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Biorremediação: o combo ganhador da remediação sustentável

A biorremediação, uma técnica natural para recuperar áreas degradadas.

Os seres vivos, e mais especificamente os microrganismos, estão presentes na natureza em todos os locais: nos solos, em águas subterrâneas, e nos oceanos, sendo parte integrante dos processos naturais de atenuação de contaminantes

Especialistas da Ramboll numa investigação de site. @ramboll

Num sentido amplo da palavra, Biorremediação é o “tratamento de contaminantes ambientais através de seres vivos (sistemas biológicos)”. Esta técnica pode ser aplicada em Estações de Tratamento de Efluente (ETE’s), em sistemas de compostagem, na recuperação de áreas degradadas, em fitorremediação, etc.

Entretanto, em Gerenciamento de Áreas Contaminadas, o termo Biorremediação refere-se à recuperação de áreas (solos e aquíferos) contendo contaminantes, geralmente de origem industrial, por meio do emprego de microrganismos (bactérias, fungos e protozoários).

Para a aplicação da técnica de biorremediação, são utilizados microrganismos que são capazes de biodegradar poluentes tóxicos, participando da transformação destes em substâncias menos tóxicas como: dióxido de carbono, água, sais minerais e gases (metano, etano, eteno, sulfeto, etc.).

Dentre os compostos biodegradáveis incluem-se os hidrocarbonetos derivados de petróleo, os preservantes de madeira (creosoto e pentaclorofenol), os solventes halogenados e os pesticida.

Segundo Anderson Gatti, especialista em remediação sustentável na consultoria Ramboll:

“Muitos contaminantes já são degradados no ambiente sem intervenção humana (a chamada atenuação natural), portanto é possível remediar solos e águas impactados usando a ação dos microrganismos. Há numerosos casos de sucesso de biorremediação na literatura e na Ramboll.”


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Duas técnicas de biorremediação

A biorremediação compreende basicamente duas técnicas de aplicação: bioestimulação e bioaumentação.

  • A bioestimulação é a técnica de biorremediação em que o crescimento dos microrganismos naturais (autóctones ou indígenos) da comunidade local, é estimulado pela introdução no meio de: oxigênio, nutrientes, substâncias para correção do pH do meio e/ou receptores de elétrons específicos para a degradação da contaminação.

Foto Ramboll: Detalhes de um sistema de Bioestimulação

  • Já a bioaumentação consiste na aplicação de microrganismos não indígenos (alóctones), que podem ser chamados de produtos biológicos, em locais onde é identificada uma insuficiência de microrganismos indígenos (ou autóctones), para a biodegradação do contaminante. A bioaumentação pode acelerar a completa biodegradação dos contaminantes e pode ser aplicada combinada à bioestimulação.

Por que essa técnica é procurada?

“Entendo que o grande diferencial desta técnica é a sustentabilidade, pois: não são usados reagentes agressivos, geralmente não há geração de resíduos e há menos gasto energético durante a instalação e operação (em comparação a outras tecnologias). Enfim, é uma técnica mais natural e, relacionada a isso, tende a ser mais econômica que tecnologias alternativas. Porém, há limitações como: a velocidade mais lenta das reações biológicas e inviabilidade quando as concentrações de contaminantes são altas a ponto de representar toxicidade para os microrganismos. Uma vez que a Ramboll visa entregar soluções sustentáveis e economicamente viáveis aos seus clientes, a biorremediação está entre as propostas mais oferecidas pela empresa, especialmente para casos de contaminantes orgânicos em que o cronograma de encerramento é confortável.” Explica Anderson Gatti

Foto Divulgação Ramboll

Anderson Gatti – Especialista Sênior na Ramboll

Anderson Gatti trabalha com consultoria ambiental no Brasil desde 2010, com ênfase em avaliação e remediação de solos e águas subterrâneas; projetos de qualidade do ar, incluindo avaliação de emissões de solventes e inventário de gases de efeito estufa; sistemas de captura e queima de gás de aterro; avaliação de riscos, gestão de riscos e projetos de planos de emergência; gestão de resíduos municipais e perigosos; projeto de processo para tratamento de efluentes.

Entre em contato:
D +55 11 2832 8026
[email protected]

Fonte: Ramboll


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