BIBLIOTECA

Uso de adsorventes para remoção de compostos farmacêuticos no tratamento de água: uma revisão

Resumo

Uso de adsorventes  – O acesso à água é essencial a manutenção da vida dos seres humanos, entretanto mesmo sendo indispensável, a própria atividade antrópica a torna poluída. Faz-se necessário o desenvolvimento de técnicas alternativas que sejam eficientes na remoção de poluentes, de fácil implementação e possuam viabilidade econômica, dentre tais alternativas o processo de adsorção apresenta-se como uma boa solução. A adsorção consiste na separação de uma fase fluida denominada adsorvato, por meio de uma fase sólida porosa denominada adsorvente, que possui características para aderir uma das espécies que estavam contidas na fase fluida inicialmente, tal capacidade dos adsorventes varia dependendo das características dos materiais, da extensão das alterações químicas, e da concentração de adsorvato. Os compostos farmacêuticos são substâncias amplamente presentes na sociedade moderna, produzidos para atingirem rotas metabólicas de seres humanos e animais, causam por consequência efeitos colaterais, tais produtos estão sendo encontrados no ambiente em níveis que variam de ng L-1 a µg L-1, assim sendo conhecidos como contaminantes emergentes. O objetivo deste artigo foi analisar os trabalhos realizados dos últimos dez anos presentes nas principais bases de dados, para a obtenção de um levantamento qualitativo dos materiais publicados. Para tal, foram realizadas pesquisas quanto a utilização de diferentes adsorventes para a remoção de compostos farmacêuticos da água. Além disso, também foram verificados os melhores materiais e condições para execução deste método de tratamento.

Introdução

O acesso à água é essencial a manutenção da vida dos seres vivos e para atender as necessidades básicas dos seres humanos, assim como o desenvolvimento de suas atividades econômicas, culturais e de lazer. Contudo, ainda que a água seja indispensável, a atividade antrópica pode torná-la poluída e imprópria para uso (Sana et al., 2020).

Ademais, de acordo Nishi et al. (2011), a contaminação dos recursos hídricos tem se constituído em fator de risco para a saúde da população, com a água assumindo importante papel como fonte de transmissão de doenças.

Alguns exemplos de processos eficientes na remoção de poluentes são: adsorção, membranas, osmose reversa, precipitação, tratamentos eletroquímicos e troca iônica (Dan et al., 2021).

Entretanto, os tratamentos convencionais alcançam mínimas remoções para os contaminantes dissolvidos e em concentrações muito baixas, tais como os fármacos, seus metabolitos e produtos de transformação no meio aquático (Gracia-lor et al., 2012).

Desta forma, é necessário desenvolver técnicas alternativas, que proporcionem eficiência na remoção de poluentes mesmo em baixas concentrações, facilidade de implementação e que propiciem reduzidos custos de operação, como é o caso da adsorção (Schmitz et al., 2021).

Embora diferentes abordagens tenham suas vantagens inerentes, uma das abordagens mais conhecidas é o uso de adsorventes ou  adsorção, devido ao seu baixo custo e facilidade de operação (Quesada et al., 2019; Shen et al., 2019).

Ademais, a adsorção apresenta vantagens significativas quando comparadas com outros métodos de tratamento, que além da facilidade e viabilidade econômica, dispõe de flexibilidade na sua aplicação, desempenho versátil e baixo consumo energético associado (Oliveira, 2020).

Entretanto, a capacidade dos adsorventes varia dependendo das características dos materiais, da extensão das alterações químicas, e da concentração de adsorvato, assim, certas modificações no material também podem melhorar a afinidade e a capacidade de adsorção (Babel e Kurniawan, 2003).

Isto posto, este trabalho visa averiguar os trabalhos já realizados sobre uso de adsorventes na remoção de compostos farmacêuticos na obtenção de água para consumo humano, a fim de realizar uma síntese dos melhores materiais e condições para tal finalidade.

Autores: Rafaela Gamba Pimentel, Natália Rezende, Cláudia Telles Benatti, Sandro Rogério Lautenschlager e Rosangela Bergamasco.

 

Uso de adsorventes


LEIA TAMBÉM: ESTUDO DO LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA SOB INFLUÊNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ E INTER-OXIDAÇÃO

ÚLTIMOS ARTIGOS: