica.

RESUMEN

OBJETIVO: Evaluar asociación entre residencia próxima a rellenos de residuos sólidos y la ocurrencia de cáncer y malformaciones congénitas en tales poblaciones vecinas.
MÉTODOS: Fueron seleccionados y geocodificados óbitos ocurridos en el período de 1998 a 2002 entre residentes del municipio de Sao Paulo, Sureste de Brasil, según causas seleccionadas. En el período evaluado ocurrieron 351 óbitos por cáncer de hígado, 160 de vejiga y 224 por leucemia en adultos, 25 óbitos por leucemia entre niños y 299 por malformación congénita en las áreas próximas a los rellenos sanitarios. Almacenes intermedios con área de 2 km en torno de 15 depósitos delimitaron las áreas expuestas. Tasas de mortalidad estandarizadas de cada resultado fueron analizadas en modelos espaciales bayesianos.
RESULTADOS: De modo general, los mayores valores de las tasas de mortalidad estandarizadas se encuentran en áreas más centrales del municipio, mientras que los rellenos se localizan en las áreas más periféricas. Las tasas de mortalidad estandarizadas no indicaron exceso de riesgo para los residentes en las áreas próximas a los rellenos de residuos sólidos en el municipio de Sao Paulo. Para rellenos en funcionamiento se encontró riesgo aumentado de cáncer de vejiga, hígado y para muertes por malformaciones congénitas; sin embargo, sin significancia estadística.
CONCLUSIONES: No se encontró aumento en el riesgo de cáncer o de malformaciones congénitas en las áreas vecinas a los rellenos de residuos urbanos del municipio de Sao Paulo. Las débiles asociaciones y la imprecisión de las estimaciones obtenidas no permiten establecer relación causal.

Descriptores: Riesgos Ambientales. Vivienda. Rellenos Sanitarios. Residuos Sólidos. Causas de Muerte. Neoplasias. Tasa de Mortalidad. Sistemas de Información Geográfica.

INTRODUÇÃO

Resíduo ou lixo é qualquer material considerado inútil, supérfluo ou sem valor, gerado pela atividade humana, indesejado e descartado no meio ambiente. Uma vez coletados, os resíduos podem ser acondicionados em aterros ou destinados a compostagem, incineração e reciclagem.ª Os resíduos sólidos gerados nos centros urbanos podem conter resíduos domésticos e comerciais, assim como lixo industrial, constituindo uma mistura complexa de diferentes substâncias, algumas delas perigosas para a saúde.

Uma vez acondicionados em aterros, os resíduos sólidos podem comprometer a qualidade do solo, da água e do ar, por serem fontes de compostos orgânicos voláteis, pesticidas, solventes e metais pesados, entre outros.8 A decomposição de matéria orgânica presente no lixo resulta na formação do chorume, que pode contaminar o solo e as águas subterrâneas. Também podem se formar gases tóxicos, asfixiantes e explosivos, que se acumulam no subsolo ou são lançados na atmosfera.

De modo geral, os aterros podem ser classificados como: sanitários, controlados e “lixões”. Aterros sanitários utilizam tecnologias que minimizam os impactos ambientais e os possíveis riscos à saúde humana, como, por exemplo, a impermeabilização do solo para evitar a infiltração dos líquidos percolados. Nos aterros controlados, o lixo é apenas coberto por terra sem medidas para a coleta e o tratamento do chorume e do biogás. No lixão, a deposição dos resíduos não segue normas operacionais e é feita a céu aberto.b De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSBc 2000), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de todo o lixo coletado nos municípios brasileiros, 47,1% tem como disposição final os aterros sanitários, 22,3%, os aterros controlados e 30,5%, os lixões.

