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Análise do sistema de abastecimento de água do município de Arroio do Padre/RS

Resumo: O trabalho teve como objetivo avaliar o sistema de distribuição de água do município de Arroio do Padre, localizado no Rio Grande do Sul (RS). As informações necessárias foram obtidas através do levantamento de dados a campo, além de sistematização de dados da Prefeitura. A avaliação consistiu em um comparativo entre os índices do município, do RS e do Brasil. O sistema de abastecimento de água funciona de forma satisfatória, entretanto algumas ações são importantes de serem aplicadas uma vez que a rede de distribuição de água do município é pequena, de fácil monitoramento e que a gestão do abastecimento de água é fundamental para a eficiência dos resultados.

Introdução: A água é um recurso natural de fundamental importância para a sobrevivência e desenvolvimento de todas as espécies do planeta (MMA, 2005), sendo que atualmente, sua disponibilidade esta sendo um problema enfrentando pelos grandes centros urbanos e a tendência futura para este caso é insatisfatória. A acentuada taxa de crescimento populacional e a necessidade de suprir a demanda por água potável, ocasiona a redução da qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos (MARINOSKI, 2007).
De acordo com a definição apresentada pela FUNASA (2007), o abastecimento público de água constitui-se de um conjunto de obras, instalações e serviços, destinados a produzir e distribuir água a comunidade, em quantidade e qualidade compatíveis, para fins de consumo doméstico, industrial, serviços, etc. Entretanto, muitos sistemas de abastecimento de água vêm apresentando deficiências operacionais, sejam elas oriundas pela falha de projeção do crescimento populacional dos municípios, necessidade de atendimento da alta demanda, ou pela falta de manutenção adequada na rede de distribuição. De acordo com dados apresentados pelo Trata Brasil (2016), cerca de 82,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, sendo que ainda 35 milhões de brasileiros não possuem acesso a este serviço básico. Morais e Almeida (2006) comentam que as empresas de saneamento estão convivendo com índices elevados de perdas e consequentemente de receita, jogando fora água tratada por falta de um gerenciamento adequado. Segundo informações, para cada 100 litros de água coletados e tratados, em média 67 litros são consumidos e 33 litros são perdidos através de vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água, resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões (TRATA BRASIL, 2016). O bom funcionamento do sistema de distribuição de água implica na qualidade e quantidade de água, pressão adequada com o menor custo para os usuários, para tanto , é necessário que a infra-estrutura no sistema seja adequada e que os recursos disponíveis seja racionalmente utilizados. Venturini et al. (2001) afirmam que a falta de planejamento e manutenção adequada, associadas à escassez de recursos financeiros têm tornado deficientes os sistemas de abastecimento de água. As perdas de água constituem uma das principais fontes de ineficiência das entidades gestoras de abastecimento de água, correspondendo ao volume de água que não é faturada nem utilizada para outros usos autorizados, mas que é captada, tratada, transportada em infra-estruturas de elevado valor patrimonial e com custos de operação e manutenção significativos (ALEGRE, et al., 2005). As perdas podem ser classificadas em reais ou aparentes. As perdas reais correspondem ao volume de água de perdas físicas até o hidrômetro do usuário. Já as perdas aparentes referem-se a todos os tipos de imprecisões associadas às medições da água produzida e da água consumida, e ainda o consumo não autorizado (por furto ou uso ilícito). De acordo com Alegre et al. (2005), as perdas reais oriundas de fugas são resultantes da falta de estanqueidade do sistema, sendo que estes pontos são potenciais fontes de contaminação da água, representando um problema de saúde pública. O objetivo deste trabalho é analisar a situação do sistema de abastecimento de água do município de Arroio do Padre – RS no que se refere às perdas na distribuição e realizar um comparativo com a situação do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Autores: Carliana Rouse Favretto; Cauana Schumann; Ana Luiza Bertani Dall’Agnol; Mateus Torres Nazari; Mélory Maria Fernandes de Araujo e Maurizio Silveira Quadro.

Leia o estudo completo: analise-do-sistema-de-abastecimento-de-agua-do-municipio-de-arroio-do-padre-rs

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