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Impactos do El Niño: análise abrangente em infraestrutura

Os impactos do El Niño, combinados com as mudanças climáticas, estão se tornando cada vez mais evidentes em todo o globo

O El Niño, um fenômeno climático que costuma abalar o nosso planeta de tempos em tempos, voltou a ganhar destaque recentemente. Em um mundo cada vez mais interconectado, os impactos do El Niño, combinados com as mudanças climáticas, estão se tornando cada vez mais evidentes em todo o globo. A comunidade científica está apreensiva com a iminente possibilidade de atingirmos a marca crítica de 1,5ºC de aumento na temperatura média global. O medo de que 2023 possa bater recordes de temperatura não foi infundado, pois o mundo já experimentou temperaturas recordes em diversas partes do planeta entre julho e setembro e o El Niño desempenha um papel crucial nesse cenário.

Raízes do El Niño: passado e intensidade

Os eventos do El Niño não são novos, e sua marca ao longo das décadas é indiscutível. Eventos notáveis, como os de 1982/1983 e 2015/2016, destacaram-se por sua intensidade. O Oceanic Niño Index (ONI), nosso guia, sinaliza as fases do El Niño e do La Niña, baseadas no aquecimento ou resfriamento do Pacífico tropical centro-leste. Quando o ONI ultrapassa 1,5ºC, estamos diante de um forte El Niño com impactos significativos.

Exemplo do passado: El Niño de 1982/1983

O El Niño de 1982/1983, o mais intenso do século, surpreendeu a comunidade científica. No Brasil, as consequências foram severas, desencadeando uma das maiores secas no Nordeste e chuvas intensas no Sul e Sudeste. Inundações em várias partes da América do Sul, com mais de 170 mortes, 600.000 evacuados e gastos superiores a 3 bilhões de reais.

Comparando grandes eventos: El Niño de 2015-2016

A NASA comparou o El Niño de 2015-2016 aos episódios de 1982-1983 e 1997-1998, considerados os mais impactantes do século passado até então. Embora excepcional, não superou o de 1997-1998, atingindo seu pico em dezembro de 2015.

Impactos no Brasil: seca, estiagem e inundações

No Brasil, o El Niño agravou a seca no Nordeste e provocou estiagem prolongada no Norte, centro-norte de Minas e Goiás, além do Distrito Federal. As inundações no Sul, no entanto, afetaram comunidades e economia, causando transtornos no setor elétrico e de alimentos.

Infraestrutura em foco

Os impactos se estendem além da natureza. As inundações no Sul, no entanto, afetaram comunidades e economia, causando transtornos no setor elétrico e de alimentos. Setores como saneamento, construção, mineração, rodovias, ferrovias e portos foram afetados. Enchentes, secas prolongadas e deslizamentos prejudicaram sistemas de saneamento, danificaram estruturas e interromperam transporte, logística e operações portuárias, impactando a mineração e a produção de recursos.

Em resumo, o El Niño é um fenômeno antigo, mas sua intensidade e impactos estão aumentando em um mundo que se aquece. Compreender o passado é essencial para enfrentar os desafios do futuro em um cenário de mudanças climáticas crescentes.

Fonte: Terra


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