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Justiça suspende lei que permitia privatização da Sabesp em Guarulhos, na Grande SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu no dia 21 de junho,  uma lei municipal que autorizava a privatização da Sabesp na cidade de Guarulhos. A norma havia sido sancionada há cerca de um mês pelo prefeito Guti (PSD).

A decisão do relator Roberto Solimene atendeu a um pedido do diretório estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que é contra a desestatização dos serviços de água e esgoto.

Na prática, a medida não impede o leilão da empresa, mas diminui a atratividade dela para a iniciativa privada, uma vez que o segundo município mais populoso do estado ficaria de fora da área concessionada.

A oposição questiona a falta de um estudo sobre o impacto orçamentário que a privatização teria nos cofres do executivo municipal e a ausência de participação popular na elaboração do projeto de lei.

Por sua vez, a Justiça considera que prefeitura, câmara de vereadores e governo do estado devem prestar esclarecimentos sobre as questões apontadas.

Questionada, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que pedirá uma reconsideração da decisão porque, em seu entendimento, as discussões sobre a lei já se exauriram. Já a Câmara Municipal disse estar “acompanhando de perto a situação e aguardando uma notificação formal sobre a decisão”.

O Governo de São Paulo afirmou que seguirá com o cronograma da desestatização divulgado anteriormente.

Vai e volta

A falta de audiências públicas e da apresentação de laudo de impacto orçamentário e ambiental já havia sido apontada pelo Judiciário em uma liminar que suspendeu a votação do então projeto de lei na Câmara Municipal de Guarulhos, em maio deste ano.

O Legislativo da cidade recorreu e conseguiu o direito de seguir com a deliberação, ainda em maio. Levando, posteriormente, à sanção da norma.

Em dezembro do ano passado, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a privatização da companhia por 62 votos a favor e um contrário.

A companhia assumiu o saneamento de Guarulhos em janeiro de 2019. A Sabesp afirma ter resolvido o rodízio de água que atingia cerca de 1,2 milhão de pessoas.

Fonte: g1


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