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Monitoramento em tempo real e previsão de odores no tratamento de efluentes

“Hoje existem soluções tecnológicas que nos permitem coletar dados em tempo real a partir de sensores de qualidade do ar, bem como as condições meteorológicas. Esses dados precisos e de qualidade permitem que o operador da estação de tratamento de esgoto (ETE) seja alertado sobre os valores de contaminação que possam afetar os moradores das comunidades vizinhas, assim como detectar ineficiências na estação de tratamento”.

As estações de tratamento de esgoto (ETEs) contam com uma série de impactos inerentes à sua atividade, como a emissão de maus odores.

Por sua vez, estas situações de maus odores causam outros danos, como as queixas dos habitantes que vivem perto de ETEs, possíveis multas pelas autoridades, má reputação gerada para a empresa operadora da ETE, redução do valor das propriedades na área afetada, etc.

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Fonte: Alex Mateo

Esse problema é acentuado em ETEs, localizadas em áreas turísticas que multiplicam sua população, tendo que tratar um volume maior de efluentes, e afetando turistas cuja satisfação é muito importante para o município, dado o impacto econômico que esse setor gera.

Não há somente prejuízos externos, fora da instalação, mas também internamente. Quando essas queixas de maus odores ocorrem, devemos alocar recursos humanos e financeiros para gerenciá-los, em vez de dedicá-los a outras tarefas mais produtivas para a estação de tratamento.

Há vários anos, diferentes métodos têm surgido para a minimização de odores, tanto físicos (cobertura de partes da ETE), biológicos (biofiltração) e químicos (adição de compostos como o nitrato de cálcio).

No entanto, o fator meteorológico tem um peso muito mais importante no momento da propagação e dispersão dos compostos responsáveis pelo mau cheiro, como o ácido sulfídrico (H2S), amoníaco (NH3) ou compostos orgânicos voláteis (COVs).

A existência de ventos dominantes caracterizados por sua intensidade e direção predominantes, bem como situações de inversão térmica, são fatores determinantes nessa propagação.

Enquanto há anos atrás a medição, coleta e armazenamento de dados fosse uma tarefa tediosa e demorada para os responsáveis pelo meio ambiente ou para os gerentes da ETE, a situação atualmente mudou radicalmente.

Três principais fatores tecnológicos explicam essa transformação:

  • Melhoria e aumento de opções quanto aos protocolos de comunicação para envio de dados.
  • Capacidade de processamento do computador.
  • Melhoria na tecnologia de sensores, assim como redução de preço.

Soluções atuais

Hoje existem soluções tecnológicas, que nos permitem coletar dados em tempo real a partir de sensores de qualidade do ar, bem como as condições meteorológicas. Esses dados precisos e de qualidade permitem alertar o operador da ETE sobre os valores de contaminação que podem afetar moradores das comunidades próximas, bem como detectar ineficiências na estação.

Além disso, permitem alimentar modelos matemáticos de dispersão de contaminantes que preveem e modelam as plumas de contaminação previstas nas próximas horas, podendo quantificar a intensidade do impacto, sua duração e o número de pessoas que serão afetadas.

Isto dá uma informação muito valiosa ao operar a ETE, seja em face da adição de compostos químicos, o start-up dos diferentes filtros, ou a fim de planejar certas tarefas que produzem mais ou menos odor.

Se a previsão indicar que a pluma não afetará as áreas residenciais, o operador da estação pode otimizar o uso de seus recursos materiais de uma maneira muito importante.

E da mesma forma, quando a população ou a administração pública notificam um episódio de mau cheiro, dispondo dos valores de direção e intensidade do vento nas últimas horas, é possível realizar uma engenharia reversa para determinar a possível trajetória daquela pluma de mal odor.

Será então possível demonstrar se a estação de tratamento foi ou não a causa do referido evento, e em caso negativo, defender-se contra as acusações infundadas e evitar multas injustas.

Conclusões

Esse conjunto de soluções permite melhorar a imagem da empresa, bem como a sua política de Responsabilidade Social Corporativa, melhorando a comunicação entre a Administração Pública, a população e o setor privado.

Pouco a pouco, essas soluções estão ganhando participação de mercado, sejam elas propostas pelas empresas que constroem e gerenciam as próprias estações de tratamento, ou porque estão incluídas nos documentos contratuais das Administrações Públicas.

Fonte: AGUASRESIDUALES.INFO, Autor: Alex Mateo, adaptado por Portal Tratamento de Água – Traduzido por Gheorge Patrick Iwaki

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O Sistema ODORCAP®, desenvolvido pela empresa, possui ação preventiva e sustentável contra odores e corrosão. O produto é uma solução de misturas de nitratos ativados, possuindo ação preventiva e sustentável, impedindo a formação de sulfeto de hidrogênio em redes, elevatórias, estações de tratamento de esgoto e efluentes industriais, tratando o problema na sua origem.

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