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ANÁLISE PER CAPITA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DE SOLEDADE (RIO GRANDE DO SUL)

Resumo

Conhecer as possibilidades hídricas e o perfil de consumo de uma população torna-se uma ferramenta
de gestão imprescindível neste atual cenário ambiental. Neste sentido, este estudo objetiva realizar uma análise comparativa per capita do abastecimento e consumo de água no município de Soledade/RS e demais municípios do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil. Para a realização do estudo foi realizado uma pesquisa bibliográfica tendo como base uma abordagem quantitativa. Os dados foram fornecidos pela Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN para o ano de 2017. O município de Soledade apresentou um consumo médio dia de 108,4 litros por habitante. Ao comparar com o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento – SNIS (2017), o consumo médio de água no Brasil está na faixa de 154,1 litros por habitante/dia, ou seja, um percentual de 30,6% maior do que o consumo de Soledade. Ao comparar o consumo médio do Estado do Rio Grande do Sul (Ano de 2016) com o município de Soledade (Ano 2017), observa-se que Soledade consome 26,6% menos que a média do Estado. Conclui-se que estudos sobre o consumo de água tratada são extremamente importantes, pois ajudam as municipalidades e as empresas gestoras de tratamento de água a fazer previsões e planejamento a partir dos resultados obtidos.

INTRODUÇÃO

A Constituição Brasileira de 1988 define que o Saneamento Básico é um direito assegurado a todos os brasileiros e tal fato é ressaltado na Lei Federal N° 11.445/2007. Esta normativa se divide em quatro pilares, sendo eles, abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente. Um dos mais importantes pilares é o de abastecimento de água, uma vez que a falta do mesmo afeta diretamente na saúde e o bemestar da população e de todas as espécies que habitam a Terra (SCRIPTORE et. al., 2012; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2018).

A demanda de água para as atividades humanas cresceu bastante, principalmente pelo aumento populacional, do maior consumo per capita e das atividades econômicas (UNESCO, 2016; ANJOS et al., 2015). Enfrentar os sérios problemas de acesso ao abastecimento de água, que atingem mais severamente a população de baixa renda dos pequenos municípios e das periferias dos grandes centros urbanos, torna-se fundamental para que se continue avançando no caminho do crescimento ambientalmente responsável (ATLAS BRASIL, 2017; SAMPAIO et al., 2014; BORJA, 2014).

Apesar de todos os cidadãos terem o direito à água tratada com um padrão de potabilidade para consumo humano, nem toda a população tem acesso ao abastecimento de água potável, tanto em zona urbana como na zona rural (FERREIRA et al., 2014). Segundo o Instituto Trata Brasil (2017), 83,3% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada e isto significa que, infelizmente, mais de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a este serviço básico. Ainda de acordo com o Instituto Trata Brasil, a cada 100 litros de água coletados e tratados, em média, apenas 63 litros são consumidos. Ou seja 37% da água no Brasil é perdida. Tais perdas ocorrem por vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água, resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões/ano (SOARES et al, 2002).

Autores: Gustavo Maciel da Silva, Patricia Inês Schwantz, Marta Martins Barbosa Prestes, Carlos Augusto de Quevedo, Cândice Maiéli Porn, Daniela Mueller de Lara.

 

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