Um dos caminhos apontados para que a sociedade, não só na Baixada Santista, mas em todo o Brasil, atinja a segurança hídrica é o reuso da água
Afinal de contas, com a reciclagem deste bem natural, que é escasso, é possível até mesmo recarregar mananciais.
Entretanto, o País ainda tem um nível de reaproveitamento muito baixo: somente 1,5%. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o índice é de 10%.
Já em lugares nos quais o líquido é mais escasso, como em Israel e na Austrália, os percentuais são ainda mais altos: 90% e 15%, respectivamente.
Estes dados são do Instituto da Água e foram apresentados pelo coordenador do Centro de Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gesner Oliveira.
Ele participou do primeiro painel do projeto “A Região em Pauta”, que abordou o Marco Regulatório, avaliando desafios e conquistas na Baixada Santista, no Estado de São Paulo e em todo o território brasileiro.
Gesner, que é economista fez uma análise do quadro atual. Segundo o especialista, que já presidiu a Sabesp, são registrados alguns avanços mas, ainda assim, “é preciso acelerar”.
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“O reuso não é algo que se fazia historicamente, porque existia resistência. Agora, precisa-se de planejamento, que é a visão da economia circular. Nela, não se tira algo da natureza e descarta. Você usa e devolve para outro processo produtivo.
Estamos engatinhando, mas precisamos disso, porque pode nos dar segurança hídrica. Onde há estiagem forte, podemos pegar a água reciclada e recarregar mananciais”, exemplificou.
Onde usar
Gesner Oliveira ressaltou, ainda, que é possível usar água reciclada para atender demandas dos mais variados setores. Existe até mesmo a chance de ela ser utilizada em produtos que são consumidos pela sociedade.
O ex-presidente da estatal paulista deu um exemplo disso.
“Há cerveja portuguesa feita com água de reuso, que ganhou prêmio de inovação na Europa”.
Por isso, o especialista reiterou que vários setores podem ser beneficiados com a reciclagem. Pode-se abranger vários segmentos, inclusive a agricultura, que responde por 70% do nosso consumo”
Fonte: atribuna
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