A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a maioria das doenças que afetam a população mundial estão associados com água contaminada.
A comunidade científica tem publicado artigos que relatam a presença de micropoluentes em matrizes aquosas em níveis de concentração de ng.L-1 e μg.L-1. O objetivo do presente estudo foi avaliar a presença de contaminantes emergentes em resíduos sanitários bruto e tratado e quantificá-los por cromatografia líquida e espectrometria de massas. Os resultados do presente estudo demonstraram a ineficiência do tratamento de águas residuais convencional em termos de degradação de contaminantes emergentes.
A comunidade científica tem constatado que a água contaminada tem causado efeitos adversos em seres humanos e animais. Isto se deve ao fato de existirem contaminantes conhecidos como emergentes, presentes em concentrações muito pequenas.1-4 Alguns destes compostos são capazes de causar alterações no sistema endócrino nos homens e nos animais, sendo conhecidos como interferentes endócrinos. Dentre os efeitos destes compostos, destaca-se o fato deles interferirem em mecanismos regulados por hormônios, além de provocarem efeitos em níveis residuais ou em traços.
O estudo desses micropoluentes orgânicos presentes em ambientes aquáticos é um dos campos mais proeminentes da área ambiental, pois mesmo em baixíssimas concentrações, podem causar alterações na reprodução de animais e humanos, afetando o sistema endócrino destes seres vivos.
Fonte: RVQ