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Vicunha em Pacajus terá água de reuso de ETE da Cagece

A construção da novíssima Estação de Tratamento de Esgotos recebeu um investimento de R$ 73 milhões, com a água reciclada destinada às indústrias do Distrito Industrial Pacajus-Horizonte.

A Cagece, em parceria com o Grupo Vicunha desde novembro de 2021, inaugurou em 08/05 uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Pacajus. Essa ETE fornecerá água reciclada não apenas à fábrica de tecidos da Vicunha Têxtil, mas também a todas as demais, incluindo as de Horizonte, interessadas no insumo.

O governador Elmano de Freitas presidirá o ato inaugural.

Há pouco mais de dois anos, a Cagece e o Grupo Vicunha celebraram um acordo para criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) chamada VSA. O objetivo era instalar a ETE, agora concluída, com um investimento total de R$ 73 milhões, dos quais R$ 62 milhões foram aplicados na obra e na compra dos equipamentos.

Grupo Vicunha

O Grupo Vicunha lidera o projeto de fornecimento de água de reuso a dezenas de unidades industriais no Distrito Industrial Pacajus-Horizonte.

O sistema de esgoto da fábrica da Vicunha em Pacajus fornecerá a água a ser reciclada.

A SPE VSA, organizada para a viabilização do projeto, tem a mesma estrutura organizacional da SPE Unitas, constituída pela Cagece com parceiros privados instalados no Complexo Industrial e Portuário do Pecém com a finalidade de produzir e fornecer água de reuso (reciclada) às empresas que vierem a instalar-se no Hub do Hidrogênio Verde do Ceará.

Além disso, na mesma época em que celebrou a parceria com a Vicunha, a Cagece também firmou convênio com a Universidade Federal do Ceará (UFC) para criar um Centro de Pesquisas sobre o reuso de água na piscicultura e na produção agrícola.

O Grupo Vicunha tem no Ceará, além de suas indústrias têxteis, pesado investimento na fruticultura. Neste ano, a Finoagro investe R$ 30 milhões, parte destinada à ampliação das áreas de cultivo de manga no Ceará.

O grupo liderado pelo empresário Ricardo Steinbruch aplicará cerca de 90% do investimento em seu plano estratégico, priorizando a implantação de uma unidade agroindustrial em uma cidade do Vale do Jaguaribe, cuja localização exata permanece confidencial por ora. Contudo, Esta coluna pode adiantar que a unidade focará sua produção no mercado externo.

Finoagro possui fazendas de manga em Beberibe e Quixeré (CE), Ipanguaçu (RN), e Polo Fruticultor de Petrolina (PE).

Diversificação e Expansão

A área das fazendas de produção da Finoagro – cujo CEO é José Antônio Belotte – alcança 1.700 hectares. A empresa produz as variedades de manga Kent e Keit (sem fibra), Palmer (pouca fibra) e Tommy (muita fibra) em 1.100 hectares.

Eventualmente, nos 600 hectares restantes, a empresa cultiva e exporta uva.

Em Beberibe, Kent e Keit ocupam 35 ha; Palmer, 40 ha; Tommy, 15 ha, totalizando 90 ha de cultivo de mangas. Em Quixeré, a Finoagro também produz manga e uva em uma área de 100 hectares.

Der acordo com Belotte, a Finoagro exporta, anualmente, 25 mil toneladas de manda, o; que equivale a 80% de toda a sua produção. A empresa exporta 60% desse total para a Europa e 40% para os Estados Unidos. Comercializa os 20% restantes no mercado interno brasileiro.

Bem como, no próximo dia 9, Ricardo Steinbruch receberá a Medalha da Ordem do Mérito Industrial da Fiec na La Maison Dunas, honraria outorgada pela CNI.

Fonte: Diário do Nordeste


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