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Ar-condicionado eficiente, conta reduzida

Fiesp reduz em 32% seus custos com energia elétrica ao aderir a projeto de combate ao desperdício da AES Eletropaulo que otimizou o sistema de refrigeração de sua sede

Equipamentos inteligentes: benefícios econômicos e ambientais

A adesão da Fiesp ao Programa Anual de Conservação da AES Eletropaulo rendeu à entidade uma redução de 32% em sua conta de energia elétrica. O programa foi estruturado para obedecer a determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica, segundo a qual as concessionárias devem aplicar 0,5% de sua receita líquida no combate ao desperdício.

Sem investimentos do cliente, a companhia elétrica avalia o potencial de redução de consumo e indica as medidas que precisam ser adotadas para promovê-la, além de bancar os custos da implementação do projeto, que são ressarcidos na proporção da economia obtida. Ou seja, durante um período determinado a empresa cliente pagará o equivalente ao valor economizado. “O objetivo não é vender mais serviços, mas vender melhor”, diz Eduardo José Bernini, presidente da AES Eletropaulo.

No caso da Fiesp, o projeto proporcionou economia de R$ 40 mil por mês, resultante de modificações, exclusivamente, no sistema de ar-condicionado no prédio: “É o mesmo ar, só que custa 32% a menos”, conta Paulo Skaf, presidente da entidade. “A iluminação e os elevadores já eram eficientes vislumbramos, então, um grande potencial de economia no sistema de ar-condicionado”, explica Maurício Antônio da Costa, engenheiro da Ecoluz, empresa responsável pela execução do projeto. “Os equipamentos do prédio tinham tecnologia da década de 70, extremamente convencionais em termos energéticos. Hoje, a exigência é de um sistema inteligente”, diz Ricardo Davi, diretor da Ecoluz e presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Máquinas com mais de 20 anos têm, ainda, a desvantagem de operar com um tipo de gás nocivo à camada de Ozônio.

Tanques de gelo: menos energiano horário de ponta

Modernização – Havia duas centrais de água gelada, uma para o prédio principal e outra, menor, para o Centro Cultural, ambas com funcionamento independente e dotadas de motor de capacidade para, respectivamente, 230 e 210 TR (Tonelada de Refrigeração). Na modernização do sistema, a AES Eletropaulo investiu R$ 2,3 milhões. A preocupação era fazer as modificações sem afetar o fornecimento diário de ar. De três chillers (unidades refrigeradoras), dois foram deixados como “reserva técnica” para o caso de eventual manutenção dos outros equipamentos. Foram instalados dois chillers com funcionamento mais eficaz: microprocessados, controlados eletronicamente, com capacidade de 240 TR e gás mais adequado ao meio ambiente. Com a unificação do abastecimento das centrais evitou-se desperdício. A maior passou a abastecer os dois locais a menor é ligada apenas nos finais de semana e em horários em que a primeira está desligada.

Um outro desafio se impunha: encontrar alternativa para diminuir o consumo de energia no horário de ponta (período do dia em que as empresas pagam mais caro). A saída foi a climatização por termoacumulação, que permite a produção do gelo no período fora de ponta (de madrugada) e seu armazenamento em 32 tanques para uso no horário de maior demanda. “Os tanques fazem o papel do chiller”, explica Costa.

A estimativa é alcançar redução de 630 kW na demanda do prédio. O controle dos processos, que antes era manual, passou a ser automático, o que garantiu mais eficiência ao sistema. Além da redução da conta, o projeto proporcionou à Fiesp economia mensal de R$ 20 mil por mês com custos de manutenção.

Texto: Elaine Carvalho
Fonte: http://www.fiesp.com.br/

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