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Energia solar viabiliza tratamento de esgoto em cidade de São Paulo

A cidade de Mogi Mirim, localizada no interior do estado de São Paulo, será em breve o primeiro município do país a instalar um sistema de energia solar fotovoltaica nas operações de tratamento de esgoto doméstico. Segundo a Sabesp, a operação deve começar na primeira quinzena deste mês.

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Usina Solar da SESAMM em Mogi Mirim

O sistema fotovoltaico contará com 1.073 placas solares, somando uma potência de 402.375 kWp. As placas serão instaladas nos telhados dos prédios da estação de tratamento e na cobertura do estacionamento da concessionária Serviços de Saneamento de Mogi Mirim (SESAMM), responsável pelo saneamento da cidade e pela viabilização do projeto.

Segundo o presidente da empresa, Carlos Roberto Ferreira, embora a obra do sistema solar tenha sido iniciada há poucos meses, os estudos e o planejamento da implantação já estavam sendo feitos há anos.

A inspiração para o projeto foi a cidade de Ribeirão Preto (SP), onde uma estação de tratamento de esgoto tem a energia gerada por meio do biogás resultante do próprio processo de tratamento.

A alternativa de energia fotovoltaica para Mogi Mirim foi pensada em razão da disponibilidade de uma grande área de talude no terreno da estação, apta para a instalação dos painéis fotovoltaicos.

Atualmente, a Estação de Tratamento de Esgoto de Mogi Mirim lida com 150 litros por segundo de esgoto, com um gasto de energia de 1,72 Megawatts por ano.

Suprimento energético da estação

Após a instalação do sistema fotovoltaico, a expectativa é que 40% do suprimento energético da estação seja proveniente da energia solar.

Contudo, o presidente explica que esse percentual varia em algumas épocas do ano, uma vez que a incidência da radiação solar aumenta ou diminui em determinadas estações.

Além disso, ele assegura que, independentemente da instalação da energia solar, não haverá alteração na tarifa de água e esgoto repassada para a população mogiana.

Afinal, segundo Ferreira, o contrato de concessão prevê algumas obras obrigatórias, porém, o projeto de energia fotovoltaica é uma melhoria operacional, e não faz parte desse contrato.

Os módulos fotovoltaicos ocuparão uma área de 2.124,54m², produzindo energia suficiente para abastecer 370 unidades habitacionais.

O projeto tem custo total de R$ 1,7 milhões e cumpre as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelece os critérios para micro e minigeração de energia.

Fonte: Ambiente e energia.

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