Os aterros de resíduos sólidos urbanos têm sido considerados potenciais fontes de exposição humana a substâncias tóxicas. As principais rotas de exposição humana aos contaminantes presentes em aterros são sua dispersão através do solo e ar contaminados,19 e a percolação e lixiviação do chorume.4 A percolação do chorume ocorre no aterro em funcionamento, mas também depois de sua desativação, uma vez que os produtos orgânicos continuam a se degradar. Apesar da inexistência de evidências consistentes a respeito de grandes exposições populacionais,18 estudos têm indicado níveis elevados de alguns compostos orgânicos e metais pesados em áreas próximas a aterros17 e no sangue de indivíduos residentes perto desses aterros.16

Estudos utilizando abordagens geográficas ou espaciais têm sugerido associação entre residência próxima a depósitos de resíduos sólidos e efeitos sobre a saúde. Risco aumentado de câncer de fígado, estômago, pulmão, próstata, rim, pâncreas e linfoma não-Hodgkin tem sido relatado entre indivíduos vivendo perto desses depósitos.9,10,15 Entretanto, as evidências são controversas11,13 e insuficientes para confirmar ou descartar um possível risco aumentado de câncer associado a essa exposição.

Outros estudos examinaram uma possível associação com desfechos adversos da gravidez, como a ocorrência de anomalias congênitas,2,5,6,12,14 baixo peso ao nascer,5 abortos e mortes neonatais.3,7 De modo geral, esses estudos encontraram pequenos excessos de risco, muitas vezes sem significância estatística.

O município de São Paulo é o maior gerador de resíduos domésticos do País, produzindo diariamente cerca de 12.500 toneladas de lixo.d Atualmente, a maior parte desse material é levada para aterros em outros municípios; entretanto, até março de 2007 a cidade possuía dois aterros sanitários em funcionamento e cinco em manutenção, i.e., abertos, porém, sem receber descargas. Além disso, durante a década de 1970 outros oito aterros situados no município foram abertos e executados, sendo transformados em áreas residenciais, comerciais ou em parques públicos.e

Considerando a carência de estudos de avaliação de risco para essas áreas no contexto brasileiro, o objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre residência próxima a aterros de resíduos sólidos e a ocorrência de câncer e malformações congênitas nessas populações.

MÉTODOS

Os 15 aterros de resíduos sólidos situados no município de São Paulo, SP, constituíram objeto de análise. Todos esses aterros iniciaram suas atividades na década de 1970, exceto um, que iniciou suas atividades em 1980.

Foram selecionados das bases de dados de mortalidade do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no município de São Paulo (Proaim) todos os óbitos ocorridos no período de 1998 a 2002, cujas causas básicas, codificadas pela Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), tenham sido: câncer de fígado (C22 e C24) e câncer de bexiga (C67) para indivíduos com 40 anos ou mais, leucemia (C91 a C95) em e” 15 anos, leucemia em indivíduos com idade < 15 anos e malformações congênitas (Q00 a Q99) em crianças até um ano de idade.

Os endereços dos aterros e dos óbitos foram geocodificados e criaram-se buffers com raios de 2 km em torno de cada aterro. O mapa de setores censitários do IBGE foi sobreposto a essas informações, com os dados do Censo 2000. Assim, para cada buffer, definiram-se novos recortes de região utilizando os limites dos setores censitários contidos nessas áreas. Para cada uma das 15 regiões criadas, foi possível determinar o número de óbitos pelas causas especificadas e obter os dados populacionais censitários.

Calculou-se o número de óbitos esperados segundo sexo e faixa etária (intervalos de cinco anos para idades até 30 anos e intervalos de dez anos para faixas etárias acima de 30 anos), tomando-se como referência a experiência de mortalidade do município para cada desfecho estudado, e obtiveram-se as razões de mortalidade padronizadas (RMP) para cada localidade.

As RMP de cada desfecho foram analisadas em modelos espaciais bayesianos, utilizando a matriz de correlação espacial adjacente. Esse modelo permite evitar o efeito de localidades com baixo número de habitantes, ajustar as estimativas para autocorrelação espacial e verificar se as áreas próximas aos aterros apresentavam risco aumentado de óbito para cada desfecho. As análises foram ajustadas para a condição socioeconômica, incluindo no modelo uma variável com informações sobre o percentual de chefes de domicílio da população geral na região com renda mensal menor que um salário mínimo.

