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Sabesp inicia em São Bernardo do Campo/SP obra que levará para tratamento esgoto de 382 mil pessoas

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Sabesp, e a Prefeitura de São Bernardo do Campo lançaram na manhã do sábado (21/9) uma obra que vai ampliar a coleta e o tratamento de esgoto no município e região

rio-tiete

A obra contribuirá diretamente para a despoluição da represa Billings e para a melhoria da qualidade de vida da população. O trabalho consiste na implantação do Coletor-Tronco Couros, tubulação de grande porte que vai receber o esgoto gerado por cerca de 250 mil moradores de São Bernardo e levá-lo para a estação de tratamento do ABC, localizada na divisa de São Paulo e São Caetano do Sul.

O governador em exercício, Rodrigo Garcia, assinou a ordem de início das obras juntamente com prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, e do presidente da Sabesp, Benedito Braga.
“A obra vai beneficiar os municípios de São Bernardo do Campo e Diadema e, principalmente, vai melhorar a condição da represa Billings”, disse Garcia.

Terceira fase do programa Pró-Billings

O empreendimento faz parte da terceira fase do Pró-Billings, o programa da Sabesp que executa obras para coleta, afastamento e tratamento de esgoto na região da Billings. Com a conclusão das três fases do programa, o índice de tratamento de esgoto de São Bernardo vai mais que duplicar, passando de 27% para 60%.
“Esta é uma obra importantíssima para a despoluição dos rios do Estado de São Paulo, para que melhoremos a qualidade de vida das pessoas”, afirmou o presidente da Sabesp.
Além dos 250 mil moradores de São Bernardo beneficiados com o programa em execução, a obra agora iniciada também encaminhará para a estação de tratamento, os esgotos de 132 mil moradores de Diadema, totalizando 382 mil pessoas atendidas. Desse modo, o CT Couros levará para tratar o esgoto gerado na própria bacia do ribeirão dos Couros e também aquele bombeado da bacia da Billings por meio do Pró-Billings, além de parte do esgoto produzido em Diadema.

“Coletor-tronco é estratégica”

O prefeito de São Bernardo lembrou que a posição do coletor-tronco é estratégica, pois está na divisa dos municípios.
“É uma grande alegria hoje os moradores saberem que o esgoto está sendo coletado. Porque era triste, o morador mesmo sabendo, morando, ele via   que o esgoto dele ia para a represa sem tratamento. E as pessoas têm respeito pela represa, elas sabem da sua importância. Esse é o maior programa de despoluição da Billings. Foi feito já no Riacho Grande. Hoje opera, coleta e trata e agora vai pegar todo nosso grande Alvarenga”, disse Morando.
Os bairros da bacia do ribeirão dos Couros diretamente beneficiados são Planalto, Jardim Calux, Parque dos Pássaros, Cooperativa, Vila Nova Antunes, Jardim Santa Maria, Vila Soares, Jardim Uenoyama, Loteamento Vila Santa, Bairro Batistini, Jardim Belas Artes, Jardim Satélite, Jardim São Jorge, CAISB I, Comunidade Nova Assunção, Granja Ito, Jardim Esmeralda, Belita e Nazareth. Além deles, todos os outros bairros localizados na bacia Billings em São Bernardo são beneficiados.
Financiado pela JICA (agência de cooperação internacional do Japão) e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o CT Couros terá 14 km de extensão, tendo a maior parte das obras construídas por Método Não Destrutivo (MND), para causar o mínimo impacto possível. O investimento na obra é de R$ 48,5 milhões.
O empreendimento, assim como todo o Pró-Billings, é fundamental para dar mais qualidade de vida aos moradores da região. A melhoria das condições de saneamento impacta positivamente na prevenção de doenças de veiculação hídrica, elevando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) local. A conclusão da obra está prevista para julho de 2021.

Rio Tietê

A implantação do Coletor-Tronco Couros contribui também com o trabalho de despoluição do Tietê, já que parte do esgoto que hoje chega ao ribeirão dos Couros vai para o rio Tamanduateí e, a partir daí, alcança o principal rio do estado de São Paulo. A obra lançada hoje, portanto, é mais uma ação realizada conjuntamente ao Projeto Tietê, programa este iniciado pela Sabesp em 1992 que trouxe coleta e tratamento de esgoto para mais 10 milhões de pessoas na Grande São Paulo.  Com investimentos de quase US$ 3 bilhões e uma grande gama de obras realizadas, o Projeto levou mais saúde e qualidade de vida para um contingente de pessoas equivalente à população de um país como Portugal ou Suécia. Atualmente, as obras em andamento do Projeto estão a pleno vapor, representando um investimento de R$ 1,2 bilhão, mantendo o mesmo patamar de desembolso de recursos dos últimos anos.
O Projeto Tietê é um programa de saúde pública focado na ampliação da coleta e do tratamento de esgoto na Grande São Paulo, impactando positivamente a qualidade de vida dos moradores. O principal objetivo é implantar a infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto na bacia hidrográfica do Alto Tietê, na Grande São Paulo, contribuindo para a revitalização progressiva do rio na região e consequentemente nas áreas para onde ele flui. É essa infraestrutura que evita que o esgoto chegue diretamente ao rio e também aos córregos e outros cursos d’água que nele deságuam. Desde 1992, a coleta de esgoto na RMSP passou de 70% para 89% e o tratamento de esgoto saltou de 24% para 78%, ou seja, o índice de esgoto tratado mais que triplicou, mesmo com a população da Grande São Paulo tendo crescido em mais 6 milhões de pessoas no período.
A expectativa é chegar em 2025 com 92% de coleta e 92% de tratamento, ampliando os serviços de tratamento de esgotos a mais 7 milhões de pessoas. Em resumo, o Projeto Tietê fornece serviços de tratamento para 17 milhões de pessoas de 1992 a 2025.
O trabalho vem contribuindo para a redução da mancha de poluição do rio, que apresenta uma tendência de queda histórica desde a década de 1990, ainda que com flutuações momentâneas, de acordo com o relatório anual da SOS Mata Atlântica. A diminuição da mancha de poluição do Tietê é de cerca de 70% no período. Em 1992 a mancha se estendia por 530 quilômetros do rio, de Mogi das Cruzes a Barra Bonita, hoje está em 163 quilômetros.
Fonte: Sabesp.
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