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Mais de 23 milhões de litros de esgoto passaram a ser tratados por dia na bacia do rio Doce

Esgoto passaram a ser tratados

Nove obras de saneamento concluídas a partir de 2021 beneficiaram diretamente mais de 150 mil pessoas

Patinga /Crédito Nitro Imagens.

A conclusão de nove sistemas de esgotamento sanitários (SES) em seis municípios mineiros e capixabas da bacia do rio Doce beneficiou diretamente 152,5 mil pessoas. Com a entrada em operação desses sistemas, 23 milhões de litros de esgoto passaram a ser tratados diariamente.

Juntos, os nove sistemas entregues receberam investimento de R$ 24,5 milhões e têm capacidade para processar cerca de 275 litros de esgoto por segundo. As obras foram realizadas pelos municípios, com recursos repassados pela Fundação Renova.

Essas obras contribuem para a melhoria da qualidade da água na bacia do rio Doce. Segundo dados do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) cerca de 80% de todo o esgoto doméstico produzido nos municípios da bacia do rio Doce são lançados sem tratamento nos cursos d’água da bacia.

Obras concluídas

Sao Jose do Goiabal_MG, 24 de maio 2021
Sao Jose do Goiabal_MG, 24 de maio 2021
Fundacao Renova
Na imagem, as obras financiadas pela Fundacao Renova que tiveram inicio em abril de 2019 e incluiram redes coletoras, além de interceptores, execução de uma nova estação elevatoria de esgoto e melhorias na estacao elevatoria de esgoto final, em Sao Jose do Goiabal.
Imagem: Fundacao Renova

Em Minas Gerais, foram concluídas seis obras, na sede de três municípios – Rio Casca, São José do Goiabal e Sem-Peixe – e em três distritos do município Rio Doce: São Jorge, Matadouro e São José do Entre Montes, conhecido como Tapera. Já no Espírito Santo, estão finalizadas uma obra na sede de Colatina e duas obras em Linhares, nos distritos de Baixo Quartel e Vila da Bagueira.

O município de São José do Goiabal (MG) foi o primeiro a receber autorização para o início das obras, em abril de 2019. A ETE de vazão de 8,4 litros por segundo foi finalizada e entregue em julho de 2021 e atualmente, está 100% em operação, beneficiando cerca de 5 mil pessoas.

“Além dos recursos financeiros, a Renova disponibilizou todo o apoio técnico, por meio de profissionais qualificados e experientes, que auxiliaram no desenvolvimento das ações, como elaboração de documentos, licitação e conclusão das obras”, conta Cynthia Franco, especialista de Saneamento Ambiental da Fundação Renova.

No distrito de Baixo Quartel (ES) foram entregues, em abril de 2022, cerca de 3 km de redes coletoras de esgoto, duas elevatórias de esgoto e uma ETE; enquanto no distrito de Vila da Bagueira (ES), foram concluídas a implantação de cerca de 5 km de redes coletoras, uma elevatória de esgoto e uma ETE.

Obras em desenvolvimento

Baixo Quartel Crédito Fundação Renova

Há ainda outras 16 ações em andamento, em diferentes fases, nos seguintes municípios mineiros: Ipatinga, Governador Valadares, Iapu, Dionísio, São Domingos da Prata, Marliéria, Belo Oriente, Bugre, Córrego Novo, Ipaba, Rio Casca, Sem-Peixe, Itueta e Resplendor. No Espírito Santo, há duas obras em curso: uma em Colatina e outra em 22 municípios integrados ao consórcio Condoeste, como Baixo Guandu, Colatina, Linhares e Marilândia. A Fundação Renova repassou R$ 75,5 milhões para as ações de saneamento nos dois estados, incluindo as obras entregues (dados de junho/23).

Em Ipatinga (MG), no Vale do Aço, três obras de ampliação das redes de coleta de esgoto estão sendo realizadas. As estruturas de saneamento, orçadas em R$ 13,5 milhões, vão beneficiar diretamente 60 mil pessoas, ao permitir que o esgoto de cinco bairros seja coletado e conduzido adequadamente à estação de tratamento de esgoto (ETE).

“No processo de implementação, a Fundação Renova repassou mais de 60% dos recursos, por meio do BDMG, e o trecho de alguns bairros está concluído”, informa Cynthia Franco. Ao ser entregue, o sistema terá 7,7 quilômetros de extensão e capacidade de vazão de 15,5 litros por segundo.

Outro destaque é a ETE do distrito de Baixa Verde, em Dionísio (MG), que está com 90% das obras finalizadas. O sistema terá capacidade de vazão de 4,6 litros por segundo e vai beneficiar 2,5 mil pessoas. O orçamento é de R$ 2,7 milhões, repassados pela Fundação Renova.
Já no que diz respeito aos resíduos sólidos, a Fundação Renova repassa recursos, por exemplo, para a reforma e ampliação da usina de triagem e compostagem (UTC) do distrito de Cava Grande, em Marliéria (MG), orçada em R$ 400 mil. “A correta destinação vai beneficiar diretamente cerca de 5 mil pessoas e evitar que os resíduos sejam levados até os rios pela chuva e contaminem o solo e o lençol freático”, explica Cynthia Franco.

O que mais tem sido feito

Até junho de 2023, a Fundação Renova havia disponibilizado R$ 741 milhões para a realização de ações de saneamento em municípios mineiros e capixabas localizados ao longo da bacia do rio Doce. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e o Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes) são os agentes financeiros responsáveis pelos repasses aos municípios e acompanhamento da aplicação dos recursos.

No valor total, estão incluídos 225 pleitos, já aptos no Comitê Interfederativo (CIF), que correspondem a R$ 528,99 milhões. Um total de 89 desses pleitos já recebeu o repasse nos dois estados (dados de junho/23). Os recursos são utilizados para obras, projetos e estudos de aterros sanitários, de UTCs, de estações de transbordo – para o translado do lixo de um veículo coletor a outro, com capacidade maior de carga – dentre outros.

“A Fundação Renova ainda contribui com a capacitação de servidores públicos, eliminando o gargalo do reduzido número de profissionais. Os treinamentos incluem desde elaboração de projetos até soluções de consórcio para a destinação de resíduos sólidos nos municípios”, finaliza a especialista em Saneamento Ambiental.

Sobre a Fundação Renova

A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

Fonte: Assessoria de imprensa – Fundação Renova
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