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Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Carlos Nobre afirma que o reflorestamento poderia ser a alternativa para reduzir a velocidade com que o sertão vem invadindo o agreste

Dados mostram que Brasil perdeu 55% da região do agreste e está se tornando sertão

Elas são rápidas, costumam durar de uma semana a um mês, mas são mortais. Estamos falando das secas-relâmpago, um fenômeno que está atingindo a única área verde do Nordeste conhecida como agreste. Essa região equivale a 725 mil km2 , que corresponde a 55% do agreste.

Essa “devastação” não é recente, vem ocorrendo desde o início dos anos 1990 e está encurtando a distância entre a zona da mata (faixa de litoral) e as terras mais áridas (Caatinga ou sertão) dessa parte do Brasil.

O governo brasileiro vem monitorando essa região semiárida desde 1993 com pelo menos dois documentos importantes, assim como cientistas e ambientalistas. Um dos maiores especialistas em clima do mundo, o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, explica que a chuva nessa região ocorre entre janeiro e agosto.

Perda do agreste

Dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o Brasil perdeu 55% da região de agreste em 2023, o que está tornando a área uma região de sertão.

Segundo a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), é a região árida mais populosa do mundo, com 31 milhões de habitantes. O semiárido hoje inclui 215 municípios em 11 Estados brasileiros. O aquecimento global e o desmatamento são as principais razões dessa expansão de área desértica, mas o reflorestamento poderia ser uma alternativa para reverter a situação.

“Torna-se urgentemente necessário zerar os desmatamentos da caatinga e restaurar um grande porcentual dessas áreas desmatadas, evitar as pastagens degradadas que têm levado à desertificação de áreas do semiárido, combater a emergência climática devido ao aquecimento global e não permitir que a temperatura global ultrapasse 1,5 graus Celsius, um grande desafio se não reduzirmos muito rapidamente as emissões globais dos gases de efeito estufa e, por fim, o potencial econômico e social para a Caatinga é desenvolver uma economia baseada na grande biodiversidade da Caatinga e mantendo essa vegetação”, afirma Nobre.

Fonte: Jornal da USP


 

 

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