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Perspectivas para a energia nuclear no Brasil

Resumo

Os decretos instituídos pelo Ministério de Minas e Energia, dentro do Plano Nacional Energético de 2050, visam estratégias para o Sistema Elétrico Brasileiro quanto o aumento na demanda por energia elétrica, onde reforça-se a necessidade de maiores investimentos na dinamização da matriz elétrica brasileira, respeitando a questão ambiental pelo uso de fontes de energia com zero emissão de carbono. Este trabalho tem o propósito de abordar algumas considerações importantes quanto ao uso do fornecimento de energia nuclear para o Brasil, relatando a situação desta fonte de energia, assim como estudando o caso de Chernobyl como forma de compreender erros e analisando possíveis formas de melhorar a segurança e a eficiência dessa fonte elétrica. As perspectivas para a energia nuclear no Brasil foram analisadas quanto a aspectos de demanda, custos, socioambientais, tecnológicos e estratégicos.

Introdução

O Brasil é reconhecido mundialmente por sua grande riqueza em recursos naturais e biodiversidade. No que se confere à matriz de energia elétrica, o Ministério de Minas e Energia (MME), aponta que cerca de 85% da energia elétrica gerada no país provém de fontes renováveis, que possuem menores custos de operação e emitem pouca quantidade de gases do efeito estufa, sendo 76,9% geradas pelas usinas hidrelétricas.

Apesar disso, informações da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE), apontam que a forte dependência por parte das hidrelétricas, frente à ampliação das alterações climáticas, traz riscos ao país quanto às crises de racionamento de energia elétrica. Ao lado, a implantação do modelo de desenvolvimento da Amazônia, baseado na derrubada de vegetação pela substituição por pastos e monoculturas, e a supressão dos mananciais de bacias hidrográficas, agravam os períodos de secas extremas em regiões importantes do país.

Atualmente, reforça-se a necessidade de maiores investimentos na dinamização da matriz elétrica, a fim de se combater os problemas enfrentados pelo Sistema Interligado Nacional quanto à escassez hídrica no país. Nesse contexto, a energia nuclear, uma fonte não renovável que não emite gases de efeito estufa, apresenta-se como opção viável para esses investimentos, tendo em vista suas características que podem propiciar seu uso em larga escala, como uma fonte complementar de energia elétrica.

Segundo Alcântara et al. (2021), o uso da energia nuclear e o aperfeiçoamento de sua utilização em larga escala são viáveis no Brasil, dado que o país possui dominância integral sobre todo o ciclo do combustível nuclear e da fabricação de elementos combustíveis e da sua utilização nas usinas termonucleares, e detém a nona maior reserva de urânio do mundo, combustível necessário para abastecimento dos reatores nucleares (INB, 2020). Entretanto, hão de ser observados os questionamentos sobre os aspectos socioambientais, econômicos e de segurança desta fonte geradora de energia elétrica, bem como as perspectivas para o seu uso mediante ao previsto pelo Plano Nacional de Energia de 2050.

Autores: Caio Cesar Salgado Murayama,  Fernando Pagnin Schmid,  Profa. Dra. Sílvia Maria Stortini Gonzalez Velázquez.

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