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Com bombeamento extra, Cantareira cai e chuva não deve aliviar estiagem

Transposição do Jaguari foi uma das principais obras pós-crise hídrica; no domingo, foi a 1.ª vez que o sistema ficou em alerta desde junho de 2016. Sabesp descarta racionamento até o 2º semestre de 2019, mas já faz apelo por economia

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Sistema Cantareira opera com 39,7% da capacidade; represa de Atibainha (foto) está com 29,1%  Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nem a operação plena da principal obra feita para socorrer o Sistema Cantareira em período de seca tem sido capaz de estancar a queda do nível de armazenamento das represas. Embora a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) esteja bombeando quase o máximo de água possível pela transposição da Bacia do Paraíba do Sul, a estiagem já pôs o maior manancial que abastece a Grande São Paulo em estado de alerta, operando com menos de 40% da capacidade pela primeira vez desde junho de 2016. Apesar de o cenário de seca continuar, a Sabesp descarta risco de racionamento ao menos até o segundo semestre de 2019.

Nesta terça-feira, 31,  áreas de instabilidades estão sobre o Estado de São Paulo e provocam pancadas de chuva, de moderada a forte intensidade, em todas as regiões paulistas.

Represa Jaguari

Nos últimos dois meses, a estatal retirou da Represa Jaguari (Paraíba do Sul) uma média de 8,1 m³/s, segundo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), órgão regulador dos recursos hídricos no País – a capacidade máxima de transferência é de 8,5 m³/s. Ainda assim, o nível do Cantareira caiu de 46,2% no dia 1.º de junho para 39,7% da capacidade nesta segunda-feira, 30.

O estado de alerta é um dispositivo automático, que passa a vigorar sempre que o limite de 40% da capacidade é atingido e restringe o volume máximo de captação, que deve cair de 31 m³/s para 27 m³/s. Atualmente, a Sabesp tem retirado 22,2 m³/s.

Abastecimento

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