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Cinco erros comuns na implantação de um sistema de ar difuso

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1) Dimensionamento da pressão de descarga dos sopradores

Se você está dimensionando sopradores para serem utilizados num sistema de aeração por ar difuso, fique atento ao dimensionamento da pressão de saída (descarga) do equipamento. Exija do fabricante que a pressão indicada por você seja no bocal (flange da conexão de descarga) e que as perdas de carga do conjunto soprador devam ser excluídas da pressão de descarga solicitada. Usualmente, é utilizado 1 mca (0,1 kgf/cm2) como pressão adicional à profundidade útil do tanque de aeração, ou seja, se o sistema será implantado num tanque com 5 m de profundidade útil, é recomendado que o soprador seja dimensionado com uma pressão de 6 mca.

2) Alta vazão de ar por difusor

Não aceite um sistema de aeração com difusores dimensionados com alta vazão de ar. A utilização de elevada vazão por difusor significa alta perda de carga, maior consumo de energia, menor eficiência de transferência de oxigênio e menor vida útil. Faça uma tabela de equalização para ter a certeza da implantação de um sistema de alta performance! Usualmente, difusores circulares (tipo disco de 9”) são dimensionados entre 0,07 e 0,08 m3/min por difusor. Entre em contato com o seu fabricante de confiança para verificar outros valores.

3) Dimensionamento da vazão de ar

No dimensionamento de um sistema de aeração por ar difuso, é frequente a ocorrência de erros no cálculo da vazão de ar. A principal razão é a utilização de conceitos e parâmetros equivocados. Esse dimensionamento envolve não somente as características do efluente, como também as principais características de processo e diversos parâmetros bastante complexos.

Por exemplo: os cálculos e parâmetros envolvidos no dimensionamento para uma aplicação num MBR (Membrane Bio Reactor) são muito distintos de uma aplicação como de uma lagoa aerada. Portanto, tenha a certeza que o tipo de processo foi levado em consideração.

Outro erro também verificado é a utilização da eficiência de transferência de oxigênio em água limpa como se fosse no efluente. São números totalmente distintos e devem ser tratados de forma isolada. Obviamente, a transferência no efluente é inferior à água limpa.

Outra falha nesta etapa está associada a adoção de uma eficiência genérica de transferência de oxigênio no efluente, o que não ocorre. A eficiência de transferência deve ser sempre tratada por metro de submergência conforme as características do reator biológico em questão, do tipo de difusor, da vazão de ar por difusor e da densidade de aeração.

Baixa demanda de oxigênio para oxidação da carga orgânica é outro tipo de erro que pode proporcionar sérias consequências à correta operação do sistema.

4) Utilização de materiais na tubulação de interligação

Não erre na escolha do material da tubulação de interligação entre os sopradores e o sistema de aeração. O material precisa resistir a situação de temperatura elevada proveniente dos sopradores (até 140 C), deve promover a irradiação de calor ao longo dos trechos e deve ainda resistir ao meio extremamente corrosivo. Dessa forma, não escolha materiais termoplásticos, ou de PRFV ou aço carbono. O material recomendado para essa aplicação é o aço inoxidável.

Vale lembrar que a alternativa de utilização de aço carbono além de demandar manutenção frequente, pode provocar um problema sério nos difusores com o desprendimento de partículas da tubulação e consequente entupimento dos difusores.

5) Utilização de membranas não certificadas

É cada vez maior o número de fabricantes de sistemas de aeração por ar difuso no país, mas infelizmente são poucos os que fazem testes de transferência de oxigênio em entidades certificadoras. Dessa forma, os sistemas são dimensionados sem de fato saber qual a transferência de oxigênio dos difusores. Exija do seu fornecedor o teste de transferência certificado e também entre em contato com a empresa certificadora para averiguar as condições do teste.

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