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Febre amarela volta a ter caso em SP: vacinação e proteção

A febre amarela pode evoluir para formas graves e levar à morte. É importante que pessoas que se deslocam para regiões de mata, considerando também o feriado de carnaval, estejam vacinadas.

Doença transmitida por mosquitos silvestres pode evoluir para formas graves e levar à morte. É importante que pessoas que se deslocam para regiões de mata, considerando também o feriado de carnaval, estejam vacinadas.

Após a notificação de um caso de febre amarela em Vargem Grande do Sul, interior de São Paulo, a capital paulista decidiu intensificar a vacinação contra a doença. De acordo com a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), o paciente foi um idoso de 73 anos, não vacinado. Embora o quadro tenha evoluído para a internação hospitalar, houve uma melhora clínica, e o homem foi curado. O caso foi o primeiro confirmado no estado desde 2020.

A região norte da cidade será contemplada com os reforços vacinais nessa primeira etapa, dado o local de risco dos “corredores ecológicos” e fronteiras às matas.

Esquema vacinal

O esquema vacinal inclui crianças menores de 5 anos de idade, com uma dose aos 9 meses e outra aos 4 anos, além de todos os indivíduos com mais de 5 anos, que recebem uma dose única, válida por toda a vida.

No caso de crianças que não receberam a segunda dose até os quatro anos, a vacina pode ser aplicada em qualquer idade.

A imunização é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença, que é transmitida por vetores e tem ocasionado casos em distintas regiões do país em seu ciclo silvestre.

É importante que pessoas que se deslocam para regiões de mata, considerando também o feriado de carnaval, estejam vacinadas.

A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos, desta forma, quem irá viajar no Carnaval para regiões de mata e ainda não tomou o imunizante deve tomar o mais breve possível.

Os imunizantes estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde e Assistências Médicas Ambulatoriais de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, também das 7h às 19h.


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A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza.

O infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ressalta que a doença leva esse nome por causar icterícia, ou seja, a pele e os olhos ficam amarelados.

Ele explica que, nos casos graves, a febre amarela pode causar insuficiência hepática ou insuficiência renal, podendo até levar à falência dos órgãos.

O quadro leve costuma durar de três a quatro dias, enquanto as formas mais graves podem ter sintomas por um período mais prolongado, não tendo um prazo comum determinado.

Doenças que possam causar o amarelamento da pele e febre, como dengue, zika e chikungunya podem gerar confusão no quadro.

Para diferenciá-las, é necessário saber onde a pessoa esteve anteriormente (zonas de mata ou no exterior) e fazer o diagnóstico por meio de exames, sendo até o quinto dia dos sintomas o exame PCR o mais indicado.

Do sexto ao décimo dia, além do PCR, pode ser feito o exame IgG, buscando os anticorpos para a doença no sangue e, do décimo dia em diante, é necessário realizar o exame IgM.

Os tratamentos, de modo geral, são feitos de modo paliativo, afim de amenizar os sintomas e, em casos graves, pode ser necessário o tratamento por meio de terapias intensivas.

Histórico da doença

Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectada no ano 2000, no estado de São Paulo.

Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul.

No município de São Paulo, em 2018, foram confirmados 121 casos da doença, sendo que, destes, 107 foram casos importados e 14 autóctones (locais).

Já em 2019 e 2020, a cidade teve, respectivamente, três e um caso confirmados. Em 2021 e 2022, a cidade não registrou nenhum caso da doença.

Fonte: R7


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