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Sabesp retira mais de 5 mil toneladas de lixo das estações de tratamento de esgotos

Cerca de 915 elefantes africanos. Esse é o peso de todo o lixo que a Sabesp retirou das suas principais estações de tratamento de esgotos (ETEs) na Grande São Paulo no ano de 2017.

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Trata-se de 5,5 mil toneladas de pura sujeira, que deveria ser descartada no lixo, mas, por algum motivo, acaba indo parar nas redes de esgoto, prejudicando todo o sistema e a população.

Todos esses resíduos foram coletados nas estações ABC, Barueri, Suzano, São Miguel e Parque Novo Mundo, que fazem parte do sistema principal de tratamento de esgotos da Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo. Os materiais foram coletados nas grades das estações, etapa responsável por reter o lixo e deixar que somente o esgoto siga para tratamento.

Material recolhido

E engana-se quem pensa que todo o material recolhido é resto de comida. Entre os resíduos já retirados das estações, estão fibras de fraldas, cerdas de escova de dente, fio dental, fibras de vassoura, embalagens plásticas, cuecas, meias, calcinhas, preservativos, bonecas, chinelos, pasta de dente, esponjas de cozinhas, frascos de drogas e a famosa “gordura” que é resultado do descarte incorreto do óleo de fritura pelo ralo da pia.

Transtornos

Todos esses produtos, quando encaminhados para às tubulações de esgoto, geram uma série de transtornos para o próprio cliente e também para a Sabesp, prejudicando o funcionamento do sistema.

A sujeira pode obstruir a rede, causando o retorno do esgoto para dentro dos imóveis, ou o seu vazamento pelos poços de visitas (PV), e até mesmo causar o rompimento do cano, que é dimensionado para receber apenas esgotos.

Descarte correto

O correto é sempre jogar lixo no lixo e nunca usar ralos de pias ou vasos sanitários como lixeira. No caso do óleo de fritura, recomenda-se armazenar o resíduo em garrafas plásticas e levar em pontos de coleta para que seja reciclado.

“Muitas das obstruções que temos nas redes de coleta são causadas por lixo. Nossos sistemas não foram dimensionados para esse tipo de resíduo e é importante que a população tenha consciência que essa atitude acaba prejudicando o próprio sistema. Outro problema é a gordura, que entope as tubulações”, ressaltou o superintendente.

Outra questão levantada por Nivaldo está relacionada ao custo para manutenção do sistema devido à grande quantidade de material descartado na rede.

Estações elevatórias

De acordo com ele, parte da estrutura de coleta que utiliza bombeamento pode ser danificada pelo lixo: “Nas estações elevatórias, que tem por função bombear o esgoto até as estações de tratamento, temos vários casos em que foi preciso instalar grades para reter o lixo, aumentando o custo operacional, tendo em vista a necessidade de limpeza periódica. Mesmo assim, colocamos sempre várias barreiras para preservar o sistema e continuar prestando o serviço à população”

“A conscientização é muito importante. Muitas pessoas pensam que ao apertar o botão da descarga, tudo se desintegra, contudo, há todo um processo, muita gente trabalhando para a coleta, transporte e tratamento dos esgotos, principalmente para devolvê-lo ao meio ambiente em condições adequadas”, concluiu o superintendente.

Balanço

No ano passado, a Sabesp retirou 2,1 mil toneladas de lixo a mais que o ano de 2016 do sistema principal de tratamento de esgotos na Grande São Paulo. Se considerarmos os últimos sete anos, o volume de sujeira retirado das principais estações da companhia na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) totaliza 25,3 mil toneladas – um peso equivalente a 4,2 milhões de elefantes africanos. Quanto aos serviços de desentupimentos de tubulações de esgoto, só em 2017 a companhia realizou 200 mil serviços deste tipo.

Fonte: Sabesp.

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