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Trade-off entre custo de aquisição e o consumo de energia: determinação do tipo de tubulação em poços tubulares profundos por meio da análise econômico-financeira

Resumo

Estima-se que há 416.000 poços perfurados no Brasil, dos quais aproximadamente 85% estão em operação. Sabe-se que a água captada deles tem diversos usos dentre as quais pode-se destacar: abastecimento humano, irrigação, indústria e comércio. O material utilizado para o tubo edutor normalmente é constituído de ferro açocarbono ou PVC, cujo condicionante para se definir qual deles se optará tem sido as características hidráulicas e operacionais a que estará submetido o poço, visto a limitação física quanto ao esforço mecânico, bem como os custos financeiros. Em anos recentes, tem havido um crescimento na utilização de mangueiras flexíveis constituídas de poliéster, poliamida e borracha sintética em substituição aos tubos convencionais. A decisão de definir qual o material adequado a ser utilizado no poço para a captação da água não é simplista, visto que estes materiais são dispares quanto às variáveis úteis para tomada de decisão, a saber: vida útil, perda de carga, que impacta no consumo de energia, custo de aquisição. A definição da tubulação adequada, considerando os diversos tipos de materiais e o diâmetro interno, influi diretamente no custo de construção, mas também na operação e manutenção, de forma que uma economia na parte inicial do projeto pode implicar em custos acentuados à empresa durante a operação e manutenção. Neste trabalho, desenvolveu-se uma metodologia para identificar a tubulação adequada, que foi aplicada a um estudo de caso, no qual o mais viável do ponto de vista econômico-financeiro mostrou-se ser a tubulação de 4” mangueira flexível.

Introdução 

Poços Tubulares Profundos (PTPs) são dutos em que a perfuração é feita por máquinas perfuratrizes, eles normalmente possuem revestimento de PVC ou ferro. Uma das principais maneiras de se captar água deles é por meio de instalação de conjunto motor-bomba centrífuga submersa (CMBCS) associado ao tubo edutor por onde haverá o transporte da água à superfície. Esses poços podem ultrapassar 1.000 metros de profundidade, a depender do tipo de rocha e aquífero (CPRM, 1998).

Segundo Cardoso et al. (2008), estima-se que há 416.000 poços perfurados no Brasil, dos quais aproximadamente 85% estão em operação. Ademais, sabe-se que a água captada deles tem diversos usos dentre as quais pode-se destacar: abastecimento humano, irrigação, indústria e comércio.

O material utilizado para o tubo edutor normalmente é constituído de ferro aço-carbono ou PVC cujo condicionante para se definir qual deles se optará tem sido as características hidráulicas e operacionais a que estará submetido o poço, visto a limitação física quanto ao esforço mecânico, bem como os custos financeiros.

Em anos recentes, tem havido um crescimento na utilização de mangueiras flexíveis constituídas de poliéster, poliamida e borracha sintética em substituição aos tubos convencionais.

A decisão de definir qual o material adequado a ser utilizado no poço para a captação da água não é simplista, visto que estes materiais são dispares quanto às variáveis úteis para tomada de decisão, a saber: vida útil, perda de carga, que impacta no consumo de energia, custo de aquisição. Por isso, essa decisão pode variar de acordo com o PTP devido às suas características construtivas e operacionais, de forma a garantir que a estrutura aplicada permita os melhores ganhos financeiros e operacionais.

Esse trabalho apresenta uma metodologia utilizada para a definição da tubulação adequada em PTPs pertencentes a uma empresa de saneamento para captação de água. Para isso, considerou-se todos os custos de operação, manutenção e aquisição, e, por meio da técnica de Valor Presente Líquido (VPL), buscou-se comparar as diversas alternativas de projetos.

Para facilitar as análises, foi desenvolvido, em uma planilha eletrônica, uma simulação na qual é possível dar entrada nos dados e obter os resultados.

Autores: Karlos Eduardo Arcanjo da Cruz; Maurício Pereira Magalhães de Novaes Santos; João Maria Martins de Araújo e José Antônio Charão Cunha

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