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Impacto da intrusão de águas pluviais na vazão e na qualidade do esgoto tratado

Introdução

O trabalho visa investigar a vazão excessiva decorrente da intrusão de águas pluviais em sistema coletor de esgoto e suas consequências. É proibido no Brasil, por norma, conectar tubulações de esgoto a tubulações de águas pluviais e vice-versa. Consequentemente, quando há incidência de tormentas, as ETE (Estações de Tratamento de Esgoto)são sobrecarregadas com a vazão de águas pluviais somada à de esgoto. Isto afeta o tratamento do esgoto, forçando a ETE a tratá-lo mais rápido – não atendendo especificações de norma – ou, eventualmente, a não tratar considerável parte dele, despejando-a in natura num manancial. Nas cidades brasileiras, predomina o sistema chamado separador absoluto, pelo qual o esgoto urbano é coletado por redes específicas para isto e água pluvial, por outras redes.

Objetivo

O objetivo geral deste trabalho é investigar a variação na vazão afluente a uma ETE de dias secos para chuvosos, a fim de analisar os possíveis impactos causados ao esgoto tratado devido à incursão indesejada de águas pluviais. Seus objetivos específicos são medir e analisar, em dias secos e chuvosos, vazões e parâmetros de qualidade na ETE Tamboré – em particular, as demandas bioquímica (DBO) e química de oxigênio (DQO) e sólidos sedimentáveis (SS), para mostrar e determinar possíveis impactos da intrusão de águas pluviais na qualidade do efluente – e analisar variações em suas séries temporais por influência dessas águas.

Metodologia

A metodologia utilizada no Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil que originou este artigo para a coleta de amostras, a medição de vazão e as determinações de DBO, DQO e sólidos sedimentáveis (estes, usando o Cone Imhoff) é aqui resumida, sendo melhor detalhada na dissertação. As medições de vazão foram realizadas periodicamente, de hora em hora, para verificar suas oscilações nos diferentes dias estudados, bem como possíveis diferenças nestas de um dia para outro. Foram também colhidas amostras horárias do afluente e do efluente da ETE, para análise química, a fim de mostrar as diferenças na qualidade do tratamento entre as diversas situações estudadas.

Autores: Bianca F. Vieira; Bruno G. Siciliano; Nelson Cruciani Neto; Rodrigo M.Goulart e André L.L. Reda.


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