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Construção de tanques às margens do Potengi começa em julho

As obras de terraplenagem e construção dos muros de contenção da ETE do Jaguaribe, na Gamboa Homônima situada à margem esquerda do estuário do rio Potengi, na zona Norte de Natal, já estão sendo finalizadas.

A informação é do coordenador do Grupo de Acompanhamento de Obras (GAO) da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), o analista ambiental Paulo Eduardo Vieira Cunha.

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Estação de Tratamento de Esgotos do Jaguaribe está situada à margem esquerda do Potengi, na zona Norte de Natal. Previsão é de que comece a operar em dezembro

A previsão de Paulo Cunha é que, já em julho, comecem as obras das fundações e estruturas de concretos dos tanques do primeiro dos quatro módulos da ETE Jaguaribe, que por exigência de um termo de ajustamento de conduta feito com o Ministério Público, vai receber um tanque de remoção de fósforo, que não estava previsto no projeto original.

Paulo Cunha informou, nesta segunda-feira (18), que, concluída a supressão da vegetação rasteira e das poucas árvores existentes e da terraplenagem, parte-se para a construção de muros de arrimo. Eles serão feitos “para segurar os aterros das diferentes lagoas”, construídas paralelamente e de onde vão escorrer esgotos de um tanque para outro por gravidade.

Diferenças de níveis

“Os tanques terão diferenças de níveis, não fica em um terreno plano e no mesmo nível, existem níveis mais altos, intermediários e mais baixos”, disse o coordenador do GAO.

O analista ambiental explica que o fato de a construção da ETE Jaguaripe ser modular – a exemplo também da ETE dos Guarapes, na zona Oeste de Natal, vai permitir que, já em dezembro deste ano, a estação de tratamento de esgotos da zona Norte comece a operar com 25% de toda a capacidade, ou seja, poderá tratar 210 litros de esgotos por segundo. Quando tiver com os quatro módulos prontos, a ETE Jaguaribe vai tratar 840 l/s de esgotos, o que equivalerá a duas ETE do Baldo.

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Paulo Cunha disse que ETE terá sistema de remoção de fósforo

Segundo ele, a previsão é que os outros três módulos sejam concluídos até 2019, de modo que possam operar em toda a sua plenitude até 2032, ano a partir do qual poderá ser construído um quinto e último módulo: “A gente tem o projeto de ampliação  dentro da área da ETE Jaguaribe já aprovado, com a interligação dos tanques  lançados para não ter de abrir depois a área urbanizada com via principal pavimentada e os jardins prontos”.

Paulo Cunha explicou que cada módulo terá um tanque de pré-tratamento, outros dois de reatores biológicos – anaeróbico, onde ocorre reações químicas para tratamento de esgotos na ausência de oxigênio, e aeróbico, onde se insuflará oxigênio para que oxidar matéria orgânica -, além do decantador para sedimentar material sólido e clarificação da água. Em seguida, o sistema de remoção de fósforo e, finalmente, o tanque de desinfectação por ultravioleta, para então o efluente e a água tratada serem jogados por um emissário no leito do rio Potengi.

Ligação da rede de esgotos

“Se não houver nenhuma intercorrência, até dezembro esperamos executar a ligação da rede de esgotos – que tem 80% concluída –, pelo menos dos domicílios mais próximos da ETE Jaguaribe, cujas licenças ambientais só foram sair entre o fim de outubro e começo de novembro de 2016, o que atrasou o início das obras da estação de tratamento”, disse ele. Segundo estimativas da Caern, após a conclusão do quinto módulo a ETE vai tratar 1.050 l/s de esgotos e atender 69 mil moradias e 276 mil pessoas.

Para tanto, Paulo Cunha informa que deverão ser construídas 14 estações elevatórias e de bombeamento de esgotos, dos quais as três maiores estão prontas, inclusive a estação-mãe. Segundo ele, não é preciso que todas estejam terminadas para que leve efluentes ao primeiro módulo: “Estamos tocando esforço agora na ETE, andando mais lentamente com a rede elevatória para não atrasar as obras da estação do tratamento”, que quando estiver finalizada deve custar mais de R$ 86 milhões.

Número

210 litros de esgotos por segundo serão tratados na ETE Jaguaribe, no início da operação em dezembro, com 25% da capacidade.

Fonte: Tribuna do Norte.

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