Filtros de Cascas de Nozes
Estas unidades operam através da filtração por pressão, com fluxo descendente, de um efluente contendo pequenas concentrações de óleos, inferiores a 50 mg/L, em um leito composto por cascas de nozes moídas, com partículas no tamanho de 12 a 30 mesh.
Esta tecnologia foi originalmente desenvolvida para a remoção de óleo em áreas produtoras de petróleo e refinarias como alternativa aos filtros de areia. Atualmente, sua aplicação principal tem sido no polimento de efluentes oleosos para posterior tratamento em reatores biológicos de membranas (MBR´s), sensíveis à presença destes resíduos.
A casca de noz (black wallnut ou pecan shell) tem propriedades superficiais e resistência mecânica que a torna uma opção mais vantajosa em relação ao leito de areia, o que permite sua circulação por bombas e tubulações sem prejuízo da integridade das partículas. Devido a uma afinidade moderada entre a casca de noz e o óleo, este tipo de material oferece uma boa eficiência de remoção (da ordem de 90 a 95%, o que normalmente significa ter um filtrado com teores menores que 5 partes por milhão de óleo) e, por outro lado, uma facilidade de limpeza do leito, quando da contra-lavagem.
A regeneração (contra-lavagem) do leito filtrante é feita preferencialmente impondo-se uma alta vazão de água de lavagem, fluidizando e arrastando seu enchimento (cascas de nozes) para fora do vaso e através de um “scrubber”, onde, pelo movimento centrífugo, o óleo impregnado se destaca das partículas filtrantes, seguindo para o tratamento adequado ou ao início do processo.
Fonte: Centroprojekt – http://www.centroprojekt-brasil.com.br/