Segundo a Sanepar, bomba que leva água até afluente do Rio Miringuava aumenta a produção em 100 litros por segundo; captação motivada pela estiagem teve início na terça-feira (19)
A captação emergencial de água por causa da estiagem começou na terça-feira (19) em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, de acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
Para reduzir os efeitos da crise hídrica, a Sanepar instalou uma bomba flutuante e 600 metros de tubulação que levam água da lagoa da Pedreira Malhada até um afluente do Rio Miringuava.
Essa operação, segundo a companhia, aumenta em 100 litros por segundo a produção de água na estação de tratamento Miringuava.
Outras medidas
Conforme a Sanepar, também tem ocorrido a injeção de água com caminhões-pipa diretamente na rede de distribuição nas regiões mais altas de São José dos Pinhais.
Além disso, estão sendo contratadas mais duas transposições – do Rio Pequeno e do Rio Miringuava Mirim – que vão transportar mais 300 litros por segundo no Miringuava.
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O prazo previsto, segundo a companhia, é de que essas duas novas captações entrem em operação em 45 dias. Essas medidas seguem protocolo de gestão de crise adotado pela Sanepar em função da estiagem severa.
Estiagem e aumento do consumo
De acordo com dados publicados pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o déficit de chuvas atingiu o estado de forma generalizada em abril. A variação, dependendo da região, chega entre 30% a 90%.
A pandemia do novo coronavírus também influenciou na situação, aliada à estiagem prolongada e às temperaturas elevadas, conforme o Simepar.
A situação provocou um aumento de 11% no consumo de água residencial no Paraná. Os dados são de abril 2020, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Sem racionamento
O presidente da Sanepar, Claudio Stabile, disse nesta terça na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) que a severa estiagem no Paraná não deve causar o racionamento de água.
“Com o sistema de rodízio, não deixamos de entregar o produto. O último remédio, o mais amargo, é o racionamento. Diferentemente do rodízio, não há garantia de entrega do produto. Estamos trabalhando para que isso não ocorra”, afirmou Stabile.
Com o agravamento da estiagem, o governo estadual decretou, no início de maio, situação de emergência hídrica por 180 dias.
Fonte: G1.