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Pesquisadora canadense diz que saneamento de São Carlos/SP é de excelência

A pesquisadora canadense Banu Örmeci, da Universidade Carleton/Canadá, se surpreendeu com a qualidade do saneamento da cidade de São Carlos.

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Banu passou uma semana na cidade, ministrou um curso para estudantes e profissionais ligados à área do saneamento, conheceu a estação de tratamento de água e esgoto e também projetos de saneamento da Prefeitura, Embrapa e Universidades.

“São Carlos tem uma situação privilegiada no saneamento em relação ao resto do Brasil. Está bem qualificada, trata a água e esgoto e isso tem relevância na qualidade de vida e saúde da população, é um trabalho de excelência”, disse a pesquisadora.

Para ela, o município está na vanguarda quando pensa em saneamento em longo prazo. “São Carlos é uma cidade com visão. A criação do grupo de trabalho em segurança hídricapara planejar o desenvolvimento da cidade e uso da água é um exemplo importante. Mundialmente falando, um dos pontos fundamentais dos governos, é conseguir assegurar a qualidade da água no futuro”, complementa.

Durante o curso, a pesquisadora também defendeu o investimento em ações para reuso da água e o controle da poluição, a busca por novas fontes de abastecimentos e o uso múltiplo da água, além da participação efetiva da população na economia de água.

A visita da pesquisadora foi intermediada pelo professor doutor, José Galizia Tundisi, secretário de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do IANAS (Inter-American Network Academies of Sciences), onde os dois pesquisadores integram o Comitê das Águas. Todos os custos foram pagos pela Universidade do Canadá.

“Esse intercâmbio é bastante importante para a cidade. É uma troca de experiência com uma pesquisadora que conhece o saneamento nas mais diversas regiões do mundo. Discutimos problemas relacionados aos recursos hídricos da cidade com aqueles que estão ligados à área e podem trabalhar na solução desses problemas”, disse Tundisi.

Saneamento rural

Um dos participantes do curso, Wilson Tadeu Lopes da Silva, pesquisador da Embrapa e Coordenador da área de Saneamento Rural, acompanhou a pesquisadora no Sítio São João onde ela conheceu o trabalho de saneamento rural desenvolvido pela Embrapa.

“A visita foi bastante importante, é fundamental manter contatos com pesquisadores do Brasil e exterior. Quanto maior for a rede de contatos maior é a possibilidade encontrarmos soluções que sejam as melhores tanto do ponto vista da eficiência como da aplicabilidade de custos. Também temos os melhores resultados para saúde da população e para o meio ambiente”, comentou.

SAAE

O curso com duração de 20h aconteceu no Auditório da Estação de Tratamento de Água de São Carlos. Para a gerente de operações de tratamento de água e esgoto, Leila Jorge Patrizi, a presença da pesquisadora renomada apontou que o SAAE está no caminho certo. “Banu Örmeci nos apresentou a experiência dela e apontou como São Carlos está em comparação com o mundo. Percebemos que estamos no caminho certo. São Carlos tem uma operação diferenciada, com técnicos qualificados e um sistema otimizado tanto na captação, quanto no monitoramento e na distribuição. Monitoramos parâmetros que não estão na lei graças às parcerias com as universidades”, disse.

“A pesquisadora apontou que alguns fármacos que são monitorados em São Carlos não analisados no Canadá, por exemplo, algo que mostra qual a posição da cidade frente ao mundo. Com ela pudemos vislumbrar quais são os próximos passos, onde devemos investir pensando em inovação, pensando no futuro”, complementou Leila.

Água da torneira

Durante as discussões do curso, uma das propostas apresentadas foi a realização de uma campanha para o consumo da água direto da torneira. “Nossa água é de excelente qualidade, o município investe muito para tratá-la e melhor que podemos fazer é estimular que as pessoas bebam mais água da torneira. Vamos sugerir a colocação de torneiras em pontos públicos da cidade para estimular o consumo”, contou o professor Tundisi.

Leila Patrizi achou que a ideia é bastante positiva. “Quem conhece a qualidade do manancial, o tratamento e a seriedade que o SAAE trata a água distribuída na cidade consome a água da torneira. Quem não conhece não toma. Acho bastante importante uma campanha para a divulgação da qualidade da nossa água, outros países estão estimulando essa ação. Temos total segurança da qualidade da água que vai para as casas das pessoas, tratamos e monitoramos criteriosamente os caminhos da água”, defendeu.

GTSH

O Grupo de Trabalho em Segurança Hídrica (GTSH) foi instituído com vários objetivos, entre eles: rever o Plano Municipal de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário; estudar alternativas para abastecimento de água em São Carlos, nos próximos 10 anos; acompanhar os projetos de monitoramento, avaliação de impactos e demais processos decorrentes da gestão integrada de recursos hídricos do município de São Carlos; preparar o Plano Estratégico de Gestão de Recursos Hídricos do Município de São Carlos, face possíveis mudanças globais, expansão urbana, usos múltiplos das águas superficiais e subterrâneas. Além disso, o grupo vai acompanhar e promover projetos de educação da comunidade em recursos hídricos para impulsionar participação comunitária.

Fonte: SAAE São Carlos.

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