A construção iniciou há seis anos e o término para a ligação nas casas levará uma década
A canalização só sera ligada às casas em 2023. Agora, estão sendo instaladas as tubulações na Vila Jardim – Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A obra da rede de esgoto de Camobi já fez 6 anos, mas deverá completar uma década até que a canalização possa ser ligada finalmente. É que além de instalar os 77 km de tubulação pelas ruas e 35 km de ramais para ligá-la às casas e empresas, cujas obras devem ser concluídas até metade de 2021, será preciso ainda construir a canalização que levará o esgoto de Camobi até a estação de tratamento (ETE), na Vila Lorenzi, além de duplicar a capacidade dessa estação. Tudo isso só deve ficar pronto em 2023, conforme prevê o novo contrato da prefeitura com a Companha Riograndense de Saneamento (Corsan). Só então os moradores poderão ligar as instalações de suas casas à rede, que começará a captar o esgoto para tratamento.
Iniciada em julho de 2013, a obra teve vários percalços, como cancelamento de contratos e três licitações. A última delas teve as obras paralisadas em 2018, pois os recursos acabaram quando tinham sido instalados 63 km de redes dos 77 km previstos e 22 km dos 35 km de ramais – até então, tinha sido gasto R$ 29 milhões na construção. Outro motivo da demora da obra é que o projeto de fazer a estação de tratamento na UFSM não deu certo.
Em junho deste ano, a Consentran, empresa responsável pela obra, retomou a construção do esgoto. Segundo a Corsan, ela receberá R$ 11,4 milhões para instalar os 14 quilômetros de redes que ainda faltam e as bombas de recalque, num trabalho previsto para levar dois anos. A empresa concluiu 2,5 km de rede, totalizando agora 65,5 km dos 77 km previstos para a obra toda. Agora, as equipes estão instalando as tubulações na Vila Jardim (foto), em Camobi, em ruas como Equador, Canadá e Lima.
Os trabalhos acabam gerando transtornos para os moradores, pois deixam as ruas com buracos e barro, mas a Corsan pede a compreensão da população e alega que as vias serão consertadas.
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Início da ampliação
Segundo o superintendente regional da Corsan, José Epstein, agora em novembro começará outra obra fundamental para esse projeto: a modernização e a duplicação da capacidade da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Lorenzi, que passará de 260 para 520 litros por segundo. A obra, prevista para levar 30 meses, custará R$ 26,5 milhões.
Para 2020, a previsão é licitar outras duas obras importantes, em conjunto: a perimetral que ligará a estrada de Pains (perto da Faixa Nova) até a BR-392 (saída para São Sepé) e a tubulação de 12 km de extensão que levará o esgoto de Camobi até a ETE da Lorenzi (ele é chamado de emissário) e ficará ao lado dessa avenida.
“A estimativa é que a perimetral vai custar R$ 25 milhões, e o emissário, mais R$ 15 milhões a R$ 20 milhões. Para não ter problemas na execução, pretendemos fazer uma licitação única, pois uma obra interfere na outra” afirma Epstein.
Previsão do contrato é que tudo seja concluído em 10 anos, até 2023
Os prazos para essas novas obras da Corsan estão estipulados no contrato de saneamento da cidade assinado em julho de 2018. Segundo a prefeitura, até agora, a avaliação é positiva, pois alega que a Corsan está cumprindo com o cronograma estipulado. “As etapas estão sendo cumpridas, e as obras estão sendo realizadas dentro dos prazos acordados. Sobre a perimetral Sul-Leste, a Secretaria de Estruturação e Regulação Urbana está trabalhando no projeto da via”.
A prefeitura informa que, “segundo o contrato, em até três anos, a contar da assinatura, a rede de esgoto deve estar construída, assim como 20% do sistema de tubulação sob a perimetral que ligará o esgoto de Camobi até a Estação de Tratamento localizada no Bairro Lorenzi. No quarto e no quinto ano a partir da assinatura do contrato entre a prefeitura e a Corsan, está prevista a finalização do sistema de tubulação e a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do Bairro Lorenzi. Ao final de cinco anos, em 2023, a rede de esgoto deve estar funcionando a pleno”.
A rede de esgoto de Camobi
- Início da obra – Julho de 2013;
- Situação atual – Dos 77 km de rede de esgoto, 65,5 km estão construídos. Previsão é concluir obras até junho de 2021;
- Valor já gasto – R$ 31,5 milhões (R$ 29 milhões nos contratos anteriores, até 2018 + R$ 2,5 milhões na obra atual, em 2019);
- Quanto falta gastar – R$ 9 milhões.
O que falta para ligar o esgoto
- Construir avenida perimetral de Camobi até a Faixa de São Sepé e emissário (tubulação) de 12 km para levar esgoto de Camobi até a estação de tratamento na Lorenzi;
- Licitações devem ser lançadas em 2020, com previsão de conclusão das obras em 2023. Custo de R$ 25 milhões para a perimetral e R$ 15 milhões a R$ 20 milhões do emissário;
- Duplicar a Estação de Tratamento de Esgoto da Lorenzi – Obra deve iniciar neste mês e levar 30 meses, ao custo de R$ 26,5 milhões.
Fonte: Diário de Santa Maria.