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DAEE de Araraquara/SP começa a retirar o lodo da estação de tratamento de esgoto

Acúmulo de lodo está comprometendo o tratamento do esgoto que é descartado no Ribeirão das Cruzes

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Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Araraquara (Foto: Assessoria de Imprensa do Daae)

O Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) começa a retirar o lodo acumulado das lagoas de sedimentação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE). No ano passado, o Ministério Público de Araraquara ajuizou uma ação obrigando a autarquia a realizar as obras necessárias para melhorar o tratamento de esgoto da cidade que é descartado no Ribeirão das Cruzes.

Segundo o MP, o Daae não estaria atendendo aos padrões legais mínimos de tratamento dos efluentes, gerando a poluição das águas do Ribeirão das Cruzes e, por consequência, dano ambiental.

A ETE Araraquara foi projetada na década de 1990 e entrou em operação no ano de 1999, baseada no conceito de lagoas aeradas seguidas de lagoas de sedimentação de lodo. No início de sua operação, a ETE apresentou índices de remoção de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) superiores a 80%. Ao longo dos 20 anos de funcionamento, o acúmulo do lodo comprometeu a eficiência do tratamento que, atualmente, está removendo, cerca de 70% de DBO.

“Foram realizadas medições e se verificou a necessidade de retirar o lodo para aumentar a eficiência e este será um dos serviços executados”, explica Donizete Simione, superintendente do Daae.

Dos 90 mil metros cúbicos de lodo parado na estação, 60 mil serão retirados. A alternativa adotada para a remoção desses resíduos das lagoas de sedimentação será a sucção por dragagem e desidratação do lodo, que será acondicionado em grandes sacos cilíndricos feitos com tecido geotêxtil de alta resistência para confinamento e desidratação de material com alto teor de umidade. O fluído resultado dessa desidratação retornará, por recalque, para as lagoas aeradas.

Outras medidas

Em vistoria realizada na ETE pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), em março de 2017, foi constatado também que o gradeamento metálico em um dos sistemas de tratamento estava parado e apenas cinco dos 16 aeradores de cada lagoa estavam operando.

“Também por isso já foi realizado uma reforma e troca dos aeradores e peneiras”, diz Simione. Foram reformados 12 aeradores e comprados outros 10. Estes equipamentos são utilizados em processos de remoção de rejeitos.

Todas as melhorias realizadas na ETE somam R$ 4 milhões. A ordem de serviço para a obra será assinada nesta sexta-feira (5), às 9h30. Os serviços começam na semana que vem e devem durar cerca de seis meses.

Fonte: A cidade ON.

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