Após 20 anos e R$ 3 bilhões investidos, o rio continua drasticamente poluído.
Duas décadas e três bilhões de reais. Estes são os números do projeto paulista para a despoluição do rio Tietê. Após tantos anos e tamanho investimento, o resultado ainda é muito abaixo do esperado e a água do rio que corta toda a região metropolitana de SP continua morto.
Toda a área morta do Rio Tietê está concentrada na região metropolitana de São Paulo. | Foto: Fernando Stankuns/Flickr
Conforme reportagem publicada pela Band, em 1993, quando os projetos de limpeza do Tietê começaram, mais da metade da água do rio era considerada inutilizável. A situação teve uma melhoria considerável desde então, com 12% da água permanecendo nestes níveis de poluição.
Toda a área morta do Rio Tietê está concentrada na região metropolitana de São Paulo. E, além do desmatamento da mata ciliar, a principal causa para isso é a falta de tratamento do esgoto que é despejado no manancial. Ainda de acordo com a notícia veiculada no Jornal da Band, a própria capital paulista não dá conta de tratar seu esgoto integralmente. Assim, 52% da água contaminada vai parar no rio.
Os números são ainda piores em cidades que formam a Grande São Paulo. Guarulhos trata 35% de seu esgoto, São Bernardo apenas 16% e Mauá, tem índices piores, com apenas 5% de seu esgoto sempre limpo antes de chegar às bacias hídricas.
De acordo com especialistas, se este cenário fosse modificado e o tratamento de esgoto em todas as cidades por onde o Tietê passa fosse universalizado, a própria natureza se encarregaria de despoluir o rio em apenas cinco anos.