A nova tecnologia pode ser útil para o tratamento de água para consumo humano
Químicos encontraram uma maneira de usar a luz do sol para purificar efluentes rapidamente e bem barato, e fazer materiais auto limpantes para construções.
A tecnologia usa dióxido de titânio modificado como um fotocatalisador que trabalha com a luz do sol, ao contrário de outros produtos de ponta do mercado de purificação de água que precisam de luz ultravioleta (UV).
O líder do grupo de pesquisa, Professor Yun Liu da Australian National University (ANU), disse que a invenção da equipe foi 15 vezes mais eficiente do que os produtos comerciais de ponta.
“Com um inovador projeto químico, podemos usar nosso fotocatalisador para purificar a água com a luz do sol natural ao invés de luz UV e reduzir dramaticamente os custos para as operadoras”, disse o Professor Liu.
“O nosso fotocatalisador pode decompor poluentes orgânicos nos efluentes em 20 minutos, em comparação com os produtos comerciais de ponta que levam uma hora para decompor apenas 26% dos mesmos poluentes”.
A ANU entrou com o pedido de patente provisória
A nova tecnologia pode ser útil para o tratamento de água para consumo humano e tem potenciais aplicações na fabricação de materiais de construção auto limpantes, incluindo vidro, e na separação da água para fazer hidrogênio combustível.
Os fotocatalisadores podem também ser usados para acelerar as reações químicas nos processos industriais dos setores automotivo, da construção, ambiental, de médicina e outros.
A equipe adicionou íons de nitrogênio e nióbio aos pares no dióxido de titânio para melhorar a sua performance como fotocatalisador.
“É um importante avanço para a ciência e para a indústria”, disse o Professor Liu.
“Com quatro anos de trabalho realizado nessa área, agora entendemos a ciência e podemos racionalizar o projeto de catalisadores”.
A ANU conduziu a pesquisa em colaboração com a Academia Chinesa de Ciências, Universidade de New South Wales, Universidade de Western Sydney e com a Organização Australiana de Ciência e Tecnologia Nuclear.
A ANU entrou com o pedido de patente provisória cobrindo a descoberta, a qual envolve estratégia de projeto, composição química e abordagem de fabricação.
A pesquisa foi publicada na edição de março da Advanced Materials.
Fonte: Australian National University, adaptado por Portal Tratamento de Água