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Visão do ensino de engenharia sanitária no Brasil um quadro preocupante

Resumo

O ensino de Engenharia, apesar de ter aumentado ao longo da última década no Brasil, ainda falta em estudantes que se formaram em Engenharia Sanitária, devido à falta de conhecimento do campo de atuação ou aos poucos investimentos na área. Assim, é encarregado de engenheiros civis, principalmente trabalhando com obras relacionadas com o abastecimento de água, esgoto e sistemas de drenagem urbana, questões que os próprios cursos de bacharel têm com horas de trabalho frequentemente insuficientes. Desta forma, este trabalho irá apresentar o problema do treinamento de profissionais especializados em Engenharia Sanitária e os problemas que essa falta produz.

Introdução 

No início do século XIX ocorreu uma intensa migração do homem do campo para as cidades (VIANA, s / a), e na vista da necessidade de acomodação dos migrantes surgem pontos propostos por alguns sanitaristas da época para regularizar uma precariedade sanitária frente a demanda crescente Não foi encontrado nenhum estudo da Velha República e uma luta por esse saneamento (SANTOS, 1985).

Segundo uma Secretaria do Meio Ambiente (2011), como comunidades indígenas já havendo certa preocupação com o saneamento, pois estão armazenadas uma água voltada ao consumo em talhas de barro e argila ou até mesmo em caçambas de pedra. Com os dejetos não era diferentes, também temos um cuidado especial ao tratamento dos resíduos gerados, haja vista que eles delimitavam áreas utilizadas para as necessidades fisiológicas e para a disposição de detritos.

Uma ascensão populacional desordenada nos grandes centros urbanos aliada à falta de educação e informação da população proporcionada um crescimento dificilmente controlado das doenças, até então desconhecidas como varíola, malária e febre amarela (VIANA, s / a apud SANTA CATARINA, s / a), mas a partir do descobrimento do Brasil, até aproximadamente no ano de 1800 a saúde era voltada apenas para uma realeza portuguesa da época, sendo o fado da população sofrer como conseqüências da aglomeração populacional (VIANA, s / a). Segundo uma Secretaria do Meio Ambiente (2011), entre 1830 a 1851, houve nada menos do que vinte e três epidemias letais na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1857 o governo de São Paulo deu início a maior e mais promissora obra de saneamento básico, uma construção do primeiro sistema de abastecimento de água encamada, o sistema Cantareira. Alguns dos anos, o Rio de Janeiro, inaugurou emerge mundial a estação de tratamento de água – ETA, com seis filtros rápidos de pressão ar / água, com o Decantador Dortmund (SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, 2011).

Nos primórdios do século XX, o Brasil deixou sua dignidade imperial para priorizar o interesse do povo, ou seja, tornar-se um país republicano. No entanto, uma liberdade de pensamento provocou uma maior intensificação ao termo sanitarismo nas instituições políticas, relatado por muitos escritores em obras literárias reais ou fantasiosas, em busca de uma melhoria na saúde pública (VIANA, s / a).

Uma das autorias na literatura brasileira, publicada originalmente em 1918, para uma obra Urupês, onde o autor Monteiro Lobato retratava, por meio de personagens fictícios, uma dura vida do homem do campo que sofria com uma falta de informação e de recursos sanitários. Essa obra contempla os primeiros movimentos sanitaristas que começaram a surgir no país (VIANA, s / a).

Uma comparação por parte dos pesquisadores dos dados antigos literários frente a uma realidade atual não é de propriedade da visão do sanitarismo e à falta de informações passadas aos cidadãos, resultaram a uma pequena melhoria na precariedade do saneamento básico, mas ainda existe em muitas regiões do país (VIANA, s / a).

De acordo com Viana (s / a), apenas após uma proclamação da república, o trabalhador brasileiro começou um ser visto como um “capital humano”, e esta gerou a necessidade de um ser humano para gerar lucros aos senhores detentores do poder. No entanto, um aumento no número de pessoas que passaram a residir nos centros urbanos, onde propagaram-se doenças transmissíveis, a falta de educação ambiental e saneamentos básicos agravaram ainda mais essa questão com epidemias espalhadas pelos grandes centros constituídos vivos de ratos, pernilongos e outros vetores de doenças.

Diante do cenário, uma concepção de saúde coletiva idealizou a partir do Movimento Campanhista dos dois representantes da medicina da época onde propuseram ações como Lei da Vacina Obrigatória, fato que culminou a Revolta da Vacina, em 1904 (VIANA, s / a apud PORTO , 2003).

Em meados da década de 1910, como conseqüências geradas por campanhas sanitárias das grandes cidades, como por exemplo, o interior do país, e expedições populares como Campanhas pelo Saneamento Rural foram realizadas, podendo assim notar a presença de epidemias rurais, fato este que indica o descaso do poder público com uma população. Logo, com essa ação, surgiram políticas de saúde e saneamento de serviços nacionais com a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública – DNSP (VIANA, s / a apud HOCHMAN, 2012).

Outro Departamento importante na época, fundado em fevereiro de 1918 foi a Liga Pró-Saneamento do Brasil que pretendia alertar as elites políticas e intelectuais sobre a precariedade das condições sanitárias e obter apoio para uma ação pública efetiva de saneamento no interior do país, propondo a criação de um grande serviço nacional de profilaxia das principais doenças e educação higiênica que afetavam a população rural (VIANA, s/a apud HOCHMAN, 1998).

Marcado pelas lutas, o saneamento no Brasil, ainda não obtido como vitórias desejadas, por exemplo, foi lançado na versão mais detalhada de 1900, pelo engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito que defendeu seu projeto de resgatar o Rio Tietê em São Paulo, mas não obteve êxito, pois seu opositor Francisco Prestes Maia propôs o que era cabível ao país naquele cenário de crescimento automotivo e industrial levando ao pódio o plano de avenidas e deixando em segundo lugar uma base para uma construção de uma cidade, o plano de saneamento (FERRAZ, 2009).

Autor: Robson Fontes da Costa.

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