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Algas: a resposta para a crise do plástico?

No movimento global para substituir as embalagens de plástico, as algas marinhas representam uma oportunidade inexplorada

 

alga

 

Nos próximos anos, as algas marinhas poderão revolucionar a indústria de embalagens. Pesquisadores e cientistas na Noruega e na Indonésia deram um grande passo no que diz respeito ao desenvolvimento de embalagens à base de algas marinhas, evitando a necessidade de plástico.

Nory Mulyono, chefe do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Católica Atma Jaya da Indonésia, trabalha no conceito há 10 anos. O cientista, que também é cofundador e chefe de pesquisa e desenvolvimento da Evoware, uma start-up de embalagens sustentáveis, criou a embalagem de algas vermelhas sob medida da empresa. Pode durar até dois anos e também é comestível. Até o momento, 200 empresas dos setores de alimentos, cosméticos e têxteis testaram o referido produto.

Linha de embalagens de algas marinhas

Da mesma forma, as partes interessadas na Europa começaram a reunir o seu know-how e as suas experiências para desenvolver a sua própria embalagem à base de algas marinhas. A start-up britânica Notpla desenvolveu uma linha de embalagens para alimentos e bebidas que usa algas marinhas como base.

Chamadas de Oohos, são embalagens flexíveis para bebidas e molhos com capacidade de 10 a 100 ml. Esses pacotes também podem ser comidos e descartados no lixo doméstico normal, sendo configurados para degradar em um ambiente natural em 6 semanas.


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Usado pela última vez durante a maratona de Londres de 2019, Notpla previu que essas soluções à base de algas marinhas fossem usadas individualmente, caso a caso, ao invés de uma tentativa de substituir totalmente o plástico como uma solução completa. Para isso, a empresa fechou parceria com a Unilever para testar o conceito de sachês de molhos comestíveis.

O cofundador da Notpla, Pierre Paslier disse: “Os sachês de molho para viagem são um dos plásticos descartáveis ​​mais difíceis de lidar. Eles são fáceis de jogar no lixo e têm baixo valor residual, o que limita o potencial de reciclagem.” Os sachês de ketchup da Notpla, ao final, conseguiram reduzir as emissões de CO2 em 68% em relação aos plásticos.

As algas usadas pela Notpla para seus produtos derivam de uma mistura de agricultura e colheita silvestre. As algas marrons utilizadas vêm de fazendas com boas credenciais de sustentabilidade, enquanto a colheita de algas marinhas silvestres é realizada de forma a ajudar a preservar os ambientes marinhos individuais.

Adequação para embalagem

No que diz respeito aos bioplásticos, as algas marinhas são uma das melhores alternativas às embalagens plásticas convencionais.

Visto que seu cultivo não é baseado em materiais provenientes da terra, não dá forragem para a usual disputa sobre as emissões de carbono. Além disso, as algas não requerem o uso de fertilizantes. Ele serve para restaurar a saúde de seu ecossistema marinho imediato e não é apenas biodegradável, mas também compostável em casa, o que significa que não precisa ser decomposto por reação química em uma instalação industrial.

Fonte: WMW – Waste Management World

 

Traduzido e adaptado por Renata Mafra

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