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Uso de modelo digital de elevação na criação de mapas de hipsometria e declividade na unidade de negócio oeste Sabesp

Resumo

O atual estudo tem o intuito de caracterizar o relevo da Unidade de Negócio Oeste (MO) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), a partir de um Modelo Digital de Superfície (MDS) que é o TOPODATA com resolução espacial de 30m, disponibilizado gratuitamente pela INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os produtos gerados foram um mapa de declividade, um mapa hipsométrico, uma carta com as curvas de nível com equidistância de 10m e uma maquete eletrônica simplificada via HTML da área de estudo, mostrando-se similares a base cartográfica da SABESP e à altimetria do Google Earth. Assim, almeja-se ter contribuído com a criação de material cartográfico de qualidade como subsídios para futuros estudos ambientais, como uso e ocupação do solo e mapeamento áreas de preservação permanente.

Introdução

A divulgação dos programas de geoprocessamento contribui para o estudo geográfico de diversas áreas, como por exemplo planejamento urbano e territorial, análise de recursos naturais e medidas geomorfológicas. Assim, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) integram os dados multidisciplinares propondo opções para diminuir os impactos ambientais nas bacias hidrográficas, de acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos – Lei 9.433/97, que considera como plano de atuação água, meio físico, biótico, social, cultural e financeiro (Yassuda, 1993).

Para estudos de relevo de bacia, a aquisição de Modelos Digitais de Elevação (MDE) são de grande importância ao se averiguar os dados, já que estas imagens possibilitam a criação de informações da área de estudo, como por exemplo, curvas de nível e derivados como hipsometria e declividade. O Topodata disponibilizado gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é um exemplo de imagem SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), com uma resolução espacial de 30 metros.

Os trabalhos feitos desses procedimentos contribuem tanto para o planejamento físico como para o desenvolvimento da disciplina da geomorfologia em sala de aula, a proporcionar ao aluno uma metodologia mais eficiente do estudo de diferentes regiões.

A partir dos materiais resultantes podem ser feitos estudos ambientais, tanto na parte rural como na parte urbana como: regiões sujeitas à erosão, delimitação de rede hidrográfica, mapeamento de áreas de preservação permanente e subsídio ao projeto executivo de rodovias e drenagens, adequações do sistema viário e construção de obras de arte (barragens, túneis etc.). Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar o potencial do SIG como cartografia temática, especialmente em perímetro urbano (Carelli et al., 2011).

Autor: Bruno Pereira Toniolo.

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