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Gestão estratégica de ativos: por um uso eficiente da água

“Entre as empresas do setor no mundo, mais de 50% têm problemas reais de falta de recursos para poder realizar projetos de médio prazo em termos de investimentos.”

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As empresas de abastecimento enfrentam uma dura realidade. Por um lado, a deterioração constante das infraestruturas e outros ativos necessários para manter o abastecimento de água e, por outro lado, a grande ameaça contínua: a falta de financiamento para poder desenvolver uma gestão eficiente no dia-a-dia que permita, no final, um melhor serviço aos cidadãos.

Entre as empresas do setor no mundo, mais de 50% têm problemas reais de falta de recursos para poder realizar projetos de médio prazo em termos de investimentos. A grande maioria tem uma total falta de capacidade para antecipar a deterioração das redes e, como consequência, é impossível desenvolver e planejar estrategicamente um plano de reparos e substituição de ativos.

Essa situação pode até levar a grandes paradoxos, como a disponibilidade de sistemas de informações geográficas (GIS), para atribuir ordens de serviço de manutenção, mas sem a capacidade de priorizar corretamente as ações de manutenção que determinam o gerenciamento mais eficiente dos recursos financeiros disponíveis.

Investimentos necessários

Os gestores precisam ter acesso às informações necessárias, para que possam determinar uma visão global do estado de seus ativos (redes, dispositivos de controle, etc.). Existe uma grande lacuna entre os investimentos necessários e o financiamento disponível e essa informação é essencial para evitar desperdícios desnecessários diante das limitações de recursos financeiros com o impacto social que isso acarreta.

Empresas de saneamento podem otimizar investimentos por meio de dados que permitem relatar a situação correta de seus ativos, que possibilitem a otimização dos investimentos, por exemplo, parâmetros da vida útil dos materiais, gravidade, idade, qualidade dos materiais, condições do solo, qualidade da água, etc. Tudo isso pode determinar um “perfil de risco” adequado, que determine e ajude a estabelecer um plano de renovação da infraestrutura de maneira eficiente e produtiva.

Esse gerenciamento de dados e coleta de informações pode ser facilitado através da implementação de uma Smart Water Network (SWN) ou Redes de Águas Inteligentes, permitindo a coleta de dados que possibilitem através das ferramentas de informática, a inter-relação de informações evitando ações como trocas prematuras de tubulações ou obter uma melhor gestão de energia.

Banco de dados

Ao aproveitar esse banco de dados e atualizar os perfis de potenciais riscos, é possível realizar o desenvolvimento de ações preditivas para as áreas mais críticas da rede, otimizando os investimentos e algo que é muito importante: evitar cortes de fornecimento desnecessários para os usuários finais e oferecer uma melhor imagem como uma gestão de um bem precioso como a água.

O SWN é a maneira de explorar ao máximo a limitação dos recursos financeiros disponíveis ao estabelecer planos de investimento. Segundo nossos clientes na Espanha, o uso de ferramentas dinâmicas na gestão de ativos pode atribuir uma redução de até 15% do CAPEX, que determinaria uma economia de até US$ 5,2 bilhões por ano e, portanto, uma utilização mais estratégica e eficiente dos recursos financeiros disponíveis.

 

Fonte: iAgua, Blog de Fernando Gascón, adaptado por Portal Tratamento de Água

Traduzido por Gheorge Patrick Iwaki

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