A produção de bioeletricidade de biomassa superou a produção das térmicas para a geração de energia atingindo 25,5 mil GWh.
Este valor representa 4,3% do total de energia produzida no país. Os dados foram divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
Sem contabilizar a parcela da produção de bioeletricidade para o autoconsumo industrial, essa geração inclui as variadas biomassas, como bagaço e palha de cana, biogás, lixívia, resíduos de madeira, dentre outras. A bioeletricidade ocupou a 3ª posição na matriz de oferta de energia à rede em 2022, com um crescimento de 0,5% em relação a 2021, resultando numa oferta que superou a das térmicas a gás, cuja produção para a rede foi de 22,8 GWh em 2022.
Segundo o gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, os 25,5 mil GWh ofertados à rede pela bioeletricidade em 2022 foram equivalentes a 26% da produção de energia elétrica pela Usina Itaipu ou a 48% da geração pelo Complexo Belo Monte em 2022.
“Um ponto importante é que a geração para a rede, pela fonte biomassa, de forma não intermitente, acompanha principalmente o período de colheita da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país. Dessa forma, acaba coincidindo também com o período seco e crítico no setor elétrico brasileiro, que vai de maio a novembro a cada ano”, explicou Souza. Em 2022, 82% da geração de bioeletricidade para a rede foi ofertada justamente entre maio e novembro.
No ano passado, a geração registrada pelo setor sucroenergético para a rede elétrico foi de 18,4 mil GWh. Embora represente queda de 8,9% na geração em relação a 2021, a oferta de bioeletricidade sucroenergética representou 72% da produção total, seguida pelo licor negro com 20% e pelo biogás com 4%.
NÚMEROS COMPARATIVOS
No período entre 2008-2022, a geração acumulada de bioeletricidade sucroenergética para a rede foi de 238.105 GWh. Essa geração seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do mundo por quatro dias; da União Europeia por 31 dias; da China por 16 dias; dos Estados Unidos por 22 dias; de Portugal por mais de quatro anos; da Argentina por 2 anos; e do Brasil por quase seis meses.
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