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Diagrama de coagulação e otimização de misturas para água com turbidez elevada utilizando cloreto de polialumínio

Resumo

A aplicação de coagulantes no tratamento de água demanda atenção do operador por haver particularidades de cada manancial que determinam as condições da coagulação. Uma sequência de etapas a serem realizadas em escala de laboratório, em equipamento de Jarteste, é capaz de indicar as ótimas condições de dosagem de determinado coagulante, pH no momento da coagulação e as condições de mistura rápida e lenta do tratamento, considerando os parâmetros gradiente de velocidade e tempo de mistura. No presente estudo, uma água de turbidez elevada preparada a partir da adição de caulinita à água de poço foi submetida a ensaios de tratabilidade para a determinação dos pares (dosagem de coagulante e pH de coagulação) além das melhores condições de mistura. O coagulante empregado foi o cloreto de polialumínio – PAC. A apresentação dos resultados e a sequência de etapas seguidas poderão orientar futuros trabalhos que precisem determinar condições ótimas de coagulação e misturas.

Introdução

No Brasil se tem reportado o uso de cloreto de polialumínio – PAC em estações de tratamento de água – ETAs (LOPES et al. 2009; FERREIRA FILHO & WAELKENS, 2009). O principal atrativo do PAC é a eventual não necessidade de aplicação de pré-alcalinização, o que resulta em grande vantagem do ponto de vista operacional, quando comparado aos demais coagulantes tradicionais.

O PAC, na maioria dos casos, revela-se como coagulante superior ao sulfato de alumínio em termos de eficiência. Para a eliminação de substâncias coloidais, sua eficácia é superior, em média, 1,5 a 2,5 vezes em igualdade de dosagem, em íon Al3+, à dos outros sais de alumínio (PAVANELLI, 2001). Destaca-se que o PAC apresenta vantagens em relação aos demais coagulantes, principalmente pela maior concentração de elemento ativo, Al2O3 (LOPES et al. 2009).

Os ensaios de tratabilidade visam definir as dosagens dos produtos químicos e o pH mais adequados à elevação da qualidade do efluente em uma estação de tratamento de água. Cada água possui características únicas, aspecto que gera condições específicas dos parâmetros de projeto que demanda otimização para atingir o objetivo do tratamento. Uma sequência de etapas indicadas em Di Bernardo et al. (2011) pode conduzir a esta otimização. Neste sentido, o objetivo do artigo foi obter e apresentar diagramas de coagulação e otimizar as misturas (rápida e lenta) para o tratamento de água com turbidez elevada utilizando o PAC como coagulante.

Autores: Paulo Marcos Faria Maciel e Lyda Patricia Sabogal-Paz.

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