Susete Davi

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a má qualidade microbiológica da água por si só pode ocasionar surtos de doenças e sérias epidemias. Os riscos podem ser de curto prazo quando resultam da poluição causada por elementos microbiológicos ou químicos, e de médio e longo prazo quando resultam do consumo regular e contínuo de água contaminada com produtos químicos, como metais e pesticidas. A ingestão de água contaminada com microorganismos por urina, fezes humanas ou de animais, contendo bactérias ou vírus, pode transmitir grande variedade de doenças infecciosas como cólera, febre tifóide, amebíase, leptospirose, giardíase, hepatite infecciosa e diarréias agudas.
Contaminação
Perigos à parte, a boa notícia é que tudo isso pode ser evitado com cuidados simples. “A água é muito suscetível a contaminações, se entrar em contato com alguma bactéria no ar a contaminação pode ocorrer. Isso é difícil de acontecer, mas não é impossível”, afirma Paulo Galina, Supervisor de Marketing do segmento Filtros e Purificadores da Lorenzetti.
Galina aponta ainda um aspecto que pode prejudicar a qualidade da água, e que na maioria dos casos passa despercebido ao consumidor – a condição de armazenamento do líquido. “Recipientes fechados em exposição ao sol e mantidos em temperaturas acima de 35ºC favorecem o aparecimento de bactérias prejudiciais à saúde, podendo causar gostos e odores desagradáveis na água”, explica Galina.
O risco de problemas, diz, aumenta quando não se tem garantia sobre a procedência da água a ser consumida.
Antonio Carlos Camargo, Diretor Industrial da Brasfilter, fabricante dos purificadores de água Europa, observa que a água nunca deve ser armazenada em local próximo a produtos de limpeza e perfumados, que podem transferir o cheiro à água ou contaminá-la.
Cuidados com a caixa d’água são também recomendados. Além de o recipiente ter que permanecer sempre fechado para evitar a entrada de pequenos animais e insetos e a contaminação do líquido, a limpeza deve ser feita a cada seis meses. “Uma solução prática é a instalação de um filtro na entrada da caixa d´água, para a retenção de partículas sólidas como limo, barro e ferrugem, reduzindo a manutenção em chuveiros, torneiras, aquecedores e válvulas de descarga”, diz Paulo Galina. Ele ressalta ainda que “é importante lembrar que o filtro de entrada não retira o cloro da água, elemento importante para evitar a proliferação de bactérias dentro da caixa d´água”.
Prazo de validade

Três anos é o prazo máximo, segundo especialistas, que um galão aguenta sem sofrer desgaste com a limpeza, estocagem e transporte. Por isso, a portaria 387 do Departamento Nacional de Produção Mineral, de 19 de setembro último, instituiu normas para a produção e utilização de embalagens retornáveis de 10 e 20 litros, que tornam obrigatórias e complementam disposições da ABNT e da Anvisa sobre o assunto. Desde então, só embalagens com data de validade podem ser vendidas.
Até junho de 2010, quando os vasilhames com mais de três anos serão proibidos, os galões antigos devem sair de circulação obedecendo a um cronograma de substituição gradativa de acordo com o tempo
de uso. Fique atento na hora de comprar:
Em 30/09/2009 sairam de circulação os vasilhames com datas de fabricação anteriores ao dia
1 de janeiro de 2004;
• A partir de 30/11/2009, saem de circulação os recipientes fabricados até 2004;
• A partir de 30/01/2010, saem de circulação os vasilhames fabricados até 2005;
• A partir de 30/04/2010, saem de circulação os galões fabricados até 2006 e passa a vigorar integralmente o prazo de validade de três anos para os garrafões.
O excesso de flúor e cloro

Ela explica ainda que, no caso do flúor, quando administrado em excesso, pode acarretar o que se chama de fluorose, distúrbio caracterizado inicialmente por leves manchas esbranquiçadas no esmalte do dente, até manchas graves em tom castanho, ocasionando inclusive fraturas na estrutura dental. Outros efeitos, dependendo da dosagem, podem ser um leve mal-estar, ânsia, vômitos ou até mesmo a morte, para o caso de ingestão em doses elevadas.
Tecnologias de tratamento
São quatro as tecnologias atualmente mais usadas nos sistemas de filtragem:
Com minerais – um processo físico básico existente em filtros de barro que força a água a passar por um elemento filtrante (vela), eliminando partículas sólidas como limo, lodo e ferrugem. Vantagem: custa pouco e consegue reter quase 100% das partículas.
Com carvão ativado – com a propriedade química natural que permite adsorver o cloro adicionado à água. Vantagem: melhora o sabor da água e elimina odores.
Com membranas de fibra oca – dotadas de poros microscópicos capazes de reter bactérias que possam estar na água. Vantagem: eficiente para localidades sem tratamento adequado de água ou com manutenção deficiente de caixa d’água e tubulações.
Com luz ultravioleta – uma lâmpada emite raio ultravioleta sobre a água quebrando as moléculas das bactérias e a proteção dos vírus. Vantagem: eficiente para localidades sem tratamento adequado de água ou com manutenção deficiente de caixa d’água e tubulações.
Escolhendo o sistema de filtração


Basicamente, são dois os tipos de filtros: por gravidade – filtragem mais lenta e realizada naturalmente, sem força ou pressão (filtros de barro, jarras com cartucho de carvão ativado); e por pressão – é utilizada pressão, normalmente da rede pública ou da caixa d´água, para forçar a rápida passagem da água pelo elemento filtrante (filtros com torneira, filtros para torneira, purificadores de água, filtros para máquina de lavar, para pontos de entrada).
Fonte: http://www.meiofiltrante.com.br
Edição nº 41 – Nov e Dez/09
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
