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Alternativas de desinfecção da água para consumo e os impactos dos subprodutos gerados

Resumo

Cada vez mais procura-se utilizar ou ingerir água que seja segura para consumo, ou seja, que tenha passado por um tratamento adequado e que tenha parâmetros de qualidade, enquadrados no padrão estabelecido pela legislação vigente. Esse é um desafio importante para todos, pois a água é fundamental para a sobrevivência humana. A água é o principal alimento ingerido pelo homem, e corresponde a 80% da composição do corpo humano. Esse contato intenso explica o fato de o organismo humano ser facilmente atingido por microrganismos parasitas, sendo que estes se alojam e se desenvolvem no corpo hospedeiro, quando as condições lhes são favoráveis. Além dos contaminantes microbiológicos, existem os contaminantes químicos, que surgem em decorrência do processo de tratamento. Alguns dos parâmetros de qualidade são relacionados às características microbiológicas da água, como a presença de protozoários, vírus ou bactérias. Outros parâmetros estão relacionados à presença de compostos químicos orgânicos ou inorgânicos nocivos à saúde humana, como os subprodutos da desinfecção (trihalometanos, ácidos halo acéticos, entre outros). Existem comprovações na literatura sobre a carcinogenicidade de diversos subprodutos da desinfecção. O processo de desinfecção é fundamental para a potabilização da água e existem atualmente diversas tecnologias, desde as tradicionais, como a cloração, até às mais modernas, como a ozonização e filtração por membranas. Este trabalho consiste na revisão bibliográfica das alternativas de desinfecção da água para consumo e os impactos de seus subprodutos, com o objetivo de identificar os prós e contras das tecnologias estudadas. Para tanto, será feito um levantamento bibliográfico sistemático em periódicos científicos. Espera-se obter informações das tecnologias de desinfecção e seus efeitos, para que seja possível a análise de viabilidade e eficiência, sendo que a referida eficiência está vinculada à legislação vigente (Portaria de Consolidação n.5/2017 e/ou RDC Anvisa n.275/2005), que também estabelece as concentrações máximas de subprodutos da desinfecção em água tratada.

Introdução

Um dos problemas enfrentados no Brasil é a falta de água tratada em muitos lugares, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde também as condições de saneamento são precárias. Outra situação é a dos produtores rurais que utilizam águas subterrâneas, muitas vezes sem tratamento adequado. Nas cidades, as companhias de saneamento e abastecimento de água (como a Sanepar, no Paraná) realizam o controle de qualidade microbiológico e físico-químico, para que a água tratada seja distribuída à população, atendendo aos parâmetros de qualidade, preconizados pela Portaria de Consolidação n.05 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2017), para água tratada superficial (rios e lagos). Para o caso de água subterrânea (poços tubulares e minas), a legislação pertinente para o controle de qualidade é a RDC Anvisa n.274/2005 (BRASIL, 2005).

Ferreira Filho (2017) traz um fluxograma que abrange, desde o manancial, até a distribuição. Depois da adução de água bruta, a água é direcionada para a Estação de Tratamento de Água (ETA), onde passa por processos como coagulação, floculação, sedimentação, filtração rápida e desinfecção, sendo este último processo, o foco do presente trabalho.

(…)

Autora: Nayara Araujo Cabral .

 

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