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Construção de redes subterrâneas por método não destrutivo – estudos de caso

Resumo

O plano de reabilitação de redes e adutoras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp, é composto por ações específicas que visam identificar áreas críticas, criando um método que prioriza e reabilita as redes de abastecimento utilizando técnicas de engenharia por meio de métodos não destrutivos.
O sistema de informação georreferenciada permite a espacialização dessas áreas por meio de mapas temáticos com camadas múltiplas, facilitando análises integradas para priorização e tomada de decisão no processo de renovação das redes.
Em áreas urbanas, a construção de novas redes torna-se desafiadora pois cada vez mais há uma disputa por espaço e os métodos não destrutivos tornam-se técnicas-chave prevalecendo como solução técnica ante os métodos convecionais.
Na área de esgoto, a reabilitação de redes coletoras por CIPP por exemplo, cresce à medida que as empresas precisam dar respostas imediatas ao prejuíso ambiental devido às inúmeras infiltrações no lençol freático, consequência diretamente relacionada ao envelhecimento das tubulações.
Ao longo do processo, é imprescindível o monitoramento dos serviços por meio de televisionamento e acompanhamento técnico especializado.

Introdução

O uso de tecnologias não destrutivas para a construção de redes subterrâneas tem crescido nos últimos anos. Sobretudo nas regiões metropolitanas, opta-se pelo menor impacto possível às interferências existentes, sejam de superfície, equipamentos de sinalização viária por exemplo, ou mesmo equipamentos e estruturas enterradas, como redes de telefonia, cabos energizados ou galerias. Cada vez mais se busca soluções que proporcionam maior flexibilidade e agilidade executiva, o que nem sempre resulta somente numa economia de custo, mas sim uma alternativa tecnicamente viável quando comparada às técnicas convencionais de assentamento.

O presente trabalho resgata a fase de planejamento e apresenta as principais técnicas não destrutivas utilizadas na reabilitação e/ou construção de redes trazendo à tona experiências recentes da Sabesp com a finalidade de promover um debate amplo e saudável, propor alternativas viáveis e servir de base para a escolha da melhor metodologia a ser aplicada em obras futuras, a fim de minimizar custos e reduzir a complexidade executiva, principalmente em se tratando de travessias em linhas férreas, rios e avenidas de tráfego pesado.

É muito comum em centros urbanos densamente ocupados a escolha pelo uso de métodos não destrutivos para a construção de redes subterrâneas.

Os métodos não destrutivos permitem a instalação de novas redes sem abrir valas convencionais, muito aplicados em regiões metropolitanas cujo adensamento demográfico é acentuado, minimizando os impactos e custos sociais resultantes pela instalação da obra.

Na fase de planejamento dos serviços são estabelecidas as etapas construtivas do processo. Cada situação é analisada de forma particular, como as condições ambientais locais existentes, condições de tráfego, equipamentos urbanos de superfície e interferências subterrâneas existentes.

Antes, porém, deve-se estabelecer o objetivo proposto da obra: reabilitar ou recuperar a tubulação existente ou instalar redes novas?

Esta diferenciação, a de reabilitar ou instalar novas redes é fundamental para se estabelecer as etapas construtivas da técnica, o que dará consistência à proposta, bem como os elementos necessários para o planejamento da obra.

Definido o objetivo, traça-se um plano, procurando descobrir a viabilidade técnica-econômica das técnicas usualmente as ser aplicadas decidindo-se pela melhor alternativa.

(…)

Autores: Roberto Abranches e Natally Annunciato Siqueira.

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