O modelo proposto foi:

log(Oi) = log(Ei) + α0 + αi + β1 (desativado) + β2 (manutenção) + β3 (funcionamento) + γ(%renda <salário)

RMPi = exp(α0 + αi +β1(desativado) + β2(manutenção)+ β3(funcionamento) + γ(%renda < salário).

onde:

Oi é o número de óbitos observados pelo câncer de interesse;

Ei é o número de óbitos esperados pelo câncer de interesse;

α0 é o parâmetro que representa a RMP da população-padrão;

αi é o acréscimo à RMP para a região i;

β1 é o efeito na RMP nas áreas perto de lixões desativados;

β2 é o efeito na RMP nas áreas perto de lixões em manutenção;

β3 é o efeito na RMP nas áreas perto de lixões em funcionamento;

γ é o efeito na RMP quando o percentual de chefes de domicílio com renda mensal < 1 salário mínimo varia entre as localidades.

Para a geocodificação, utilizou-se Sistema de Informações Geográficas (SIG) do MapInfo (professional version7.8; MapInfo Corporation, New York, NY, USA).

Os modelos foram ajustados com uso do software WinBugs 14.0,f que utiliza a Cadeia de Marcov e simulação pelo método de Monte Carlo para estimar as variações nas RMPs dentro do modelo espacial.1

O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sob número 1009/02, em 11/12/2002.

RESULTADOS

Os 15 aterros estudados e suas respectivas áreas de raio de 2 km estão dispostos na Figura 1. No período de 1998 a 2002, ocorreram nessas regiões 351 óbitos por câncer de fígado, 224 por leucemia em adultos, 160 por câncer de bexiga, 299 óbitos por malformação congênita e 25 óbitos por leucemia entre crianças.

Tabela 1 apresenta os resultados do modelo espacial bayesiano para cada desfecho. As RMP não indicaram excesso de risco para os residentes nas áreas próximas aos aterros de resíduos sólidos no município. A variável socioeconômica (proporção de chefes de domicílio com renda mensal < 1 salário mínimo) foi a única a exibir associação estatisticamente significante, indicando que risco de morte por essas causas está mais associado à baixa renda do que à proximidade dos aterros.

A mesma análise foi realizada para os diferentes tipos de aterro (desativado, em manutenção e em funcionamento). Nas áreas dos aterros em funcionamento existe risco aumentado para câncer de bexiga, fígado e para mortes por malformações congênitas. Porém, nenhum desses resultados alcançou significância estatística.

Na análise por aterro (Tabela 2), nota-se que os aterros Carandiru e Pedreira City foram os únicos a indicar risco aumentado para todos os desfechos avaliados, embora os resultados tenham sido estatisticamente significantes apenas para câncer de fígado na área do aterro Carandiru. Por outro lado, em outros aterros e para vários desfechos, o risco de morte foi menor nessas áreas do que no resto do município. Nota-se também a grande imprecisão das estimativas para leucemia infantil, principalmente nas áreas dos aterros Pedreira City e Santo Amaro.

Mapas com as RMP suavizadas estimadas pelo modelo bayesiano são apresentados na Figura 2. Os maiores valores das RMP encontram-se em áreas mais centrais do município, diferentemente dos aterros de resíduos sólidos, que, em geral, encontram-se nas áreas mais periféricas.

DISCUSSÃO

O risco de óbito por câncer ou malformações congênitas não foi maior nas áreas vizinhas aos depósitos de resíduos urbanos do que no município de São Paulo. De modo geral, os riscos encontrados foram em direção oposta, ou seja, menores que 1,0 (um) e sem significância estatística. Apesar do risco aumentado para os desfechos avaliados em alguns aterros, as fracas associações e a imprecisão das estimativas não constituem evidências suficientes para estabelecer uma relação causal.

