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CLORAÇÃO E FLUORETAÇÃO

Cloração

Entende-se por água potável aquela que pode ser bebida sem causar danos à saúde e ser empregada no preparo de alimentos. A água deve ser isenta de substâncias e microorganismos patogênicos (bactérias). Também deve ser desinfectada para exterminar os organismos patogênicos e consequentemente evitar as doenças de transmissão hídrica. Com isso, a cloração torna-se importante para a promoção e preservação da saúde pública e redução da mortalidade infantil.

Toda água de abastecimento público tem que atender os padrões de potabilidade, conforme a Portaria de Consolidação nº 5 de 03/10/2017 do Ministério da Saúde.

Um dos parâmetros exigidos é o cloro residual. O cloro é o bactericida empregado em águas de abastecimento e piscina, por sua elevada eficiência, bem como o relativo custo baixo e facilidade de aplicação. Sua eficiência sobre as bactérias patogênicas intestinais é bem conhecida. O cloro não tem efeito acumulativo no organismo. A quantidade de cloro adicionado é o necessário para combater as possíveis contaminações durante o percurso da água até a caixa d’água. Esses valores de concentração do cloro são determinados pelo Ministério da Saúde.

O contribuinte muitas vezes não aceita a cloração de forma benéfica, mas somente por falta de esclarecimento. A cloração corretamente aplicada é a proteção que existe contra as possíveis contaminações. É importante dizer que, não somente as águas de mananciais superficiais (rios), mas as de mananciais subterrâneos (poços), também podem apresentar contaminações que comprometem a qualidade da água.

Com a falta de conscientização e excesso de exploração dos aquíferos subterrâneos mais rasos, sem a devida fiscalização, este manancial também está sujeito à contaminação por infiltração de superfícies.

O “gosto de cloro” reclamado pelos consumidores pode ser amenizado, se a água passar por um filtro simples (tipo pote de cerâmica), antes de ser consumida, pois é melhor ter a garantia da cloração do que arriscar beber uma água contaminada.

Águas de mina e minerais vendidas em galões, não recebem o cloro. Se a indústria que as envaza não possuir o controle adequado de engarrafamento, higienização do local e dos galões e o controle da qualidade da água, ela pode ser contaminada pelas bactérias patogênicas.

Portanto, para mantermos uma boa qualidade da água recebida em nossa casa, basta manter sempre limpas as torneiras, as caixas d’água e os filtros.

 

Fluoretação

A fluoretação da água de abastecimento público, em Bauru, nos últimos 25 anos, teve uma ação reconhecidamente importante no declínio do índice de cárie dentária.

Em Bauru, após 25 anos de fluoretação e de métodos de prevenção e controle de cárie dentária, pode-se observar os benefícios da aplicação do flúor na água distribuída à população. Na cidade, o CPOD médio, para a idade de 12 anos, passou de 9,89 em 1976 para 1,44 em 2001, tendo uma redução de 85,44%, sendo que para a mesma faixa etária teve um percentual de 38,39% de livres de cáries, que em 1976 era de 0,4%, (1).

O que é a água branca

Observamos que algumas vezes recebemos em nossa torneira a chamada “água branca”, que assusta o contribuinte, levando-o a pensar que a água está com uma grande dosagem de cloro.

Para explicarmos melhor, quando coletamos uma amostra dessa água em um copo transparente, notamos que a coloração branca, após alguns minutos, desaparece, e a água volta a ter a sua coloração límpida. Esta rápida mudança ocorre em virtude da despressurização, onde as bolhas de ar, sendo mais leves que a água, sobem para a superfície do copo e desaparecem.

Portanto, a “água branca” é o excesso de microbolhas de ar, causado pela pressurização existente nas redes de água, por serem condutos fechados. Este fato não causa nenhum tipo de risco à saúde.

O excesso de cloro na água somente pode ser detectado visivelmente com a ajuda de testes químicos, ou seja, utilização de métodos onde ocorre uma reação química. Somente pode ser observado o excesso de cloro pelo consumidor, através do cheiro que é característico de água de lavadeira (varex, quiboa).

Quando algum vizinho ou conhecido seu perguntar se a “água branca” é cloro, você poderá orientá-lo e explicar que não há excesso de cloro, e que este processo não altera a qualidade da água fornecida pelo DAE.

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Referências
(1) BASTOS, J.R de M; LOPES, E.S.; RAMIRES, I. Manual de Odontologia Preventiva & Social. Bauru, FOB-USP, 2001.

FONTE: DAE

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