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A água e os estados insulares em desenvolvimento

O procedimento das Nações Unidas chamado SAMOA estabelece objetivos para problemas críticos de gestão da água

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Tanto a dessalinização quanto o reúso de água podem ajudar os Estados Insulares a evitar a exploração excessiva das águas superficiais e subterrâneas.

Ilhas enfrentam muitos desafios de desenvolvimento. Elas tendem a ser econômica e geograficamente isoladas, são ambientalmente frágeis, têm altos custos de energia e transporte, seus recursos são limitados e elas são também vulneráveis a desastres climáticos. Na Cúpula da Terra de 1991, no Rio de Janeiro, as Nações Unidas reconheceram oficialmente países em desenvolvimento que compartilham essas características como um grupo distinto, chamando-os de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS, Small Island Developing States).

Os SIDS são agrupados em três regiões:

  • O Caribe
  • O Pacífico e o Atlântico
  • Oceano Índico, Mediterrâneo e Mar Sul da China

Em setembro, a Assembleia Geral da ONU conduzirá uma análise de alto nível do progresso que os SIDS fizeram na implementação de um programa de ação dedicado chamado o Procedimento de Modalidades de Ações Aceleradas com SIDS (SAMOA, por sua sigla em inglês).

O procedimento SAMOA estabelece metas para 2030, incluindo aquelas envolvendo problemas de água doce, que incluem:

  • Contaminação
  • Exploração excessiva de águas superficiais e subterrâneas
  • Intrusão de água salgada nos aquíferos
  • Escassez de água
  • Erosão do solo
  • Tratamento de efluentes e dessalinização
  • Condições sanitárias e higiene

O SAMOA também chama a atenção para o potencial impacto das mudanças climáticas nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e apela à uma gestão inclusiva e integrada dos recursos hídricos e ecossistemas, a ao envolvimento das mulheres no processo. A necessidade de construir uma infraestrutura segura de água potável e saneamento é uma prioridade na agenda, especificamente a dessalinização, quando viável e o tratamento de efluentes, incluindo a expansão do reúso de água e a reciclagem, promovendo a sustentabilidade. Tanto a dessalinização quanto o reúso de efluentes têm o potencial de aliviar a dependência excessiva das águas subterrâneas, o que muitas vezes leva à intrusão de solução salina nos aquíferos.

Segurança Alimentar e Nutricional

Outra questão de intersecção detalhada no Procedimento SAMOA é a segurança alimentar e nutricional. No meio da seca de 2019 que atingiu muitas ilhas do Caribe, Ibrahim Thiaw, chefe da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), levantou uma questão:

O que resta para os jovens do Haiti se […] eles têm colinas áridas que não podem mais gerar alimentos? O que lhes resta fazer a não ser fugir?

A agricultura é de primordial importância para a segurança alimentar e nutricional dos SIDS porque a importação de alimentos pressiona os recursos econômicos. O procedimento também destaca os perigos de uma dieta pouco saudável. Yolande Bain-Horsford, Ministra da Agricultura e Terra de Granada, disse recentemente:

 [As nações insulares] devem enfrentar a dura realidade dos desafios do setor [agrícola], que incluem degradação da terra, falta de práticas agrícolas sustentáveis, variações climáticas e secas.

A pesca também é importante para a segurança alimentar dos SIDS, mas estima-se que 85% dos efluentes caribenhos são atualmente descartados no mar sem tratamento, uma prática que prejudicou o turismo e, nas últimas duas décadas, contribuiu significativamente para a perda de 80% dos corais vivos nos recifes que sustentam a pesca do Caribe. Em vez disso, os efluentes poderiam ser tratados para a descarte sanitário no mar ou, conforme previsto pelo Procedimento, poderiam ser reutilizados para a irrigação agrícola.

Avanços Tecnológicos

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Na medida em que o Caribe enfrenta uma seca atual e a perspectiva é de secas mais frequentes com a mudança climática, uma estratégia descentralizada de tratamento de efluentes é particularmente adequada para muitas ilhas. Colocar o tratamento no local necessário evita a onerosa despesa de tubulações para uma planta de tratamento central.

Particularmente as plantas em Contêineres Inteligentes Aspiral ™ da Fluence produzem um efluente de alta qualidade para a irrigação agrícola. A tecnologia MABR possui requisitos de energia muito baixos, o que a torna ideal para operação fora da rede com fontes alternativas de energia; além disso, elas produzem baixo odor e baixo ruído sendo adequadas para uso em áreas turísticas. A solução de dessalinização de água do mar ou salobra da Fluence chamada Nirobox™ (também em contêineres) oferece a mesma flexibilidade.

Entre em contato com a Fluence, líder mundial em dessalinização descentralizada e tratamento de efluentes, para obter mais informações sobre como implementar estas soluções em ambientes insulares.

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