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Creator Economy: a Divulgação Científica pode virar um negócio?

Antes de mais nada, o conceito Creator Economy refere-se a economia gerada por criadores de conteúdos que geram receitas a partir da sua criação na internet por meio de textos, imagens e/ou vídeos. Mais de 50 milhões de pessoas se consideram criadores de conteúdos, em contrapartida, essa economia criativa nasceu na última década. Inclusive abrindo espaços para quem trabalha com nichos específicos, como a Divulgação Científica.

A Divulgação Científica é uma forma de popularizar a Ciência por meio da difusão de conhecimentos técnicos e científicos. Por isso, o maior desafio de levar esse tipo de conteúdo para públicos não especializados é a decodificação de uma linguagem técnica para uma linguagem mais acessível.

Como a economia dos criadores veio para ficar, a Academia Itaú de Criadores é uma iniciativa do Banco Itaú com a YOUPIX para apoiar e fomentar diversos criadores de conteúdos que se destacam pela sua performance na internet. Muito mais que publicidades, posts vazios e números de seguidores, estamos falando de pessoas que empoderam a sua comunidade e fazem acontecer.

Sendo assim, confira esse artigo sobre os principais insights desse programa que teve como conselheira a Bianca Andrade (a Boca Rosa).

Como gerar um negócio por meio da Divulgação Científica?

À princípio, é possível gerar renda por meio da Divulgação Científica. Em contrapartida, não é só escolher uma mídia social e começar a produzir conteúdos para obter resultados. A decodificação de conhecimentos técnicos e científicos requer muito planejamento estratégico e estudo das ferramentas de monetização.

Em geral, existem três formas de você monetizar o seu conteúdo científico na internet:

1. Plataformas de Mídias Sociais: com o surgimento das redes sociais, os creators se tornaram protagonistas na definição da pauta, formato de conteúdo e o público que será impactado.

  • Vantagens: é possível promover e se diversificar em mais de uma plataforma.
  • Desvantagens: os creators ficam vulneráveis aos declínios da plataforma, mudanças de prioridades, remoção de recursos ou redução de oportunidades.

2. Influenciador Digital: a monetização é pelo alcance das mídias sociais. Nem todo criador de conteúdos é influenciador. Em contrapartida, para você ser um influenciador é necessário criar tendências e promover discussões com a sua comunidade.

  • Vantagens: as publicidades podem ser credenciais para validar a qualidade e seriedade do seu trabalho.
  • Desvantagens: se o creator não souber desenhar uma estratégia, seu faturamento será pontual e se tornará refém das métricas das redes sociais.

3. Criadores com CNPJ: esse é o futuro! Afinal, você não é uma ONG e precisa viver do rendimento do seu trabalho. Recebidos não pagam boletos! O criador de conteúdo busca formas de gerar receita a partir do seu conteúdo para não depender de publicidade.

  • Vantagens: criação de comunidade engajada e não depende das métricas das redes sociais.
  • Desvantagens: estruturar uma empresa, pagar impostos, ter uma equipe e parcerias estratégicas em um curto espaço de tempo.

 

Então, se você quiser aprender mais sobre Empreendedorismo Científico, clique aqui e leia o nosso artigo sobre o assunto.

Redes sociais para iniciar o seu projeto

Antes de mais nada, você precisa definir o formato de conteúdo que faça sentido para o seu projeto para verificar a melhor plataforma. De antemão, é importante ressaltar que não existe uma mídia social melhor que a outra. Por isso, a escolha depende de como você vai se sentir a vontade para entregar um conteúdo e interagir com a sua comunidade. A seguir, confira alguns exemplos de redes sociais:

  • Vídeo / Streaming: YouTube, TikTok, Twitch, Instagram Live, Facebook Live, LinkedIn Live, YouNow, Vine, WhatsApp
  • Fotografia / Designer Fotográfico: Instagram, Snapchat, Pinterest
  • Música / PodCast: iTunes, Spotify, Pandora, Soundcloud
  • Texto: Twitter, Medium, Quora, Substack, Blog, LinkedIn, Facebook, WhatsApp

   

Por fim, se você quiser saber mais sobre Como Gerar Oportunidades de Trabalho no LinkedIn, clique aqui e leia na íntegra esse artigo sobre o tema!

Pilares da Divulgação Científica

Por um lado, criar uma conta em uma rede social e começar a produzir conteúdos é fácil. Em contrapartida, é um desafio manter a constância, integridade do conteúdo e a originalidade. Por isso, a Divulgação Científica possui três pilares:

Autenticidade: como chamar a atenção de alguém com milhares de conteúdos passando na timeline dos usuários? O que destaca você no meio da multidão?

Criatividade: existem criadores de conteúdos que vivem de tendências, estudar a concorrência e replicar conteúdos de outros criadores. Cadê o processo criativo?

Colaboração: decodificar conhecimentos técnicos e científicos de áreas específicas para públicos não especializados requer a contribuição de profissionais de diferentes áreas de atuação.

Leia também: 5 Aprendizados que Podemos ter com a Boca Rosa

Ferramentas de Criação de Conteúdos

Para você ter uma boa retenção na leitura dos seus conteúdos, é necessário você planejá-los dentro de seis categorias: curiosidade, contraintuitivo, posicionamento, venda, autoridade e conexão.

Para isso, um criador de conteúdos deve utilizar algumas ferramentas básicas para ajudar nesse processo:

  1. Planejamento: ferramentas de gerenciar projetos, planner e mídia kit
  2. Vídeo: editores de vídeos e de transcrição;
  3. Imagem: editores de imagem e criação de artes;
  4. Texto: revisor ortográfico e gramatical.

Colabs e Networking: é o Futuro!

A colab vem de “colaboração”. Pessoas, marcas e/ou empresas se unem umas às outras para atingirem um propósito em comum que pode ser: consolidação da marca, aumento da visibilidade, levantar bandeiras em comuns, aumentar o alcance dentro de uma comunidade, ou até mesmo, gerar vendas.

A colab é perfeita para atingir novos públicos, gerar conexão e mostrar suas credenciais. Por isso, o networking é seu principal aliado para conseguir colabs estratégicas.

Conclusão

Em suma, a Creator Economy possui altas projeções de crescimento para os próximos anos. Em contrapartida, as redes sociais estão saturadas de criadores de conteúdos que buscam entregar o mesmo fluxo de valor. Dessa forma, não conseguem gerar rentabilidade devido a falta de autenticidade, criatividade e colaboração.

De qualquer forma, a atuação com Divulgação Científica na internet pode gerar muitos negócios por se tratar de um nicho específico. Desde que o criador de conteúdo tenha planejamento estratégico e autenticidade no seu processo criativo. Se você apenas estuda concorrente e repete o que eles fazem, você não é um criador de conteúdos, e sim, um replicador de informações que não tem valor na Creator Economy.

Mais sobre este autor:

Ingrid Ferreira Costa

Ingrid Ferreira Costa é Founder & CEO da Biochemie – uma empresa de educação corporativa que prepara os Cientistas para o mercado de trabalho.

Foi uma das 100 escolhidas para participar do Programa de Aceleração de Creators do LinkedIn no Brasil. Ela é responsável por liderar a Divulgação Científica no LinkedIn e engajar comunidades que atuam nas áreas de Química, Biotecnologia e Ciência da Vida.

Ela possui formação nas áreas de Química, Ciências Farmacêuticas, Gestão da Qualidade e Cosmetologia.

Para você acompanhar os cursos, eventos e mentorias nas áreas de Química, Biotecnologia e Ciências da Vida, acompanhem a Ingrid pelo LinkedIn e/ou Instagram.

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