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Capacidade de biossorção do metal níquel em três biossorventes orgânicos

Resumo: Os metais são originários da rocha e de outras fontes adicionadas ao solo. Para a retirada dos metais, temos a biossorção, que pode ser definida como um processo onde se utiliza biomassa vegetal ou microrganismos, na retenção, remoção ou recuperação de metais pesados de um ambiente líquido. O objetivo é analisar o comportamento cinético do processo de biossorção do metal Níquel (Ni2+) em três tipos de biossorventes (lodo de esgoto sanitário, resíduo sólido orgânico e carvão ativado). Para promover a biossorção entre o metal e biossorventes foram utilizados 12 erlenmeyers, todos os reatores receberam uma massa de 0,4±0,01 g. Foi realizado o experimento em valor de pH inicial 4,0. Os resultados obtidos foram que o pH tem influência na absorvidade do metal, que na primeira hora ocorreu maior redução da sua contração do metal e a na eficiência de remoção foi de 100% em dois biossorventes de concentração mais baixa.

Introdução: Os metais são originários da rocha e de outras fontes adicionadas ao solo, como: precipitação atmosférica, cinzas, calcário, fertilizantes químicos e adubos orgânicos (estercos de animais, lixo domiciliar e biossólidos). Não apenas exercem efeitos negativos sobre o crescimento das plantas, mas também afetam os processos bioquímicos que ocorrem no meio ambiente, como: solo, corpo aquáticos, plantas, animais e todas as biodiversidades (Tsutiya, 1999). A contaminação por metais pesados é resultado, geralmente, de atividades antropogênicas que podem aumentar as concentrações de metais, a níveis mais altos dos que os originalmente presentes na natureza, a partir de lançamentos de efluentes industriais e municipais, enxurradas urbanas e agrícolas, sedimentos finos provenientes da erosão de mananciais, deposição atmosférica, pinturas antiaderentes de embarcações (especialmente estanho e cobre), metais dos tubos de estações de tratamento de esgotos, drenos de solos ácidos sulfatados e minas para extração de minérios (Anzecc e Armcanz, 2000). Segundo Schneider (1995), os metais reagem com íons ligantes e macromoléculas orgânicas podendo conferir propriedades de bioacumulação e biomagnificação na cadeia alimentar, ocorrendo a persistência no ambiente e distúrbios nos processos metabólicos dos seres vivos (Lenzi et al., 2009). Existem cerca de vinte elementos considerados tóxicos para a saúde dos humanos incluindo Hg, Cd, Pb, As, Mn, Tl, Cr, Ni, Se, Te, Sb, Be, Co, Mo, Sn, W e V. Destes, os dez primeiros são os de maior utilização industrial e, por isso mesmo, são os mais estudados do ponto de vista toxicológico (Tavares e Carvalho, 1992). O processo de sorção pode ser definido como sendo a concentração ou acumulação de íons ou moléculas sobre uma superfície absorvente, devido à ação de dois fenômenos simultâneos bastante distintos (Valdman e Leite, 2000; Sawyer et al., 1994). A biossorção pode ser definida como um processo onde se utiliza biomassa vegetal ou microrganismos, na retenção, remoção ou recuperação de metais pesados de um ambiente líquido (Volesky, 2001). O estudo do processo de biossorção tem levado ao desenvolvimento de novas metodologias, na adaptação para as tarefas especificas, segundo esforços extensos de estudos científicos e de alguns estabelecimentos de pesquisa industrial (Barros et al., 2005). Materiais de origem biológica como os biossorventes possuem a capacidade de absorver íons metálicos dissolvidos. Entre estes materiais está o lodo de esgoto, constituído por microrganismos (bactérias, microalgas e fungos), vegetais macroscópicos (algas, gramíneas, plantas aquáticas) ou tecidos específicos de vegetais (casca, bagaço, semente, etc). O objetivo é analisar o comportamento cinético do processo de biossorção do metal Níquel (Ni2+) em três tipos de biossorventes (lodo de esgoto sanitário, resíduo sólido orgânico e carvão ativado) em relação às suas características físico-químicas e cinéticas.

Autores: LEANDRO FABRICIO SENA; JAILTON GARCIA RAMOS; MARIA TERESA CRISTINA COELHO DO NASCIMENTO; PAULO ROBERTO MEGNA FRANCISCO e ALDRE JORGE MORAIS BARROS.

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