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O Sistemática Integrativa Estudo Analítico Sobre o Desastre Ambiental da Mineradora Samarco na Cidade de Mariana-MG

Estudo Analítico do Desastre da Samarco

Sistemática Integrativa Estudo Analítico Sobre o Desastre Ambiental da Mineradora Samarco na Cidade de Mariana-MG

Resenha Por: Dra. Rachel Lopes Queiroz Chacur

O presente artigo científico trata do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana, no Estado de Minas Gerais MG/Br. Estima-se 62 milhões de metro cúbicos de rejeitos despejados no rio, pelo seu volume e presença de substâncias tóxicas provoca inúmeros impactos sociais e ambientais, naquela região. O objetivo do trabalho leva a reflexão sobre causas e consequências deste fato, analisando uma coletânea de estudos técnicos e científicos publicados nos próximos 2 anos datado do imenso desastre ambiental, com repercussão no Brasil e no exterior. Os autores utilizaram a metodologia de pesquisa metanalitica de natureza bibliográfica. Os autores demonstram que nos últimos 50 anos é crescente o número de desastres ambientais no Brasil, afetando as pessoas e locais, seja em situação de risco ou ocorrência focal, aumentando a vulnerabilidade de exposição da saúde das pessoas e comunidade, bem como toda a lesão ao meio ambiente (FREITAS, 2016 et al; PASSOS COELHO, 2017). Estima-se 62 milhões de rejeitos de minérios com metais pesados lançados no meio ambiente trazendo grande prejuízo a biodiversidade, com diminuição de regeneração do solo e afetando a proliferação de animais (COELHO, 2015). O desastre ambiental afetou os rios Galaxo, Carmo e Rio Doce, classificando-os em microrregião e macrorregião, trazendo impactos a fauna e flora , principalmente, afetando os animais, e, por conseguinte, toda a comunidade que tinha subsistência pautada na pesca (MIRANDA, 2017 et al; LOPES, 2016). A metodologia utilizada foi um estudo descritivo e exploratório, de natureza bibliográfica, em especial, abordando temas e referencia teórico de estudos sobre impactos ambientais e sociais provocados pela atividades extrativistas de recursos naturais. Os pesquisadores utilizaram um banco de dados, selecionando os artigos publicados em periódicos científicos relacionados à questões ambientais, porém, não demonstram o percurso e categorias de assuntos ou qualidade de refinamento na utilização dos artigos referendados. Foram selecionados artigos segundo os critérios pré-estabelecidos (identificação, leitura, organização de resultados e dados analisados), dos quais estão genéricos, apenas com o agrupamento de assunto genérico para mera reflexão do desastre ambiental de Mariana. Ao analisar as informações e comunicação à respeito do desastre de Mariana levou os pesquisadores na verificação da ação conjunta do governo, órgãos ambientais, empresas envolvidas e toda a comunidade atingida pelo ocorrido no Brasil. O que demonstra uma exacerbada negligencia por parte de todos. São poucos os laudos técnicos e tecnologias adotadas no período de 2 anos retrospectivo sobre a extensão do dano ao meio ambiente. Mesmo porquê houve pouquíssimo investimento prévio em projetos de precaução e prevenção, bem como tecnologias para aplicar à contento para essas hipóteses. Foram lançados muitos contaminantes inorgânicos associados à lama de rejeitos, foram aferidos elevados teores de óxido de ferro, manganês e sílica. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a força da passagem da lama revolveu e colocou em suspensão os sedimentos contaminados dos processos de mineração do passado, contribuindo para elevações significativas nas concentrações de metais como alumínio, arsênio, cádmio, cobre, cromo, manganês e níquel, sendo que alguns destes, como chumbo e mercúrio, com níveis superiores ao limite da legislação de 165 e 1465 vezes, respectivamente. O presente estudo demonstra as falhas de gestões de recursos no Brasil, trazendo prejuízos no aspecto econômico, social e socioambiental, atingindo inúmeras vítimas afetadas pela degradação do meio ambiente. A ressalva para alertar sobre a importância de gestão das águas, de forma interligada considerando todas as bacias hidrográficas, em todo o território nacional. Essa gestão integrada, integral e interconectada traria benefícios ao tratamento de recursos, responsabilização dos órgãos, maior fiscalização e prevenção antes de acontecer catástrofes, como foi o caso de Mariana MG/BR.

Autores: Ariana Liporace Maia; LOPES; Eduardo Gullo Muller; SOUZA, João Marques Teixeira de;  MARTINHO, Priscila Tamiasso; SOUSA, Célia.

Estudo Desastro Samarco

Referências Bibliográficas:

COELHO, R. M. P. Existe governança das águas no Brasil? Estudo de caso: O rompimento da Barragem de Fundão, Mariana (MG). In: Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico, v. 24, n. 1, 2015.

FREITAS, C, M.; SILVA, M. A.; MENEZES, F. C. O desastre na barragem de mineração da Samarco – fratura exposta dos limites do Brasil na redução de risco de desastres. Ciência e Cultura, v. 68, n. 3, São Paulo, 2016.

LOPES, L. M. N. O rompimento da barragem de Mariana e seus impactos socioambientais. Sinapse Múltipla, v. 5, n. 1, Betim, Minas Gerais, 2016.

MIRANDA, M. G.; FRIEDE, R.; RODRIGUES, A. C.; ALMEIDA, D. S. Cadê a minha cidade, ou o impacto da tragédia da Samarco na vida dos moradores de Bento Rodrigues. Interações, v. 18, n. 2, Campo Grande, 2017.

PASSOS, F. L.; COELHO, P.; DIAS, A. (Des)territórios da mineração: planejamento territorial a partir do rompimento em Mariana. Cadernos Metrópole, v. 19, n. 38, São Paulo, 2017.

MINI-CURRÍCULO:

Rachel Lopes Queiroz ChacurDoutora em Ciências Ambientais-PPGCAm/UFSCAR. Mestre em Direito Processual Civil. Advogada. Consultor do IICA no âmbito do Projeto BRA/IICA 16/001, Brasília – DF. Pós-Doctor em curso na Universidade Federal de São Paulo – SP.

CV: http://lattes.cnpq.br/4196133005019594
https://www.linkedin.com/in/rachel-lopes-queiroz-chacur-7b082623/

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