Embora existam na literatura estudos indicando riscos aumentados de câncer entre indivíduos vivendo nas proximidades de aterros de lixo,9,10,15 em geral os riscos observados são de pequena magnitude, e problemas metodológicos impedem assegurar que outros possíveis fatores associados tenham sido adequadamente tratados.

As evidências de uma possível associação com desfechos como as malformações congênitas são um pouco mais consistentes.18 No Reino Unido, onde cerca de 80% da população reside a até 2 km de um aterro de resíduos sólidos, dois grandes estudos populacionais encontraram excesso de defeitos congênitos que não pode ser explicado por outras possíveis causas,5,6 mesmo considerando a influência de variáveis de confusão e outros problemas metodológicos.

Contudo, é importante discutir algumas limitações metodológicas do presente estudo. Uma delas é assumir que viver próximo aos aterros de resíduos sólidos significa estar exposto aos produtos tóxicos ali presentes. Entretanto, não foram mensuradas as emissões de gases, a contaminação do solo ou do lençol freático ou o tempo de permanência dos moradores em suas residências. Há incertezas quanto às possíveis rotas de exposição se por meio da água contaminada de um lençol freático, pelo ar ou outro mecanismo. Segundo a World Health Organization,g qualquer exposição potencial a contaminantes existentes em depósitos de resíduos sólidos provavelmente deve estar confinada a um raio de 1 km, considerando-se a via aérea, e 2 km, considerando-se a água como rota de exposição.

O maior desafio dos estudos epidemiológicos dessa área, entretanto, é conseguir eliminar o efeito de fatores que possam estar relacionados com os desfechos avaliados e ao mesmo tempo com a exposição, como idade, sexo, raça, condição socioeconômica, tabagismo, acesso a serviços de saúde e história ocupacional, entre outros. A utilização de RMP e a inclusão de uma variável sobre renda no presente estudo objetivaram controlar alguns desses fatores. Todavia, outras potenciais variáveis de confusão não puderam ser controladas com os dados disponíveis.

Além disso, utilizamos dados de mortalidade, enquanto o ideal seria empregar dados de incidência dos desfechos estudados. Câncer é uma doença com período de indução longo. Embora os aterros do município de São Paulo existam desde a década de 1970, não se sabe se os indivíduos que morreram enquanto viviam perto desses aterros tenham vivido no mesmo local por vários anos, antes do desenvolvimento da doença. Esse problema é relativamente menor quando se avaliam as malformações congênitas, pois essas implicam período de exposição de até nove meses.

Embora problemas metodológicos dificultem a avaliação epidemiológica precisa do impacto dessa exposição na saúde, outras evidências têm justificado a necessidade de maior atenção no controle e gerenciamento dos resíduos sólidos em áreas urbanas. A diversidade de substâncias potencialmente tóxicas presentes no lixo urbano, as evidências de contaminação do solo e da água subterrânea e os efeitos já relacionados a essa exposição em populações vizinhas a essas áreas devem ser considerados, tanto no planejamento e execução de políticas de gerenciamento de resíduos quanto pelas autoridades sanitárias, no que diz respeito ao acompanhamento das populações potencialmente expostas.

O monitoramento dessas e de outras áreas contaminadas pode se beneficiar de avaliações geo-espaciais como a aqui apresentada. Entretanto, avaliações mais detalhadas, utilizando diferentes abordagens epidemiológicas, podem contribuir para aprofundar o conhecimento sobre esse tema. Essas avaliações podem ainda fornecer subsídios para o desenho e implantação de medidas que visem minimizar os riscos à saúde da população, e contribuir para uma discussão mais detalhada entre os diferentes atores que participam do processo de formulação de políticas públicas relativas aos resíduos urbanos, problema de impacto importante na saúde pública.

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