“A ETE S-1 trata 44% do esgoto gerado em Sorocaba e a necessidade de sua ampliação era urgente”
Após a conclusão da etapa de ampliação, que se constituiu na duplicação de todas as suas unidades de tratamento, as obras que vêm sendo desenvolvidas na maior Estação de Tratamento de Esgoto de Sorocaba, a ETE S-1, estão entrando agora na fase da reforma e adequação das estruturas originais, implantadas em 2005, quando ocorreu a sua inauguração e entrada em operação.
Iniciadas em março de 2018, as obras deverão estar concluídas até o final deste ano e refletirão em maior eficiência no tratamento realizado na unidade, além de ampliação em 13% do volume de esgoto processado. O investimento total é de R$ 59,2 milhões, dos quais R$ 38,9 milhões são a fundo perdido (sem a necessidade de pagamento por parte da Prefeitura e Saae), com repasse do Orçamento Geral da União (OGU), e contrapartida da autarquia de R$ 22,3 milhões, por meio de financiamento do Banco do Brasil.
“A ETE S-1 trata 44% do esgoto gerado em Sorocaba e a necessidade de sua ampliação era urgente, pois primamos pela eficiência do tratamento que realizamos, e que procuramos manter sempre acima dos 90%. Com o crescimento da cidade e o maior volume de esgoto chegando na estação, essa eficiência ficaria prejudicada caso essas obras não fossem executadas. Estamos então, com essas intervenções, duplicando a estrutura física e de equipamentos inicialmente existente, conseguindo assim não apenas manter, mas também ampliar a eficiência da unidade”, explica Mauri Gião Pongitor, diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba.
Obra civil concluída
Ainda de acordo com o diretor-geral da autarquia, a parte civil das obras está concluída e obedecendo o projeto executivo, todas as instalações e unidades de tratamento da ETE S-1 foram duplicadas. Desta forma, foram acrescentados uma unidade de tratamento preliminar; três novos decantadores primários; três novos decantadores secundários; três novos tanques de aeração; uma nova casa de sopradores e mais uma unidade de secagem de lodo.
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Instalada no final da avenida 15 de Agosto, margem direita do rio Sorocaba a partir da ponte do Pinga-Pinga, a ETE S-1 trata atualmente o esgoto produzido por uma população estimada em 200 mil habitantes, residente em bairros das zonas Sul, Leste e Centro de Sorocaba. São 650 litros de esgoto sendo tratados por segundo, ou 56 milhões litros de esgoto por dia e 1,6 bilhão de litros por mês, que geram uma carga orgânica de 20 toneladas, e que passará a ser de 26 toneladas a partir do término da ampliação.
Transição e odores
Nesta nova etapa das obras da ETE S1 está ocorrendo um processo de transição das estruturas existentes para a que foi acrescentada, o que deverá se estender pelos próximos trinta dias, fato que poderá provocar um desconforto na população residente nas imediações, em razão da possibilidade da exalação de odores.
De acordo com o diretor de produção da autarquia, biólogo Reginaldo Schiavi, o que está ocorrendo é a transferência do processo de tratamento das unidades já existentes para os novos tanques que foram construídos, para que seja possível a execução das reformas e adequações necessárias nas estruturas originais.
“Com o início da fase de reforma das unidades implantadas em 2005 precisamos transferir o processo de tratamento para os novos tanques, para que o trabalho não sofra interrupção”, explica Schiavi.
O diretor de produção esclarece ainda que “essa transição consiste no esvaziamento parcial ou total das unidades, para as intervenções mecânicas, elétricas e hidráulicas nas estruturas originais, visando a transferência da massa biológica para as novas unidades implantadas, que são as estruturas de gradeamento e desarenação, tanques de decantação primários, câmeras anóxicas e tanques de aeração, decantadores secundários e todos os periféricos, como sistema de inertização e desidratação de lodo, e é justamente durante esse processo, quando ocorre o esvaziamento dos tanques, que pode ocorrer a potencialização de odores”.
Fonte: Saae Sorocaba.